Parte 25 (o casamento)

188 12 0
                                    

Os três meses se passaram, e o grande dia chegou. Um dia antes, Fabricia havia chego ao Brasil com Lorena para o casamento da irmã. A irmã de Catarina havia iniciado um romance com Pedro, seu amigo do curso em Londres. O rapaz cuidava de Lorena como se fosse sua filha. E Fabi estava realmente muito feliz.
Alice e Conrado também já estavam acertados e dividiam um apartamento há mais ou menos 15 dias. O clima de casamento de Cathy havia levado os dois a chegarem a essa conclusão.
Pietro era um misto de emoções. Estava radiante, nervoso, encantado com a realização de seus sonhos. Não via a hora de finalmente poder dizer que estava casado. Ele e Catarina haviam vendido seus apartamentos e comprado uma casa. Com a chegada do filho precisariam de um lugar mais espaçoso. O quartinho do bebê aguardava apenas a confirmação de sexo para ser decorado. O que os deixava ainda mais ansiosos.
Catarina era a noiva mais encantadora e encantada. Seu dia de noiva parecia um verdadeiro sonho. A menina não acreditava que aquele jeito todo "não me toque", "sou a dona da razão", "quem manda sou eu" a levaria para o altar com um noivo encantador, que a amava, e que ela se sentiria tão realizada. Estava prestes a casar, esperava seu filho ansiosamente e seu negócio crescia constantemente. Para Catarina apenas uma coisa a deixava entristecida: a falta de sua mãe.
Antes de se encaminhar para o clube, Catarina sentou-se com a foto de sua mãe e a mesma conversou:
- Sabe mãe, a senhora faz realmente uma falta enorme. Suas duas filhas te deram netos que a senhora nem se quer pôde conhecer. Foram anjos enviados para que pudéssemos superar um pouco a sua perda. Sabe minha mãe, queria muito que estivesse aqui ao meu lado nesse dia tão importante, mas tenho certeza que de onde estiver estará me olhando e me abençoando, minha mãe querida. Não poderia ir mamãe, sem antes pedir que a senhora me perdoe por todas as minhas faltas e falhas. Pedir que a senhora de onde estiver me ajude a ser uma boa esposa e mãe. Da forma que o Pietro e meu filho merecem. Te amo minha mãe.
Com lágrimas nos olhos, Catarina guardou a foto, pegou seu buque e se direcionou ao carro. Não quis motorista. Ela mesma guiaria seu carro até o clube e lá seu pai a esperaria junto aos padrinhos e daminhas para que pudessem dar início a realização de mais sonho de Catarina. Sentia o êxtase de alegria vindo de seu ventre e de seu coração. Ao chegar ao clube e ver todos a sua espera, Cathy sussurrou "Chegou a hora, Catarina. Vai e arrasa". Ao descer do carro eram muitos os flashes. Catarina estava linda. Seu vestido era divino, digno de uma princesa. Cabelo e maquiagem impecáveis. Seu sapato? Sim, claro. Um belo salto agulha na cor rosa. Pois hoje... Ah... Hoje ela podia tudo.
Depois de uma linda e emocionante cerimônia, os noivos aguardavam ansiosos pelo: Eu os declaro marido e mulher, pode beijar a noiva.
A alegria tomou contou do espaço. Era chuva de arroz, sorrisos, flashes, tudo que uma noiva e noivo são dignos. A felicidade estava estampada no rosto do casal. Mais uma etapa se iniciava. E começava com o pé direito. Cheio de alegria, amor, e muito gás. Estavam dispostos a fazer um ao outro muito feliz. Só uma coisa faltava para completar essa alegria: o nascimento do filho do casal.

Na ponta do salto agulhaOnde histórias criam vida. Descubra agora