Pietro e Catarina ficariam por 15 dias em Londres, tempo de "folga" que eles se deram. No entanto, os planos poderiam mudar.
No quinto dia, em um passeio pela cidade, Fabricia sentiu uma forte dor.
- Vamos já procurar seu médico. - preocupou-se Catarina.
- Liga para o consultório. Se ele não estiver lá, vamos para o hospital.
No telefonema para o consultório descobriram que o médico responsável pelo pré-natal da moça estava fora da cidade por uns dias em um congresso. Catarina se alterou.
- Como um médico sai para um congresso com sua paciente podendo precisar dele a qualquer momento? Isso é um absurdo!
- Cathy congressos fazem parte da vida dos médicos. Para com isso. Vamos para o hospital por favor.
A caminho do hospital Catarina se sentiu mal. Um enjôo muito forte. Uma tontura não muito normal.
- Calma meu amor, pode ser por causa do nervoso.
- Sim, deve ser. Vamos Pietro, seja mais rápido nesse volante.
-Estou fazendo todo possível.
Ao chegarem ao hospital, Fabricia foi encaminhada para especialista.de plantão. Catarina estava na sala de espera nervosa além do normal e sentiu-se mal. Só deu tempo de Pietro segurá-la antes que caísse.
-Cathy! Fala comigo! O que aconteceu? Catarina fala comigo! Alguém por favor pode me ajudar?
Rapidamente uma enfermeira veio socorrê-la. Levou a para um quarto para que pudessem tomar as devidas providências.
Fabricia agora estava bem. Fora apenas um susto. Bastava agora esperar sua irmã.
Após algum tempo a enfermeira foi até a sala de espera com notícias de Catarina.
- A moça está bem. Estamos realizando alguns exames para saber mais a fundo o que a fez vir a desmaiar. Mas está tudo bem.
- Posso vê-la?- perguntou Pietro ansioso.
- Claro, me acompanhe por favor.
Pietro agora estava tranquilo. O susto havia passado. Catarina nunca teve um mal estar assim. No máximo dores de cabeça. E uma cólica muito forte em seu último ciclo. O que fez Pietro pensar por um instante... "será? "
- Minha linda, como você está?
- Estou bem. E Fabricia?
- Ela está bem. Pode ficar sossegada. Mas você me deu um susto muito grande. Nunca passou mal, além de suas dores de cabeça.
- Pois é. Me deu uma tontura de repente. Venho sentindo muito enjôo e essas tonturas ultimamente. Preciso procurar um médico para saber do que se trata.
- Sim amor, faça isso.
- Alguém tem alguma ideia de quando vou poder sair daqui? Ou vou ter que ficar de molho?
- A enfermeira disse que estão fazendo alguns exames. Então acredito que vá demorar um pouco.
Com toda aquela conversa os pensamentos de Pietro estavam longe.
- Já que vai demorar, vou dormir um pouco. Estou bem sonolenta.
- Durma querida.
Enjôo, tonturas, dores de cabeça, sono além do normal, queixas de cólicas fora da época. Pietro desconfiava, mas não quis tirar conclusões precipitadas. Esperar os exames era o melhor a fazer.
A noite o médico apareceu no quarto de Catarina para dizer os resultados.
- Boa noite, sou dr. Murilo, o plantão agora é o meu. Vim dar a vocês alguns resultados. Bom, enfim, Catarina está tudo bem com você e com o bebê também. Só vou te pedir que faça muito repouso pois esse desmaio parece inofensivo, mas não sabemos do que trata.
- Peraí, você disse bebê? É isso mesmo???
- É sim. Por que? Algum problema?
- Eu estou o que???
- Calma, Catarina. Não se altere.
- Alterada eu?? Imagina, só estou em pânico!
- Vou ser pai doutor? !
- Bom, se o senhor for marido dela, sim.
- Eu não acredito. Eu vou ser pai.
Catarina e Pietro não conseguiam pensar e nem falar nada. E agora? Um filho. Eles não tinham pensado nisso. Não sabiam agora o que fazer.
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Na ponta do salto agulha
RomantikCatarina era uma menina ousada. Delineado sempre nos olhos, batom vermelho e unhas bem feitas, com aquele esmalte sempre muito rosa. Catarina gostava de chegar arrasando por onde quer que fosse. Em seus pés sempre um bom salto alto. Do trabalho até...