𝐍𝐚̃𝐨 𝐒𝐞𝐢 𝐂𝐨𝐦𝐨, 𝐌𝐚𝐬 𝐀𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐜𝐞𝐮 /𝐀𝐬𝐡𝐭𝐫𝐚𝐲

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> Sina <

- anda logo Matheo - falo pro garoto, que estava falsificado a assinatura da mãe dele

- calma aí, eu já estou acabando... - Matheo

- se fosse eu já tinha acabado - Sina

- pronto, acabei, apressada - Matheo

Ele me entregou o papel de permissão pra sai da escola

- deixa eu comparar com a assinatura da sua mãe - ele me entrega um documento que tinha a assinatura dela - olha... até que você leva jeito, ficou igualzinho - Sina

- falsificar assinatura não é crime?  - Matheo

- sim, mas se ninguém ficar sabendo que você falsificou não é crime - Sina

- nada a aver, continua sendo crime  - Matheo

- vem cá, pra pessoa que deu a ideia disso tudo, você está bem medroso, não acha? - Sina

- não, só estou pensando na possibilidade de tudo da errado - Matheo

- bom... se der errado já é uma história pra contar - Sina

- agora vamos - Sina

[ ... ]

Entregamos a permissão pra um homem da portaria, e ele começou a analisar o papel

- pra onde vocês vão? -

- a gente va- Sina

- não interessa pra você, já está aí a autorização - Matheo

Ui...

O homem olhou a gente de cima a baixo

- podem ir -

Eu já ia indo em direção a estrada

- onde você está indo? - Matheo

- pra estrada? - Sina

- você acha mesmo que eu vou a pé, tento um carro? - Matheo

- acontece que eu não sou advinha, pra saber que você tinha um carro - respondi no mesmo tom que ele

Ele revirou os olhos, e me puxou, ele entrou em um carro, e quando eu fui entrar a porta estava travada, então fiquei olhando pra ele

- não vai entrar? - Matheo

- tô esperando você destravar a porta, anta - Sina

- ah, verdade - Matheo

[ ... ]

Tive que pagar o dobro do preço da bebida, esse foi o único jeito já que eu tenho 14 anos

- vocês não são muitos novos pra beber? - o dono da loja pergunta

- e você não é muito velho pra está cuidando da vida dos outros, ao invés da sua? - Matheo

- tá com a língua afiada hoje, hein - Sina

- deve ser a convivência com você - Matheo

- não liga não, ele tem problema sabe como é... as bebidas não são pra gente, e sim pro nosso pai - Sina

- hum...-

- dois - Matheo

- garoto pelo o que é mais sagrado, cala a porra da boca, porque se ele aumentar o preço quem vai pagar vai ser você - falo no ouvido dele

- eu não - Matheo

- fala mais um A pra você ver então - Sina

Sorri simpática pro senhor que estava na minha frente

Saímos da loja, e eu olhei pro Matheo

- mas você tem problema? Que merda foi aquela? - Sina

- velho pilantra, fez a gente pagar o dobro - Matheo

- a gente o caralho, eu que paguei - Sina

- você não, o seu pai - Matheo

- dá no mesmo - Sina

Tinha um homem na nossa frente, impedido da gente passar

- licença senhor - Sina

O cara não saiu

- sai da frente caralho! Tá surdo, porra? - Matheo

O homem olhou pra nossa cara com ódio

- como é que é? - xxxx

- porra, mas você só faz merda, irmão - falo em italiano

Se tem uma coisa que eu aprendi é, que se você não tem nada pra se defender não provoque ninguém, até porque você não sabe com quem está falando

- você sabe falar em italiano? - Matheo

- olha, desculpa, e que a gente tava jogando poker, e ele perdeu mil dólares - Sina

- isso não é problema meu - xxxx

- ah, então vai se fude, eu hein, cara maluco - Sina

Outro coisa que eu aprendi é nunca levar desaforo pra casa

- vem Matheo, não liga pra esse filho da puta - Sina

- eu juro que se você provocar mais uma pessoa, eu vou sair de perto, e vou deixar você se ferrar sozinho - Sina

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Não revisado

Enfim a hipocrisia