- Demorou tanto! - Dumbledore diz no momento que Narcissa retira seu rosto da penseira
- Eu não entendo! Severus? Ele...não faz sentido!
- O amor não faz sentido, Narcissa! - A voz de Dumbledore sempre fora serena, disposto a responder qualquer pergunta da bruxa - Sempre observei o pequeno Severus, desde a escola ele sempre se mostrou um garoto esperto, ambicioso e com objetivo, um legítimo sonserino. Mas quando se tratava do coração, cara Narcissa, Severus sempre fora covarde para esse ponto
- Eu sempre pensei que...ele e Lilian...ele ficou furioso comigo quando o zombei por Lilian não ter lhe dado um dia dos namorados decente, o que me arrependi amargamente
- Severus gostava da pequena Lilian em seus anos escolares, querida, afinal seu primeiro amor nunca foi correspondido, estou certo? - Ela afirma, ainda confusa - Devo dizer que Lilian foi a única amiga que Severus tinha, mas ele não sentia nada além de carinho. Já por você...era muito mais Narcissa! Ou melhor dizendo...é muito mais. Você mesmo viu! Ele nunca te esqueceu!
- Eu não...não imaginava!
- Você sente algo por ele, não sente? Posso ver, minha querida, qualquer idiota veria isso - Seus olhos penetravam os de Dumbledore, ansiando por respostas - A maneira que vocês se olham, nunca fora ódio, Narcissa!
- Aparentemente todos perceberam isso, menos eu mesma - Sorri em tristeza - Ou Richard, que não sai do meu pé há dias...
- Oh Richard! Tinha me esquecido totalmente deste detalhe - A reação de Dumbledore toma a atenção de Narcissa - Ele conseguiu te ajudar no que precisava?
- Como assim?
- Lucius!
- O senhor sabia... - Boquiaberta, Narcissa é incapaz de dizer qualquer coisa a mais
- Admiro sua coragem, Narcissa, por todos os prontos. Disposta a descumpri várias leis e quebrar confianças para salvar seu filho, enfrentar Lucius e até dementadores, que aliás, preciso me desculpar em relação a isso, eu não imaginaria que fosse aparecer naquele lugar justamente aquele dia que os coloquei lá caso Lucius tentasse invadir
- Eu não sei o que dizer! - A professora se mantém boquiaberta, contendo suas lágrimas
- Eu confio em você Narcissa, e sei que você dará um jeito de salvar seu filho sem precisar fazer o que Lucius quer, sei que você consegue!
- Obrigada, Dumbledore! Eu prometo que irei. - Ela se vira para sair
- Narcissa, só mais uma coisa!
- Sim?
- Você ainda sabe fazer aquela torta de limão que fez no meu aniversário ano passado? Ela é incrível!
- Com certeza! - Sorri encantada - Vou preparar uma especialmente para o senhor
- Obrigado! - Dumbledore sorri, divertindo-se batendo leves palminhas com as mãos
Narcissa volta para sua sala, tinha aula o resto do dia todo, e sua cabeça mal estava pensando direito. Foram horas que não passavam, tinha aplicado provas e precisava corrigi-las o mais rápido possível.
- Podemos conversar?
Já era final de tarde e, novamente, não tinha percebi que Severus havia se aproximado. Mesmo atenta ao professor, não havia parado de corrigir suas provas.
- Sobre o que?
- Noite passada!
- Não temos nada para conversar noite passada, Severus! Afinal, de qual parte da noite passada você quer conversar? Porque ontem o dia foi bem longo, não? - Ela rosna entre os dentes
- Por que não me disse que Lucius estava ameaçando Draco com você?
- Desde quando lhe devo satisfações?
- Desde quando algo bota a sua vida, a minha e de todos nesta escola em risco.
- Eu posso me virar sozinha com isso!
- Claro que pode, depois de Lucius te torturar...
- Se veio aqui para me acusar, eu invés de me ajudar, então eu te aconselho a ir embora agora mesmo
- Certo! - Ele bufa e se vira para a porta - E você e o professorzinho? Resolveram se assumir para a escola? Porque você são o assunto de todos os alunos - Gira seus tornozelos em direção a Narcissa novamente, cuspindo cara palavra
- O que? Mas eu e o Richard não temos nada...o que...?
Severus se vira, saindo da visão de Narcissa, batendo sua porta com toda força, fazendo todo chão estremecer.
Deveria esquecer a conversa que tivera com Severus, queria entende-lo, mas não era o momento. Precisava pegar a pedra esta noite, não tinha mais tempo.
Mais uma vez, a madrugada chega. Narcissa esperara todos irem dormir.
Fizera o mesmo caminho que havia feito duas vezes. Chegara, novamente, em frente em espelho de ojesed.
Não havia dementadores.
Nem Richard.
Nem Dumbledore.
Nem Lucius ou Severus.
Era apenas ela.
Ela e seu reflexo, ao lado de Draco.
- Querido! - Diz a Draco dentro do espelho
"O tempo está acabando! Estique sua mão!"
Narcissa estende uma de suas mãos para frente, logo em seguida, Draco deposita algo por cima dela, ou melhor dizendo, em cima do reflexo de sua mão. De repente, Narcissa sente um peso a mais sobre ela.
"Abra!"
Era ela, a pedra filosofal, em suas mãos!
- Bravo, meu amor! - Lucius aprecia atrás dela, batendo palmas lentamente, se aproximando - Eu sabia que iria conseguir!
- Lucius! - Ela esconde a pedra atrás de suas costas, impedindo que Lucius a pegue, e logo, se afasta mais do bruxo
- Não vai me entregar? Esqueceu do nosso trato? A pedra pelo nosso filho.
- Meu filho! - Enfatiza
- Certo, o seu filho! Agora, a pedra! - Lucius estica uma das mãos
- Quero vê-lo antes!
- Como você anda exigente, Narcissa! Tudo bem! - Lucius projeta a imagem de Draco em uma grande esfera ao seu lado, ele estava preso em seu quarto, sem nenhuma saída, varinha ou qualquer objeto mágico que o pudesse salva-lo
- Draco! - Ela sussurra para si antes da imagem sumir de sua vista novamente
- Agora, a pedra!
Narcissa não sabia o que fazer. Não deveria entregar a pedra. Mas se não o fizesse, seu filho morreria. Seu coração pulava como cavalos às pressas. Seu estômago revirava como se tivesse engolido uma doninha. Estava perdida, confusa e sozinha.
Não tinha escolha!
Esticou seu braço lentamente, prestes a entregar o objeto desejado a Lucius.
- Expelliarmus!
Antes que Lucius pudesse revidar, Narcissa lança o primeiro feitiço, jogando Lucius para longe.
- Vadia! - Lucius bufa antes de se levantar e ver Narcissa pestes correr para fora da sala - Crucius!
Foi tão intensa como a dor que sentira anteriormente na floresta. Narcissa cai sobre seus joelhos, gritando de dor, mesmo sabendo ser impossível de ser ouvida.
- Narcissa, querida, tão tola! Achou mesmo que eu iria deixá-la fugir com a minha pedra? Tshi tshi tshi - Lucius se abaixa de pega a pedra perto de Narcissa, admirando a grande relíquia em suas mãos - Você nunca aprende, não é mesmo?
- Sectumsempra!
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Antithesis - Snacissa
FanfictionNarcissa Black, professora de defesa contra arte das trevas. Severus Snape, mestre das poções. Desde a adolescência, alunos de Hogwarts, Narcissa e Severus já tinham suas intrigas, toda semana não era surpresa vê-los na detenção por alguma tramanha...