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> Sina <

Eu ainda estou aqui na casa de apostas, já que não tem nada para fazer em casa, eu preferi ficar aqui.

- Quer ler a sorte, Sina? - disse Polly.

- Eu sei que vocês são ciganos e que eu sou filha de um, mas eu não acredito nesses negócios de prever o futuro - respondo.

- Mas não custa nada. Vem aqui - ela me chamou, e eu fui até ela.

- Pode sentar - ela apontou para uma cadeira que estava ali.

Ela colocou o café em uma xícara e me entregou. Eu bebi tudo e entreguei a xícara para ela.

- Aqui está falando que você vai perder pessoas importantes e também que você vai ficar confusa entre dois garotos - dois garotos? Só pode estar brincando - e também tem... - ela ficou enrolando para não falar.

- O que foi? - Sina.

- É que aqui está falando que você vai passar por coisas difíceis e que talvez você morra - disse Polly.

- De todas as coisas que me disse agora, se for verdade é claro, eu só estou preocupada com as pessoas importantes para mim. Os meus pais acertaram em cheio no meu nome: um dos significados é "fatalidade" - Sina.

- Tirando isso, estou de boa. Não tenho medo da morte e também não sou apegada a nenhum garoto - digo.

- A morte não é certeza! - alertou Polly.

- Queria que fosse. Não aguento mais viver - Sina.

Polly começou a rir, e a olhei completamente confusa

- Do que está rindo? - Sina.

- O que acha que vai acontecer depois que você morrer? - Polly

- Eu não sei, mas deve ser melhor do que a vida que eu tenho agora... Você não acha? - respondo, e vejo ela ficar pensativa.

- Eu não sei querida... Mas de acordo com a bíblia eu não acho que nossa família após a morte vai ter paz. - ela fala e eu começo a gargalhar

- Sério isso? A Bíblia Polly? - nego ainda rindo, e me levanto - Bom, eu tenho que ir. Pode avisar ao meu pai que eu fui para casa? - pergunto.

- Claro, tome cuidado, e se eu fosse você começaria a acreditar em Deus! - respondeu.

- Pode deixar. Tchau - Sina.

- Tchau! - Polly.

Passei na floricultura e comprei flores brancas e fui ao cemitério. Coloquei as flores nos túmulos e fiquei olhando.

- Tomara que o que a Polly falou seja verdade. Eu quero ver vocês de novo - falo e cai uma lágrima dos meus olhos.

- Está tudo bem? - me assusto ao ouvir a voz do meu pai.

- Está sim - respondi de cabeça baixa.

Ele veio até mim e me abraçou. Naquela hora, não aguentei e comecei a chorar.

- Eu sinto falta deles todos os dias - Sina.

- Eu também sinto - Thomas.

- Eu só queria que eles estivessem aqui - Sina.

- Vem, vamos para casa - ele falou pegando na minha mão.

Chegamos e subi para o meu quarto. Fui até o banheiro e enchi a banheira de água gelada. Ela estava demorando um pouco para encher, mas logo ficou pronta. Peguei alguns pacotes de gelo e coloquei dentro da água, entrei na banheira.

Eu sempre tomo banho com água gelada; só às vezes tomo banho com água quente. Prefiro a gelada porque me acalma e me faz pensar melhor.

Fiquei meia hora na banheira e depois saí. Me troquei e fiquei no meu quarto.

                                  [...]

- E aí, Sina - JJ entra no meu quarto sem bater.

- Presta atenção no que eu vou falar agora, antes de você entrar no meu quarto, bate na porta e pergunta se pode entrar, tá legal? - Sina.

- Tá bom, desculpa aí - ele falou debochado.

- Eu tô falando sério, da próxima vez que entrar no meu quarto assim, eu vou apontar a arma para você, pensando ser outra pessoa - Sina.

- Foi mal - ele revira os olhos - tá afim de fazer alguma coisa? - JJ.

- Tipo o que? - me interesso

- Vamos lá na convivência do Fez. - JJ.

- Ah, eu não, vai sozinho. - Sina.

- Por favor, Sina. - JJ.

- Fazer o que lá? - Sina.

- Ficar conversando. Sei lá - JJ.

- Vai pagar alguma coisa pra mim? - Sina.

- Interesseira. - JJ

- Vai ou não? - Sina.

- Vou. - JJ.

- Ótimo. Vou me arrumar - Sina.

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VOTEM

Capítulo não revisado

Spoiler nesse capítulo hein 😏

𝐍𝐚̃𝐨 𝐒𝐞𝐢 𝐂𝐨𝐦𝐨, 𝐌𝐚𝐬 𝐀𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐜𝐞𝐮 /𝐀𝐬𝐡𝐭𝐫𝐚𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora