— Vamos An, não enrole.
— Ora, não me puxe assim! Você só fala para andar, mas nem diz para onde estamos indo. Diga de uma vez, para onde está me levando?
— No bibelô da rua de trás da nossa.
— O quê? Por quê?
Eram por volta das doze e meia, e as meninas já não mais se encontravam no lugar que a pouco estiveram. Mei assim que escutou o som do sino bater, puxou An pelos braços e a levou rumo ao seu objetivo do dia. Nada havia falado para a de olhos arredondados, apenas saiu correndo e pensando no que a imagem da estátua de gesso lhe fazia sentir. Mei olhou para An e por tempo pensou em dizer a verdade, mas sabia que se dissesse um "ai" sobre o assunto ocorrente, ficaria sem a companhia da coelha de humor nada agradável. Olhou-a por um instante e pensou em uma desculpa, e disse por fim, o que veio a sua mente:
— Passei alguns dias por lá e vi algo que me interessou, por isso quero ir lá e comprá-la para mim — Mei não disse mentira, apenas omitiu a parte dos sentimentos incertos que a atingia.
— Você... Hm... Você pensa que me engana? Está tão afobada por um nada que corre assim sem freios nos pés. Diga, por que estamos indo para lá?
— Mas eu já disse, é apenas uma coisa que quero de lá. Se corro, é para que não peguem antes de mim, talvez só tenha um e eu fique sem.
— E o que era?
— Nada de mais. Ande! Ande!
Mei nem deu a oportunidade de An retrucar mais, puxou-a novamente até que chegassem de frente ao bibelô e suspirou de felicidade por chegar enfim ao local. An olhou para a pequena loja de tom terrosa e examinou cada ponto do lugar. Olhou para cima e viu o letreiro com o nome extremamente diferente aos seus olhos, leu e releu e parecendo procurar o significado em sua cabeça como um computador fazia, se frustrou ao não entender.
— Ala-Ara... Não... A-ra-raras...
— Ainda tem dificuldades com o "r"?
— Hm, mas... Nunca mais havia tido problemas com ele. Além do "r"... — disse com dificuldade a letra — ... Eu não consigo saber o que significa, é como se não tivesse referências dessa palavra em minha cabeça. Mas tem mais, é como se ele me chamasse atenção, dizendo algum significado oculto que apenas meu coração consegue entender. É tão estranho.
— Essa é a sensação que sinto com todas as coisas que me ocorrem. Está vendo como é estranho a tal sensação?
— Não! Isso não tem nada a ver!
— Tudo bem, tudo bem, nada tem a ver nas minhas maluquices. Mas diga, quer saber o que significa a palavra?
— Hm.
— Bem, é estranho nunca tê-la ouvido por aí. Mas araras é basicamente uma ave nativa daqui, tendo em várias espécies e cores, mas que infelizmente chegam a ter muitas delas em crise de extinção.
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Alchemy Of A Villain ( Volume 01)
FantasyCom uma imensa mistura cultural, Alchemy of a Villain descreve a passagem de Mei de Susano por um mundo totalmente diferente do comum e repleto de grandes mistérios e emoções. Para além de tudo, o passado tão presente de seu pai é a grande chave par...