15. PREDAM AS DE SUSANO

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Olhavam-se um para o outro com espanto perante a presença forte e honorável do jovem robusto

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Olhavam-se um para o outro com espanto perante a presença forte e honorável do jovem robusto. Com as suas vestes brancas e sedosas, o homem de olhos tão dourados quanto um ouro prestes a ser usado encarava com desdém a situação descabível que encontrava perante a si.

Yang Zhi não se amedrontava, para ele, o homem à sua frente era tão nobre quanto qualquer um da realeza, não se tinha um respeito além do costume. Já An, entendia bem de quem ali se tratava, seja pelo hanfu límpido ou pelo adorno de diamante branco que enfeitava a cabeça do tal homem. Mei, que parecia surpresa, voltava-se em pensamentos de toda uma vida.

Olhando para o tal homem, Mei perdia a sua completa respiração. Os cabelos, os olhos, a roupa e a postura eram totalmente iguais ao que um dia viu em sonho, porém, mais vistoso e surpreendente. Em seus sonhos, o rosto não era visto, de nenhum dos que agora encontrou. E era realmente divino como eram lindos assim como emanava o ar que saía de seus corpos e que agora, Mei sabia ter nome, o Ponto de Aura que se encontrava dentro de si.
O homem de branco estava em sua frente. Incrivelmente estava diante dela. Por impulso de seus instintos — e talvez um amor que nem ela sabia ter —, direcionou-se para diante do homem e com a vontade iminente, tentou tocar-lhe a face para sentir o verdadeiro calor do homem. Porém, nem em suas vestes, Mei conseguiu encostar. O de branco se esquivou, e com sua mão direita agarrou os braços sedentos de Mei que se encontravam agora presos em uma só mão do de branco.

— Como ousa tentar tocar-me com suas mãos provindas de não sei aonde? Pensas que é quem para tocar-me assim? Aliás, quem é você? É a tal De Susano que devo levar?

— Como? — desesperou An atraindo o olhar de desprezo do homem — Como sabe de tal coisa?

— Hm... Você é?... Ora, uma De Susano? Algo está errado em você. Me lembra alguém que não sei quem é, mas sei que algo estranho vem de você.

— Mas como? — disse Mei já farta do aperto e das palavras soltadas pelo de branco — Solte-me! — gritou — Solte-me e pare de dizer baboseiras!

— Como? — espantou-se ele com a astúcia que vinha da garota de cachos em sua frente.

Vejam bem, era espantoso para tal homem de porte tão redundante receber um "Pare de dizer baboseiras" de um ser que nem importância digna se tinha, um ser predominante inferior a ele. Estava ele acostumado a receber respeito e moral, ele era um dos maiores homens que existia em toda Nuwa, era um ser capaz de comandar penas sem um julgar. Alguém que nem sequer havia um dia passado perante seus olhos tratarem-lhe daquela maneira era de fato muito curioso, algo para ser analisado. Mas isso não era apenas espantoso de modo ruim, era espantoso de admiração. Mesmo alguns de hierarquia semelhantes se rebaixavam em respeito ao homem, porém ali estava uma garota de cabelos cacheados, olhos arredondados e diferentes, de estrutura mais baixa e possível criminosa se colocava diante de si de forma coesa e sem temor, o encarando como se um quase nada estivesse em sua frente. Era assim que era. Mas não era somente isso, a menina de língua áspera parecia entrar em seu duro coração de forma aconchegante e trivial. E com tudo isso, se instalava contestações.

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⏰ Última atualização: Jan 19 ⏰

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