Ela chegou até o prédio de Pietro e ligou.
- Oi, Cathy! Onde está?
- Na porta do seu prédio para ser bem exata.
- Oras, então suba!
- Estou a caminho.
Ela desce do carro. Se ajeita. Arruma seu belo cabelo e vai. Confiante.
Entra no elevador. Andar 4. Quando o elevador abre ela dá de cara com Pietro a sua espera.
- Ai! Que susto menino!
- Desculpe, quis ser cavalheiro.- ri o rapaz. - Está linda.
- Obrigado. - ela fica sem graça. - Vou acabar me acostumando com seus elogios.
- Pode acostumar. Mas são apenas verdades. Venha, vamos conhecer meu apartamento.
Catarina entrou e ficou fascinada com o interior do lugar. Tudo muito bonito e bem moderno. O apartamento mostra que o dentista tem muito bom gosto.
- E então? Que tal o meu cantinho?
- É lindo. Fascinante. Gostei muito. Tudo de muito bom gosto. Parabéns.
- Ah obrigado, mas é obra de uma mãe decoradora.
- Uau! Vou contratá-la. - brinca a menina.
Ele ri.
- Mas e então, como foi com sua mãe?
- Ah foi ótimo! Passei um dia maravilhoso com ela. E vou voltar ainda essa semana. Em breve viajo para Holanda para visitá-la também.
- Fico feliz que tenha ficado tudo bem. Que você tenha tomado essa atitude.
- Também estou muito feliz. E sabe, parte disso é culpa sua.
- Minha?
- Sim. Você me mostrou muitas coisas Pietro. Me fez lembrar muita coisa. E tomar muitas decisões também. Eu te agradeço muito, pois mesmo com todos os motivos você não me deixou ali sofrendo sozinha naquele balcão.
- Que isso, não me agradece. O que eu sentia por você não interferiu nisso. Eu fui ajudar porque não deixaria uma pessoa que conheço sofrendo sozinha em um bar.
- Mesmo assim. Sou a pessoa mais detestável. Eu me deixaria lá.
- Todo mundo tem direito a uma segunda chance. Não me importa o passado agora. Importa é que você está bem.
- Obrigado Pietro, de verdade.
- Está com fome? Preparei uma receita ótima para você.
- Uau! Que poder. Tô louca para experimentar.
- Você vai adorar.
Eles jantam, trocam elogio sobre a receita. Catarina começa a perceber algumas coisas diferentes em si. Ela sorri por tudo, está mais animada e bem humorada. O que será que está acontecendo? Ela não quer reconhecer, mas claramente um sentimento novo está nascendo. E Catarina não poderá lutar contra isso.
- Pietro, preciso ir. Que barulho é esse?
- Nossa! Que chuva!- Pietro olha pela janela e vê que a chuva está muito forte.
Catarina ainda tem um longo caminho pela frente. E agora? Não tem como sair com essa chuva. E não gosta de dirigir com esse tempo para longe.
-Vou ter que enfrentar a chuva.
- Não, espere passar.
- Vai ficar tarde.
- Não posso deixar que você saia nesse tempo dirigindo. Espere por favor.
- Tudo bem. Mas se não passar em 20 minutos vou embora assim mesmo. Ok?
- Ok. O que acha de um filme enquanto isso?
- Não recusaria um convite desses. Adoro assistir filmes.
- Mais isso em comum. O que acha de assistirmos Meu Passado me Condena?
- Adoro esse filme! Porchat e Mia Mello são ótimos.
- Caramba! Também gosto muito. Não canso de assistir. Vai sair o 2 sabia?
- Sério? Preciso assistir.
- Combinado. Já está marcado de irmos juntos.
- Ótimo!
Os dois se empolgam com o filme. Começam a trocar ideias e opiniões sobre diferentes filmes, trilhas sonoras.
- Eu amo Love me like you do, a trilha de 50 tons de cinza. A música é linda.
- Ah sim, também gosto bastante. Apesar de achar mais feminina. Mas eu gosto mesmo é de Before is too late em Transformers. É ótima.
- Amo também!
A conversa vai surgindo, o tempo vai passando. Eles perdem a noção do tempo. A chuva não passa e então Catarina desperta para o mundo real.
- Pietro! Olha a hora! Preciso ir. E essa chuva que não passa.
- Calma até meia noite é dia. - ri o rapaz. - Qualquer coisa eu te levo.
- Não, vai ficar muito tarde.
- Espere pelo menos o filme acabar?
- Tudo bem, - ela não resiste.- não consigo resistir a esse filme.
- Nossa perdi para o filme.
Os dois riem.
Catarina acaba pegando no sono. Acordou cedo e dirigiu por muito tempo. Sente-se completamente cansada.
Pietro a deixa dormir. A admira dormindo em silêncio. "Parece uma princesa". Ele pega um cobertor e a cobre. Termina o filme. Ele desliga a tv e acaba dormindo também ali no sofá, admirando Catarina dormir. Seus sonhos giram em torno da menina. Os sonhos dela vão de encontro ao rapaz.
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Na ponta do salto agulha
RomanceCatarina era uma menina ousada. Delineado sempre nos olhos, batom vermelho e unhas bem feitas, com aquele esmalte sempre muito rosa. Catarina gostava de chegar arrasando por onde quer que fosse. Em seus pés sempre um bom salto alto. Do trabalho até...