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Agora você vem com esse papinho
dizendo que quer voltar
Me diz, como consegue ser
tão cara de pau?
Pode até dizer que sentiu
falta do que a gente teve
Mas não tô nem ligando para o quanto isso te machuca
Quando foi você quem me quebrou primeiro
Você me quebrou primeiro...You broke me first | Tate MacRae
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Nylah
Dentes enormes, capazes de estraçalhar um pequeno animal com facilidade, encontram-se em volta do frisbee laranja que lanço pelo quintal. Duque corre com ele na boca de volta para mim e recompenso o Cane Corso afagando seu pelo escuro. Quem diria que um cão de caçar javalis seria tão amigável. Ganhei Duque, quando ele ainda era um filhotinho, de presente de mamãe ao voltarmos da Itália juntas. Agora está com quase setenta centímetros de altura, o suficiente para ser maior do que eu sentada.
Jogo o frisbee novamente e Duque sai correndo pelo quintal, invadindo as plantas.
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...Malcolm invade meu espaço pessoal com a mesma confiança exacerbada que avisto ao admirar o espelho toda manhã. É incrível como as pessoas adquirem parte da personalidade uma das outras ao passarem muito tempo na companhia um do outro. Tomei posse do seu vício por roupas extravagantes e do hábito de escorar de modo descuidado nas poltronas e sofás. Ele copiou minha ousadia. Com um braço de cada lado dos meus ombros, me prensa nas portas de metal assim que saímos do elevador e transforma o corpo robusto numa jaula, fazendo com que seja impossível ignorar as esmeraldas faiscantes.
— Um assassino de aluguel como segurança? — Malcolm indaga e percorre meu corpo com os olhos. Posso adivinhar perfeitamente o que pensa. Está deliciando-se com a mínima distância entre nós. Na verdade, é uma mistura. A mesma atração de quando ainda estávamos juntos instigada pelo ciúme e curiosidade por conta de Leif. Usa o sorriso perfeito que ensinei à ele para tentar descobrir mais. — Querida, eu sabia que você era louca, mas isso é demais. Até para você.
— Não é louco, baby. Apenas gosto de pessoas exóticas. — Escancaro um sorriso igual, passeando os olhos de cima a baixo como quem diz que ele também é uma pessoa exótica.
A pressão da falta de espaço me sufoca. Apoio as mãos no peito robusto, empurrando-o os míseros centímetros que sou capaz, somente para que ele drene a lacuna entre os dois corpos novamente. Franzo a testa. — Muito perto, Malcolm. Recue.
— Vou recuar assim que prometer demiti-lo, que tal? — Propôs. Sempre gostei do timbre lento e baixo com que pronunciava as palavras. Sem pressa. Dava a impressão de ter o tempo sob a palma da mão. Bom, ele com certeza achava que tinha tudo e todos presos numa coleira. Agora não sei se copiei essa parte de sua personalidade ou se ele copiou de mim. A única certeza é que dois controladores soberbos numa sala nunca resulta em um final feliz. — Me responda, Nylah.
Não respondo, porque isso seria obedecê-lo. Ao invés disso golpeio as partes de dentro dos cotovelos, atingindo as articulações, com força suficiente para ativar o reflexo involuntário dos braços. Eles dobram e aproveito para deslizar para fora da jaula estúpida. Um sorrisinho me escapa. Não tem como algo assim me segurar.
— Mandei você recuar. — Em passos vagarosos, afasto-me dele. Suspiro. Cada segundo nesta cobertura esgota um pouquinho da minha já escassa sanidade. — Vá direto ao ponto, Malcolm. Subi aqui, pronto, diga o que quer.
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Acima do Vermelho
Romance"É realmente estranho eu querer acabar com alguém que tentou me matar?" Nylah era apenas outro alvo, outro trabalho, e surpreendentemente esse pagaria muito bem. Então, como Leif acabou como um cachorro acorrentado à ela por uma coleira de diamant...