Capítulo 36 - O acordo.

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As feras invadiam a vila de forma rápida e desorganizada, atropelando uma as outras enquanto dizimavam os presentes, pais e mães viam suas filhas serem comidas vivas enquanto Jhins brincavam com as vísceras de um homem de meia idade, Imps pulavam sobre os soldados que tentavam lutar mesmo com o lodo entrando dentro das vendas de suas armaduras e corroendo seu corpo, causando grande dor, a espada em suas mãos ficavam pretas com o lodo que saia do corpo das criaturas.

- Mas que porra tá acontecendo?! - Um soldado grita.

- Eu não sei! - Outro responde, usando seu escudo para parar um Imp que se joga contra ele. - Porra! Aberração infernal!

Um rugido estrondoso chama a atenção de todos os presentes, parecendo uma trombeta do apocalipse, a terra treme, aqueles que ainda vivem olham para o horizonte, e veem uma estrutura colossal caminhar em direção a eles, quatro pernas gigantes, e seis braços um fazendo sinal de reza enquanto outros suplicavam aos céus, um grande manto negro manchado cobria o rosto com a boca aberta e terror, do grande furo no peito vazava o lodo negro que caia no chão formando mais criaturas, era um ser colossal, todos na cidade engoliram em seco, não tinha o que fazer contra aquilo.

- Pelo arquiteto... - Uma mãe suplica, porém nada irá salvar eles.

Do grande vazio sombrio o garoto assistia com um grande sorriso, cidades eram dizimadas, homens, mulheres e crianças eram esquartejadas, estupradas e devoradas, o garoto ria de forma estridente.

- Veja mãe, veja. - Ele se debruçava contra a forma corrompida de Orin. - Veja como eles ficam impotentes perante seu sofrimento.

- Orin. - Imperion tenta confrontar a deusa. - Como pode fazer isso? Eles não tinham culpa.

- Ora Imperion. - O menino se aproxima. - De todos você é aquele que possui o maior pecado de todos, ela chorou por você, gritou seu nome e permaneceu forte até o fim, mas você nunca veio. - O garoto fala segurando os cabelos do rei caído com uma face enojada.

- Eu não sabia... - O homem sente seus olhos arderem.

- Claro. - O menino debocha. - É fácil falar, eu não sabia? Não é minha culpa, quando você estava muito ocupado com sua grande cidade, somente tinha olhos para Ebony, a jóia da Arcana em Faeria a grande metrópole que cintilava na escuridão, somente se importando com sua pseudo divindade, estava cego para ver o que estava a sua frente. Tão focado em crescer seu império, descobrir a verdade que não viu quando o Arquiteto levou Orin. - O menino cospe na cara do Imperador. - Suas lágrimas me enojam.

O homem cai em melancolia e desespero olhando para o chão ele não tinha palavras para refutar o menino.

Imperion passou anos e anos lutando contra o dever que foi imputado a ele, cultuar o arquiteto e o venerar como um simples peão, o Imperador se recusava a ser rebaixado a uma simples peça no tabuleiro, ele lutou contra isso, com unhas e dentes mesmo com olhos que tudo via ele não podia alcançar o ser divino, foi Orin que deu a ele as ferramentas necessárias, 10 mandamentos, dez poderes que deu a Imperion a força necessária para ser conhecido como o imperador de Ebony, porém quando conseguiu seu poder ele deu menos tempo para Orin, cegado com seu objetivo, passando dias e dias longe da deusa, negando seus carinhos e sua atenção, o homem sabia o que fazia, porém estava ocupado de mais para olhar na face da mulher, percebeu o que havia perdido tarde de mais.

- Isso não pode fica assim! - Reunindo forças o homem urra.

- Tolo, apenas irá se machucar mais do que já está, pelo menos no fim esteja junto da mãe. - O menino grita.

- Tudo começou com meu erro. - As correntes tremem. - Com minha força eu vou consertar isso.

- Não há mais nada a ser consertado. - O menino balança os braços jogando logo negro para todos os lados com uma grande explosão.

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⏰ Última atualização: Nov 09 ⏰

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