Com uma imensa mistura cultural, Alchemy of a Villain descreve a passagem de Mei de Susano por um mundo totalmente diferente do comum e repleto de grandes mistérios e emoções. Para além de tudo, o passado tão presente de seu pai é a grande chave par...
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Juntas andando pela rua, pairavam em pensamentos silenciosos e encaravam estranhamente seus objetos com um tanto esplendor. Mei encarava sua serpente, e de sorriso sucinto, aclamava a paz que sucedia daquele animal. An, que atordoada estava com aquela coisa em suas mãos, olhava e puxava memórias antigas que um dia lhe passou para que pudesse reter algo sobre a sensação que sentia.
Com um coelho de gesso de cores mescladas entre um branco totalmente alvo e um roxo violeta quasemente igual à serpente de Mei, An tentava entender se aquela coisa que obtinha era algo do acaso ou uma tiração de sarro do senhor da loja de bibelôs para com ela. Era de modo confuso as pontadas de agulha invisível que sua pele sentia vendo aquele bicho tão fofo, realmente, um escândalo confuso de emoção. Pensava então, o que seria exatamente o significado do coelho de cor estranha, pois para si, o significado da serpente na mão de Mei tinha um motivo certeiro, An sabia exatamente o que era aquele bicho rastejante, sabia completamente para o que ele serve, mas olhando para o seu, nada de possível vinha em mente para ter como seu, um animal de tamanha fascinação.
Suspirou confusa e reteu-se a pensar mais, voltou para as palavras de Akin antes de sua saída, logo após lhe dar o bicho que retinha a sua dúvida mortal e tentou, de certo modo, achar um porquê para ter aquele bicho.
— O que é isso? — disse An com o coelho na mão.
— Ora, não vê? É a sua versão esculpida em gesso.
— Você... — furiosa An tentou falar, mas Akin apenas sorriu e tentou apaziguar.
— Acalme-se, eu não brinco mais. Veja, nem tudo eu posso falar, venho com enigmas, apenas deixo pistas que possam salvá-las. Olhe, quase nada eu disse a Mei, mesmo na pressa, você pôde se reter a algo e com esse bicho que de todo lhe pertence, poderá ter a mente ainda mais aberta. Um dia, saberá de algo que irá moldar o seu futuro, veja bem, não é só a Mei que precisa seguir o caminho iluminado, você também precisa se preocupar em não se render ao caminho das trevas que habita no seu íntimo. Não digo o que ele significa, mas digo que não é só na aparência que ele se assemelha a você — Akin respirou, sorriu de forma cabisbaixa, olhou para as duas meninas e por fim disse algo que não se pode de tão rápido perceber — A luz está mais perto do que nunca da escuridão. Seja aqui ou ali, nenhum ser humano foi capaz de sucumbir à vontade do pecado, por isso, os males em agonia se voltaram contra os pecadores que muito mal causaram. Olhem apenas para o ser, nunca para o mau fardo. Pensem no que será o amanhã, não apenas no que foi feito no passado. Todos nós estamos de olho em vocês, escolham o caminho que nem o povo do céu foram capazes de escolher.
An ficou a contragosto, não conseguia sequer ter algo plausível em mente. Desistiu daquilo que achava completamente imbecil e resolveu não mais pensar nas falas do senhor eloquente. Guardou o coelho e logo após reparou na serpente de Mei, viu a semelhança de cor do seu para o dela, pensou então que algo em comum os dois tinham, mas acabou por desistir de tentar, já que sua cabeça doía do longo dia que teve.