08. E CHEGA-SE AO INFERNO

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Com os olhos pesados em ardor, Mei voltava em consciência

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Com os olhos pesados em ardor, Mei voltava em consciência. Deitada estirada sobre á terra gélida e áspera, sentia que as forças de seu corpo havia se esvairado como pó que foi soprado pelo vento. Vendo, ainda que com dificuldade pelo peso carregado em seus olhos, a tamanha desonra e hostilidade do lugar que habitava, fez-se em confusão a mente e em desespero tornou a ficar desnorteada. Ergueu seu corpo à procura de levantar-se, mas falhou assim que à terra quente e de cor sangrenta tornou-se a ser um ímã que puxava seu corpo frágil e débil com prontidão para de junto de si.

Uma dor redundante corrói-a em suas entranhas, e algo vivido e caloroso parecia se mexer no meio de seus seios. Sua força, que tão pouca ainda era, não conseguia lutar contra o sobrenatural da terra que lhe puxava, a fazendo então, desistir de qualquer relutância contra o poder que lhe sucumbia. Vozes dispuseram sobre o ar, a língua dita não era a sua nativa, mas era conhecida pelos estudos e convívio que obrigara a estar. Uma versão antiga, a versão a qual tanto Théo preferiu ensinar, versão que estranhamente An se fazia falar, versão que parecia tão familiar e correta de se ter, e que agora era com ela que se tinha ditos em um tom melancólico proferido pelo ar.

E então diziam os homens e as mulheres sem cor e sem face:

- Olhe, olhe ao seu lado! - disse uma mulher de voz eloquente - Os sussurros já se vão.

- Oh! Tão bela és a menina de sangue abominável que até os mortos em seus olhos se abalam - disse tristonhamente uma voz grossa.

- O grande dia então chegou e agora é sobre o tal fim que os céus encetarão a falar - disse outra voz feminina, que de tão doce que saia, parecia de um modo alegrar.

- És boa? Ou és ruim? Pois, diga, porque os seres que saltitam há muito tempo estão a lhes esperar - dessa, uma voz grossa se pôs presente e que divinamente era tão doce e angelical, foi a que mais pareceu falar aos ouvidos de Mei - O bem que lhe guarda misturou-se sobre o mau que lhe chamas, e o mortal tão sombrio e reluzente, parece estar cada vez mais presente do seu objetivo final - por tempo parou as vozes sem imagem, talvez em um tempo de respiração necessário para que os pensamentos de Mei pudesse se colocar em ordem e assimilar melhor os acontecimentos. Não foi de muito tempo em que uma voz tão conhecida pôs-se a falar, essa seria a última e talvez até, a mais importante entre todas as outras.

- Olhe, olhe minha menina! Finalmente chegaste aqui. Cuide dos seus e aqueles que aos olhos de muito não se assemelham a ti - a voz gentil e sedosa mostrava sem aparência a sua tamanha compreensão, parecia tocar-lhe o corpo e afagar a sua angústia e receio - Pergunto então eu, como será o seu fim? Pois, o amor e as sombras, lutam por um tal final - a voz ainda não havia se desfeito, parecia sorrir em ternura para dar a sua fala final. O afago que Mei ainda sentia se esvaziava igualmente a voz que lhe cercava - Cuide dos seus semelhantes e cultive de modo abundante, sem esquecer quem é você afinal.

As vozes com tudo sumiram, e os apertos e afagos de amor também, mas restava ainda em seu corpo a dor no peito que cada vez mais parecia intensificar e fazê-la clamar por socorro. Seu corpo fraco e esguio sentia o movimento de algo incerto, se mexia como as águas que andavam de acordo com a maré. Doía o seu peito com tanta pressão. Chorosa jogada no chão chamava a sua querida amada.

Alchemy Of A Villain ( Volume 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora