Capítulo 2

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Como irá ter parada Lgbtqa+ na minha cidade, eu não poderia postar amanhã, então estou postando hoje.

...

O céu estava escuro, e a noite fazia com que vários animais noturnos emitissem suas canções sombrias através do ar. Nos campos arborizados a ave fantasma grasnava, praticamente uma série de três "uivos", onde o primeiro seria o mais forte e o terceiro, o mais fraco. Perto de uma estrada de terra, que era usada muitas vezes para entrar e sair de Coração da Lua, havia muitas árvores. E numa delas havia uma coruja, virando sua cabeça e crocitando uuh uhh uhh ao mesmo tempo que arregalava seus enormes olhos.

A milhas de distância da cidade uma carroça se movimentava ao seu destino, com dois cavalos galopando e um homem controlando-os. Dentro estava o lobisomem Fury, com uma perna sobre a outra e o queixo sendo apoiado pelo punho fechado, ele olhava para o lado de fora. Recebera uma pequena missão, pois seu rei assumiu o trono a pouco tempo e não tinha como cuidar ele mesmo do assunto.

Tinha de checar a torre dos gritos e saber de um certo prisioneiro. A torre dos gritos era uma enorme torre ao Leste de Coração da Lua para prisioneiros que foram condenados a aguardar suas punições, por piores que fossem e por tempo indeterminado. Ou, para aqueles em que o rei necessitava torturar para conseguir qualquer informação útil, como inimigos de guerra ou espiões.

Normalmente os prisioneiros eram punidos rapidamente, não havia muitos homens lá, não antes de Jordan começar a governar pelo menos. Como estava tempos ocupado com seus deveres, não conseguiu julgar todos os crimes do reinado do seu pai que ficaram pendentes e novos ocorriam quase todas as semanas. E com o Sul, isso só aumentou.

Jordan, no entanto, possuía suas prioridades, e Fury estava indo ver se essa prioridade já havia falado algo que preste.

Quando a carroça diminuiu a velocidade, Fury pôde ver, por entre algumas árvores que passavam diante dos seus olhos, a torre. Ela tinha um formato circular e possuía cinco ou seis andares, Fury não sabia bem. Só tinha estado lá algumas vezes, mas nunca tinha subido ao último andar, só o rei e os soldados de alta confiança podiam entrar lá.

Agora, finalmente descobriria o que o pai de Jordan e antigo rei tanto escondia, ou melhor, quem ele escondia. Não estava acompanhado de escudeiro ou nenhum soldado da cidade, toda a guarda que precisava estava no local.

Os cavalos encerraram as suas galopadas, a carroça parou e Fury abriu a porta do transporte. Ele calmamente saiu, sentindo um misto de mau agouro e uma pontada de dor na sua testa, que logo tornou-se uma pequena dor de cabeça. O lobisomem franziu o cenho com o mal-estar, isso vinha acontecendo desde o confronto anterior, e desde que o feitiço que caiu sobre si se encerrou.

Uma mulher de armadura reluzente se aproximava de Fury com seu elmo apoiado no braço esquerdo. A soldado desconhecida tinha a cor de pele preta, possuía cabelos crespos, seus cachos eram bem unidos e tinham o aspecto fino e fragilizado. Ela estendeu a mão livre para o homem.

— Pela descrição que me foi dada, sobre um lobisomem da alcateia de Jordan cheio de cicatrizes, não posso duvidar que seja outro, se não o senhor.

Fury meneou a cabeça em afirmativa e apertou gentilmente a mão da mulher.

— Jordan que saber sobre o estado do prisioneiro, e se ele já entregou alguma informação importante sobre a espada.

Eles deram as costas para a carroça e começaram a caminhar em direção a torre. Antes de passarem pelos muros, bem na entrada a líder do esquadrão ordenou que os dois soldados de guarda não permitissem a entrada de mais ninguém. Ambos passaram pelo pátio onde mais alguns soldados conversavam animadamente entre eles. Seu segundo no comando, Bentley, se juntou a ela.

O Cavaleiro Do Lobo - Filhos Da Lua - Livro 2 (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora