Capítulo 11

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Que comece as desconfianças, quem está do lado de quem????

...

Depois que a chuva cessou há algum tempo, o clima permaneceu nublado e, apesar de ser de manhã, a maioria dos raios do sol estava velada por nuvens cinzentas. Um pombo urgente com um pequeno pergaminho amarrado à pata esquerda voou em direção ao castelo de Jordan, suas asas batendo em um ritmo acelerado.

A viagem do pombo começou durante a noite, imediatamente após a cessação da chuva. Depois de passar toda a manhã voando acima, ele finalmente alcançou o ápice do castelo. Lá, juntou-se aos outros pombos que, como ele, eram mensageiros. Um homem na sala, que tinha o dever de ler todas as mensagens que chegavam, pegou o pequeno pergaminho da pata do pássaro e começou a lê-la.

A torre dos gritos foi invadida, muitos soldados mortos. Bruxas que estavam pagando suas penas fugiram, e assassinos, meios-gigantes e a porra toda. Conseguimos capturar alguns, mas muitos outros escaparam. Principalmente o prisioneiro mais perigoso, Dalibor. O maldito escapou. Eu e mais alguns soldados restantes, lobisomens e humanos, conseguimos controlar a situação. Precisamos que o rei Jordan envie ajuda!

O castelo foi lançado no caos quando o homem despachou um soldado para Jordan com a mensagem, e esse soldado contou o teor da mensagem a outro, que por sua vez compartilhou a informação com outros, causando uma reação barulhenta em cadeia.

Enquanto Jordan dormia profundamente, ele tinha o braço em volta de João, os dois em uma posição aconchegante de conchinha. Mas quando os pequenos sussurros e passos desordenados no castelo ecoaram numa barulheira sem fim, o sono de Jordan foi abruptamente interrompido.

Ele sentia-se inquieto e desorientado, sem saber o que estava acontecendo. Jordan sentou-se na cama e pôs os pés no chão, precisando esticar o pescoço e bocejar para reunir energia e se levantar.

A porta de seu quarto se abriu abruptamente com um barulho alto, enquanto Theo Andrade entrava com uma expressão de urgência no rosto. Ao ver as costas nuas do rei, suas bochechas ficaram rosadas e ele ficou momentaneamente sem palavras, parado ali com a boca aberta em estado de choque.

Com o rosto contorcido de raiva, Jordan olhou para ele.

— Com licença, senhor, minhas desculpas... eu, um...

— Fale logo. Precisa ter uma ótima justificativa para ter entrado no meu quarto sem bater.

Jordan cruzou os braços, deixando seu soldado mais nervoso.

Theo balançou a cabeça, se recompondo rápido. Ficou ereto e encarou o rei.

— Recebemos uma mensagem da Torre dos Gritos, senhor. Ela foi invadida, muitos prisioneiros escaparam, a situação já foi contida. Tivemos perdas. E o pior, Dalibor escapou.

Afastando-se de Theo, Jordan engoliu em seco e descruzou os braços. Sua mente foi invadida por muitos pensamentos, deixando-o olhando para o nada. Seu peito e músculos ficaram tensos, causando uma sensação de queimação da qual ele não conseguia se livrar.

Percebendo a natureza premente do assunto, Theo não esperou que o rei voltasse sua atenção a ele por boa vontade.

— Senhor, por favor, instrua-me. Quais são as suas ordens?

— Me dê um momento para refletir, maldição!

Jordan sabia das consequências da fuga desse homem, ele iria atrás da espada, sem dúvidas. Mas onde ela poderia estar? Coração da Lua era enorme, e havia vários vilarejos e aldeias vizinhas. Não podia dar a chance de o maldito passear livremente pelos seus domínios. Seus soldados teriam de trabalhar dobrado na vigia.

O Cavaleiro Do Lobo - Filhos Da Lua - Livro 2 (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora