Não me desaponte mais general.
Foram as últimas palavras que Anastasia dirigiu a Behemmot antes que o pardal em sua palma cessasse suas funções. O pequeno mecanismo se aninha na mão da princesa, e seus olhos se apagam.
A princesa olha para a janela de sua carruagem, sua irritação era perceptível mesmo a distancia. Seus olhos prateados refletiam as luzes da capital, enquanto as rodas do vagão se chocavam contra a rua de pedras bem colocadas. Passando seus dedos sobre o brasão em sua farda ela se via envolta em pensamentos.
Babel, que estava sentada à sua frente, mantinha uma postura tensa, olhando para os lados e procurando alguma brecha para escapar do local onde estava e correr de volta para sua divisão. Não havia nada que a general odiasse mais do que visitar o templo.
— Contenha tuas pernas Babel. O barulho da sola de tuas botas no piso de carvalho se assemelham a tambores de batalha, e minha cabeça já dói o suficiente sem este barulho infernal. - Anastásia adverte Bebel que para de balançar suas pernas logo em seguida.
— Vossa majestade, sabe que eu e o templo não nos damos muito bem. Porque me levar junto?
— Parecia divertido. - A princesa apoia sua bochecha em sua mão.
— Estou honrada que minha ruina traga felicidade para seus dias monótonos. — Babel se emburra. — E então como foi em Incarn?
— Um desastre. — Anastásia toma um tom irritado. — O estranho comportamento demoníaco se dava por influencia de terceiros. Estranhos terroristas vestindo uma espécie de mascara branca controlando uma horda de demônios realizaram uma debandada contra o distrito.
— Por Heramis, o velhote esta bem? — Babel se preocupa.
— Behemmot é mais tenaz do que imaginas; seriam necessários alguns colossos para derrotar o gigante carmesim.
— Você tem um ponto. — Babel cruza os braços balançando a cabeça em concordância. - Então foi um ato terrorista, destruição por destruição?
— Eles tinham um objetivo, estavam atrás de um artefato, e a onda arcana conflitante foi gerada por esse artefato.
— Então ele conseguiu tomar posse dessa arma? — Babel fica confusa.
— Não, segundo Behemmot, o artefato foi perdido devido a uma ativação involuntária.
— Perdão majestade mas se me permite a audácia, acho essa situação muito estranha. — Babel toma uma posição contemplativa, apoiando seus queixo sobre sua mão.
— Eu posso entender suas duvidas. O quão forte teriam que ser esses mascarados, para fazer Behemmot perder um artefato devido a uma ativação involuntária? Não faz sentido.
A princesa fecha seus olhos pensando em toda a situação, enquanto se aproximava da entrada do templo. Babel girava os punhos em sua cabeça tentando gerar alguma conclusão mas a própria general já havia entendido que intelecto não era um dos seus pontos fortes.
Enquanto ambas tentavam criar alguma teoria, a carruagem chegou em seu destino.
— Majestade, senhorita general Babel, chegamos ao templo. — O cocheiro da um aviso às suas passageiras.
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Demônios na Tempestade (O Monarca)
FantasyUm dilúvio negro cai sobre todo o principado de Estória, o estranho fenômeno gera dúvida em todos os residentes do império, e antes que pudessem se quer indagar sobre a tempestade, criaturas demoníacas se levantam logo em seguida devastando tudo em...