Paz

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Toda sua dor passara após Lucius ser jogado para longe.

- Severus?! - Narcissa sussurra, apoiando seu braço no dele, se levantando

- Ora, ora! Quanto tempo, caro Snape! - Lucius se lavanta, recuperando suas varinha - Veio ajudar sua amiga? Que lindo, assim acabo com os dois de uma vez

Narcissa parte para frente de Severus, iniciando um duelo serrado com Lucius.

Lampejos dançavam pela enorme sala, nenhum nos dois se cansada, ambos determinados a destruir o outro em plena dor.

Severus avista a pedra no meio do local, entre Lucius e Narcissa. Deveria pegá-la, Lucius não poderia ter a pedra em suas mãos. Ele tenta se escorregar com rapidez, mas Lucius o vê antes que ele chegue perto da pedra, e o joga para longe, o deixando sem equilíbrio

- Tentativa ridícula de me parar, Severus, mas eu to cansado de ficar brincadeira de duelo

A maldição Cruciatus e lançada em Narcissa novamente, que luta com a dor insuportável causada pelo feitiço.

Draco! Tinha que pensar em Draco, era o único motivo que a fazia ficar de pé.

- Admiro que tenham tentado, mas, agora, eu terei vida eterna - Lucius se abaixa para pegar a pedra, a guardando em seu bolso - E nada, nem ninguém, irá me parar

Lucius se aproxima de Narcissa, que estava jogava ao chão, insuportáveis choques corriam pelos seus músculos.

- Oh, meu amor, você foi muito útil, e sabe que está na hora de acabar com seu sofrimento, mas antes, o seu amiguinho irá primeiro...

O bruxo mais velho se aproxima de Severus, o que chama a atenção de Narcissa, forçando suas pernas a tentar de levantar. Lucius levanta sua varinha, apontando para o mestre das poções, que, ainda fraco, fecha os olhos, esperando pela sua morte.

- Avada Kedrava!

Tudo ficara claro, não sabia exatamente o que havia acontecido. Seus ouvidos zumbiam e sua visão era turva.

Não tinha morrido, nada tinha acontecido. Apoia alguns segundos, as coisas forma voltando ao normal, olhara para todos os cantos da sala, procurando suas respostas.

Narcissa! Seu rosto petrificado ao ver o que fizera. Encarava Lucius, que aos poucos, ia se desolvendo, virando apenas uma poeira que em breve seria esquecida. Narcissa havia matado Lucius, e isso não sairia de sua mente por muitos séculos.

- Severus! - Diz em um sussurro, após seus joelhos se falharem novamente e cair desacordada

- Narcissa! - Corria para agarrar o corpo da professora jogado ao chão - Eu estou aqui, eu estou aqui, minha querida, estou aqui! Vai ficar tudo bem! Eu prometo, eu te prometo!

Dizia a cochichos, retirando os fios de cabelo em torno do rosto de Narcissa. Sentia as bochechas molhadas da professora, não sabia exatamente quando aquilo se iniciara.

Narcissa abrira os olhos, explorando com eles o ambiente que estava. Era a enfermaria. Não sabia quando havia chegado, muito menos como, mas estava alí. Seu corpo não doia mais, sentia-se fraca, mas seus músculos estavam normalizados.

Lucius havia ido embora, tudo teria acabado, e logo teria seu filho de volta, disso ela tinha certeza.

Avistara um grupo de pessoas chegando, não tinha certeza quem, até que conversassem com ela.

- Fico feliz que estava bem, Narcissa! - Dumbledore diz em calmaria

- Oh, minha querida, minha querida Narcissa! - Minerva se aproxima abraçando a mais nova - Fiquei tão preocupada com você, quando Dumbledore me contou tudo, eu juro, quase o fiz engasgar com aquelas balas de limão

- Eu estou bem, Minnie! Agora estou muito bem - Sorria com o olhar maternal tão acolhedor de Minerva sobre si - Onde está...?

- Estou aqui, minha queridíssima! - Richard levanta seus braços indo em direção a Narcissa, ameaçava se aproximar, mas recua ao ver a expressão confusa da bruxa - Hm...que bom que está bem!

- Richard, eu tenho que te agradecer! Se não tivesse me contato sobre a pedra, eu não teria a encontrado

- Aw Narcissa, que bom que... - Tenta se aproximar mais uma vez, mas para ao sentir uma das mãos de Narcissa em seu peito, impedindo o professor de abraça-la - Amigos?

- Amigos! - Ela sorri após ele entender o que ela gostaria de dizer - Fico feliz que vocês estejam aqui, sabem como são importantes para mim, mas eu ainda tenho uma dúvida

- Ele veio, Narcissa! - Dumbledore diz antes que Narcissa continuasse - Você esteve em coma por 3 dias, e todos esses dias, ele quem esteve aqui

- Nunca vi Severus tão persistente, dissemos várias vezes para ele ir descansar, mas ele se recusava a sair do seu lado - Fora vez de Minerva dizer

- Onde ele está? - Olhava para todos os cantos

- O corpo dele estava pedindo socorro para ele se deitar e ter uma boa alimentação, prometeu tirar um descanso por hoje, mas tínhamos certeza que ele logo voltaria - Richard completa

Narcissa recebeu alta da enfermeira no mesmo dia. Estava realmente bem e disposta a voltar ativa.

Todos estavam reunidos no saguão principal, percebia que faltava apenas ela para se juntar aos professores. Quando abrira a porta, todos os alunos estavam de pé aplaudindo e assoviando por Narcissa. Veio a conclusão que todos ficaram sabendo o que teria acontecido.

Narcissa corava e sorria para todos, nunca se sentira tão querida. Olhava para todos os cantos, não havia um aluno ou professor que não a aplaudira. Estavam todos lá, menos ele.

O jantar havia se passado, e nada de Severus. Estava incomodada e inquieta.

Chagara a hora de se deitarem, mas como se costume, Narcissa vai até o jardim, observar as estrelas que tanto amava assistir.

Era apenas ela, com o pescoço inclinado ao céu. Seus olhos brilhavam em satisfação e calmaria. Estava a salvo, seu filho estava a salvo, todos estavam a salvo. Estava em paz!

Após longos minutos, ouvira passos chegando atrás de si. Ao se virar, era ele, com as mãos atrás das costas, cada vez mais perto da professora.

- Estive te procurando! - Ela diz, e Severus para ao seu lado, também olhando para o céu brilhante

- Eu sei! - Fora quase tão baixo que Narcissa mal poderia ouvir sua voz

- Por quê? Por que me ajudou?

Os olhos de Severus caem sobre os dela, por alguns segundos, depois volta para o céu. Mas Narcissa não tirara os olhos do professor, precisava de respostas, mais precisamente, precisava de repostas vindas dele. Até que ele diz, em um sussurro.

- Porque eu te amo!

Antithesis - SnacissaOnde histórias criam vida. Descubra agora