Penseira

98 10 6
                                    


Era uma noite cansativa e longa para Narcissa e Severus. Mas felizmente, estava perto da hora de dormir.

Narcissa já havia voltado para seu quarto, mas não tinha perdido tempo algum em se trocar ou tomar um banho. Ficara sentada por longos minutos na janela perto de seus aposentos, de pé, encostada no batente, observando o céu. Não tinha sono, ou se quer vontade para se deitar.

Sentia algo estranho, algo muito estranho. Como se algo estivesse chamando-a, precisava ir até a floresta. Mas não agora, nem todos tinham ido se deitar, poderia se deparar com qualquer um nos corredores.

- Olá! - Não percebera quando Severus se aproximou

- Pensei que já estivesse dormindo - Mentiu

- Tive que resolver umas coisas antes, e você, já está tarde! - Ele dizia com a voz sedosa, como preocupado

- Eu gosto do céu neste horário, é tão... brilhante! - Ela olha para a janela, fascinada com o que via, sem perceber que Severus não tirara os olhar dela - Um dos poucos momentos que tenho sozinha, em paz

- Você está linda!

- O que disse? - Vira seus olhos para o bruxo, em confusão

- Eu disse que você está linda! - Ele não tinha expressão alguma, dizia em um tom de veludo e honesto

- Você nunca me elogiou! - Parecia supresa

- Você nunca me deixou! - Narcissa não tinha respostas, não sabia o que dizer, estava apenas boquiaberta com o que acabara de ouvir - Boa noite, Narcissa!

Severus se virou para seus aposentos, sumindo da vista da professora, que permanecia estática.

Ele estava surpreendendo, não poderia negar, mas desvaira-se esses pensamentos de sua mente quando lembrara do que vira há minutos antes. Severus não tinha esquecido Lilian, não poderia ser nada além de elogios, nada além de elogios comuns que uma pessoa faria a noite, não?

A madrugada chegara, todos haviam ido dormir, mas Narcissa precisava ver o que lhe incomodara. Correu até a floresta proibida, novamente. Quando estava prestes a pisar nos primeiros galhos no chão da floresta, uma mão a puxou, impedindo de tal ato.

- Não faça isso!

- O que você tá fazendo aqui, Severus? Anda me seguindo em todos os lugares agora?

- Se continuar indo para lugares perigosos sozinhos no meio da noite, sim, eu vou te seguir - Puxava seu braço novamente - Agora, vamos!

- Você não manda em mim, seu imbecil! - Balança seus braços para soltar-se, mas ele não permitira - Severus, me solta agora!

- E para que? Pra você entrar nessa floresta escura e perigoso no meio da madrugada? E sozinha? Você tá maluca?

- E você é o que? O meu herói que vai me salvar dos perigos da floresta, Severus Snape?

- Eu não vou te deixar entrar nessa floresta, Narcissa, sabe os perigos que existem - Ele não a deixa escapar por nada, segura seus braços mais próximos a si - Eu não vou deixar Lucius te machucar de novo, Narcissa!

- Espera! O que? - Narcissa para de resistir, o que faz Severus soltar seus braços - Como você...? O que você sabe?

- Eu sei que Lucius anda te ameaçando, Narcissa! Não sei porque, nem com o que, mas você não pode deixar isso acontecer

- Isso é...inacreditável! De repente você ficou obcecado por mim e resolve me seguir em todos os lugares para ser o que ando fazendo, Severus? Quer saber...vai se fuder! - Narcissa gira seus tornozelos com rapidez e entra na floresta antes que ele pudesse fazer qualquer coisa - E não me impeça, independentemente do que aconteça! - Ela grita para Severus que a seguia aos longos passos

Antithesis - SnacissaOnde histórias criam vida. Descubra agora