04. POLIDO ÉS A TAL JABUTICABA

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Olhos redondos em um castanho clareado encaravam Mei com curiosidade

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Olhos redondos em um castanho clareado encaravam Mei com curiosidade. Eram tão redondinhos que lhe deixava com a aparência mais fofa que o normal, quase que iguais a de uma criança doce que lhe pedia algo em troca do seu majestoso olhar penetrante. Eram redondas as suas iris, se assemelhavam ao formato de jabuticabas. Elas eram de aparência dócil, sutil, e quase que inocentes.

O seu olhar era claro de intenso teor angelical, mas talvez, a sua aparência afável colabora mais ainda para o seu aspecto cândido e casto. Os seus cabelos colaborou ainda mais para a configura, pois eram longos e pretos, e tão lisos que pareciam escorregar entre os vãos de seu dorso, porém, formavava-se em ondas que lhe deixavam mais afável. E sua estrutura, oh! céus! Era magra e esguia, Mei era completamente maior que a menina, e talvez, - totalmente de que decerto -, que sofria nas mãos dos De Susano sobre sua completa baixa estatura. Não que sofresse no sentido literal, era mais na forma de que os enxergam-na, como uma doce e pequena criatura que precisava de ajuda, ou, um coelho fofo - já que sua aparência se assemelha a um, principalmente no formato dos dentes - que necessita de afago e carinho a cada instante.

A dona de tal aparência ainda encarava Mei em busca de respostas sobre a cena embaraçosa que recente viu e talvez, só talvez, parecia já se emburrar por ver lágrimas escorrendo pelo rosto de sua maviosa protegida.

- O que lhe deu? Quem foi aquele que a fez chorar? Ainda está vivo e com todas as suas partes do corpo?

- Ora, An, não fale assim! Quando diz palavras como essas, parece mais uma assassina anato do que uma jovem e inocente moça.

- Eu não sou uma jovem e inocente moça. Eu sou An, essa é quem eu sou.

- Eu sei quem é você. É aquela que todos morrem de medo com esse olhar homicida, mas é só uma menina de aparência de coelho e olhos de jabuticaba.

- Eu não sou um coelho, não me chame assim!

- Oh! Coelhinha, por que tão ranzinza?

- Humpf! Vejo que nenhum mal lhe fizeram, está muito bem para rimar e tira sarro de mim.

- Realmente, sua conclusão está tão certa quanto a de sempre. Ninguém me fez algo, não há essa pessoa corajosa aqui na redondeza. Esqueceu que em nosso bairro todos conhecem todos? Sabem muito bem da fama que é mexer com um De Susano, principalmente se for eu. Ou a coelhinha raivosa esqueceu do braço que quebrou do filho da vizinha, ou talvez, das fraturas nada leve que ficou o primo do garoto da rua de baixo, lembra quem foram?

- Tiveram sorte em não morrer, se fosse mais um pouco, eu os esmagaria apenas com algumas pancadas. As pessoas daqui são fracas, todas moles e muito choronas, se fosse lá onde eu nasci, podíamos estar em uma guerra que aguentaríamos firmes e sairíamos vivos!

- É claro que é! Nasceu em uma ponte de guerrilharia, sobreviveu por um pouco, não é? Ora, trate de dizer menos besteira e volte a si! A surra que deu nos garotos foi tão grande que tiveram que ir em acompanhamento psicológico com o trauma que você os deixou, ninguém nesse mundo aguentaria aquela surra que você deu. Ainda tem o fato de virarmos inimigos do bairro, caminhando com olhos medrosos vigiando nossa passagem. Parece esquecer de tempos atrás.

Alchemy Of A Villain ( Volume 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora