10. CLIMAS DE MUDANÇAS

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A menina de olhos verdes acastanhados parecia se conter em pensamentos distantes

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A menina de olhos verdes acastanhados parecia se conter em pensamentos distantes. Os fatos ditos ainda estavam embaralhados em sua mente, parecia que os encaixes desconectados de sua vida vinham a se conectar de uma vez só, a deixando em histeria por alguns minutos. An, por sua vez, cercava-se de preocupações por um momento que ainda não havia passado, mas que se não desse jeito de sair às pressas com Mei, chegaria da forma mais violenta que pudesse imaginar. Desde a última pergunta de Mei, An se fechou em seu mundo e não disse mais palavras sobre qualquer assunto que envolvesse o lugar que estavam, decidiu por fim nas histórias e se envolver em outras intrigas que teria que resolver.

Olhando para a casa de pedregulho, An não se surpreendera por encontrar o antigo lar de Théo em perfeita ordem, sabia do amor que todo o povo abandonado tinha por seu rei, queriam de todo o melhor dar para ele — mesmo que não tivessem o que muito oferecer. Eles com toda a certeza arrumaram de forma feliz e esperançosa, ansiando pelo momento que Théo voltaria e os livrariam da angústia vivida. Em seu ser, An parecia de um jeito sentir o tocar daquela terra em seu coração, parecia nutrir um sentimento de paixão e saudade, mas logo, se via a beira de um colapso nervoso que a expulsava a pedradas daquele lugar. Foi este sentimento então que endureceu o seu coração novamente, passando em sua cabeça as várias formas de sair dali e proteger Mei de qualquer imprudência.

Passado-se algum tempo dentro daquela imensidão de silêncio, Mei intrigou-se ao ver os movimentos frenéticos de An, que por toda a sala, abria gavetas e remexia nas estantes em busca de algo desconhecido por Mei. De repente, com um som alvoroçado de vitória, sai da garganta de An um "Achei" bastante contente, que de tanta importância, arrancou de seus lábios carnudos um largo sorriso. Mei não entendia o que acontecia com An, a cada instante naquele lugar, se surpreendia pelas ações nada comuns da de olhos arredondados, parecendo que os hormônios da menina se transformavam toda hora e dava-lhe um ar diferente em cada minuto. Agora, com vários papéis retangulares de cor amarelado, An se colocou em frente a mesa da casa de pedras, colocou os papéis na mesa, e com os seus dentes, cortou de forma rasa um de seus dedos. Assim que gotas de sangue se puseram a sair de seu dedo, An rabiscou com o seu sangue algo nas folhas amareladas e depois começou a fazer movimentos constantes. Primeiro, An pegou um dos papéis rabiscado com o seu sangue e depois fez um giro em seu próprio corpo para jogar com as mãos em dois dedos levantados o papel até o ponto alvo. O vento de cor que antes saiu de An, novamente se fazia presente perante os movimentos feitos, levando o papel de modo flutuante para o seu lugar. An fez várias vezes os movimentos, espalhando os papéis amarelados por toda a casa de pedregulhos e intrigando ainda mais Mei.

Após todos os seus movimentos, An parou para respirar e recompor as suas energias, sentou-se sobre a grande cadeira rochosa de tom roxo e relaxou o corpo de uma vez.

— O que foi isso? — perguntou Mei.

— Proteção — respondeu An de forma calma e desleixada, sem nem se dar ao trabalho de abrir seus olhos.

Alchemy Of A Villain ( Volume 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora