Laços.

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Por favor, ignorem qualquer erro. Os capítulos não estão sendo betados pq estou ansiosa para postar eles. :(

Não esqueçam da ⭐️ e de comentar bastante, ok? Um xeroooo.

                                   🦇

Jimin resmungou apertando os olhos com força incomodado com a luz. Sua cabeça latejava e seu corpo parecia ter sido pisoteado por uma multidão. Ele cobriu a cabeça com a coberta e protestou abafado. 

— Desliga a luz... 

Jisung, escorado no batente da porta, maneou a cabeça em negação. Ele foi até o filho e puxou as cobertas. — Nada disso, já passou da hora de acordar.

— Pai, por favor minha cabeça tá doendo muito. 

— Ah, é sério? Coitadinho do meu menino. — Debochou acariciando os cabelos dele. — Talvez tenha sido por que você provavelmente esvaziou o bar da festa ontem? 

Jimin se escolheu pelo peteleco em sua testa, tentando inutilmente abrir os olhos. Ardia, ele voltou a fechá-los.

— Eu sei... bebi de mais ontem, me desculpa. 

Jisung o cachoalhou pelo ombro. Sempre foi um pai muito liberal com relação às saídas do filho, deixava que Jimin aproveitasse a vida da melhor maneira, no entanto, para que tudo ocorrece sem problemas existia regras entre eles. E uma delas eram que o ruivo nunca chegasse em casa tão bêbado ao ponto de precisar ser carregado pelos amigos, e banhado pelo pai. 

—Você quebrou uma das nossas regras, Jimin, eu estou decepcionado com você. 

O tom distante do pai fez o estômago de Jimin se embrulhar ainda mais. O gosto amargo de álcool em sua boca o causava náuseas, ele suspirou e se sustentou pelos cotovelos. 

— Eu sinto muito pai, mas ontem realmente não foi um dia muito bom.

O mais velho desfez a carranca e suspirou compreensivo. — Quer me contar o que aconteceu? 

O garoto o encarou com os olhos cerrados, seu pai era seu maior confidente, não existia segredos entre eles e aquela era a maior qualidade daquela relação tão solidão e bonita. 

Ele deitou a cabeça no joelho do pai e voltou a se cobrir até o pescoço. 

— Ontem eu pretendia contar o que eu sinto a Soobin... — Revelou em um murmúrio fraco. Seu pai era ciente dos seus sentimento pelo garoto. — Eu estava decidido, tudo ia bem, nós dançamos, bebemos juntos, mas aí eu perdi ele de vista e quando finalmente encontrei, desejei não ter feito.

— Deixa eu adivinhar, você viu algo que não queria? — Jisung palpitou certeiro. 

— Ele estava com uma garota, ela era bonita e parecia fazer muito o tipo dele. — Admitiu engolindo o nó em sua garganta. — Quando eu vi eles, eu senti raiva… Raiva de Soobin, raiva por ele nunca ter olhado para mim como alguém que ele fosse se interessar, eu senti ódio dele por nunca ter me olhado com desejo. Tem noção do quão ridículo e egoísta isso soa? 

O Park mais velho assentiu silenciosamente. Ele sempre reparava nas tentativas sutis de Jimin de chamar a atenção do amigo e mesmo que soubesse do interesse do filho por Soobin, nunca parou para pensar o quanto Jimin sofria com a rejeição inconsciente do garoto. 

— Você viu algo que te machucou é natural que você sentisse raiva. — Ele disse de maneira suave. — Você tem um bom coração Jimin, e eu tenho certeza que agora, sem o efeito do álcool ou da rejeição você não está com raiva dele…

— Não vou mentir, eu queria odiar ele, mas ele é meu melhor amigo e não tem culpa nenhum de eu ser um idiota que se apaixonou sozinho. — Murmurou em um suspiro cansado. — Eu só pensei que pudesse ter ao menos uma chance, antes de me casar. Mas parando para pensar agora, não faria diferença alguma já que eu vou viver preso o resto da minha vida. 

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