Capítulo 6~

420 28 0
                                    

*** NÃO REVISADO ***

Olivia

Não era definitivamente como se fosse uma virgem, porque eu não era antes de Max, mas tive apenas um homem em minha vida antes dele, e agora depois de realmente conhecer o que é prazer de verdade, depois de uma noite incrível, sinto que tive apenas Max em minha vida. -sorri satisfeita me espreguiçando na cama.

-Max? -chamei após perceber que estava sozinha na cama. Estava amanhecendo, denunciava as tímidas frechas de luz que entravam através das cortinas da janela.

-Bom dia. -disse ele surgindo no quarto já banhado e vestido impecável como sempre.

-Bom dia meu amor. -sorri levantando e puxando um lençol para me enrolar. Andei em sua direção para lhe dar um beijo, mas acabei acertando seu rosto quando ele o virou.

-O jato chegará em meia hora para nos buscar, acha que consegue se arrumar em poucos minutos? -perguntou ele interessado em colocar seu relógio de pulso.

-Consigo sim.

Não era a reação que esperava dele após a noite que tivemos, mas ele deve está preocupado com o problema que surgiu para resolver, então vou relevar.

Em poucos minutos já estava pronta e estávamos entrando em seu jatinho. Fiquei maravilhada, nunca havia desfrutado de algo assim. -sentamos lado a lado. Fiquei olhando o espaço enorme de dentro feito uma boba.

-Bom dia senhora Olivia. -disse Peter gentil ao surgir de uma vez.

-Bom dia Peter e pare de me chamar de senhora, só Olivia está ótimo pra mim.

-Desista. -começou Max. -Tentei isso por anos, e Peter nunca me chamou apenas pelo nome. -ele encostou a cabeça na poltrona. -Sua classe inglesa não o permite.

-Quer que eu lhe sirva alguma coisa? -perguntou Peter para mim.

-Não, obrigada. -olhei para Max que mantinha os olhos fechados e agarrava os braços de sua cadeira com uma força mais do que necessária. -Tudo bem?

-O senhor Max não é muito adepto à transportes aéreos. -disse Peter e por um momento Max abriu os olhos lhe repreendendo.

-Sabe que é o transporte mais seguro não é? -virei para Max novamente que apenas assentiu e encostou sua cabeça, desta vez encarando o teto.

Peter deu uma risadinha e se afastou.

-Eu apenas fico tenso. -disse ele ainda apertando o pobre banco.

-Ok. -sorri lembrando de algo. -Vou tentar uma técnica com você. -ele me olhou curioso. -Apenas se endireite e feche os olhos.

-Não estou muito para brincadeiras neste momento Olivia. -disse ele me olhando sério.

-Não é brincadeira. É uma técnica milenar que Nana me ensinou para ficar mais calma. -sorri. -Vamos lá, vai te distrair ok? -ele relutou um pouco, mas assentiu.

Max fechou os olhos e se endireitou na cadeira. -tirei suas mãos presas no banco e as coloquei sobre suas pernas.

-Apenas relaxe. -comecei. -Imagine que está neste momento em um dos seus campos de rosas, e há tantas que você nem as pode contar. -enquanto falava fiquei admirando seu belo rosto. -Elas tem o melhor cheiro que já sentiu na vida, você vai andar até uma porção delas e vai colher apenas a que primeiro lhe vinher a cabeça, ou a primeiro na qual seus olhos focarem, ok? -ele assentiu de olhos fechados. -Agora pegue a rosa, leve até seu nariz e sinta o seu perfume.

Max de olhos fechados encontrou minha mão e a puxou até o rosto.

-É o melhor perfume que já senti na vida. -ele cheirou minha mão e a beijou, confesso que fiquei derretida com sua atitude.

-Respire fundo. -tentei continuar minha técnica.

-Já estou bem melhor. -ele abriu os olhos e me deu um sorriso quase imperceptível. -Obrigado.

-Viu como realmente funciona? Ajuda a distrair ao menos. -sorri divertida por ele ter aceitado.

Depois de um longo tempo chegamos. O jato pousou na pista particular que havia na casa de Max. Ok! Fiquei chocada com isso. Não tinha ideia do quanto dinheiro ele tinha.

-Espero que goste. -disse Max ao andar um pouco mais a frente. Eu fiquei olhando a casa enorme admirada. -Não espere o luxo que tinha antes, aqui as coisas são mais simples.

Fiquei chocada com o mais simples do interior que ele enfatizou. A casa parecia um sonho. Janelas e portas enormes e de vidro, menos a da porta de entrada.

-UAU! -disse ao entrarmos na sala. -E Max disse para não esperar nada demais.

-Essa é a casa do centro, há a casa de campo, na verdade, o senhor Max a fez de escritório para trabalhar. -disse Peter ao meu lado.

-Que incrível! -disse boquiaberta. -Podemos conhecer o centro? E a casa de campo?

-Tenho que trabalhar Olivia. -disse Max ao soltar o celular por um tempo. -Mas você pode vir junto para conhecer.

-Obrigada! -disse empolgada.

A cidade era maravilhosa, bem diferente mesmo de cidades como Nova York, aqui na Itália, há muitos prédios e coisas antigas preservadas e eu amo isso nos lugares. Passamos pelo centro da cidade e a cada monumento ou loja eu ficava cada vez mais extasiada. Vi uma floricultura que tomava todo um quarteirão, era enorme e as flores de todas cores a sua frente, eram lindas demais.

-São suas flores? -perguntei olhando rapidamente para Max.

-Sim, são de nosso cultivo, mas a loja é do meu sócio. -disse ele.

-Podemos passar lá depois? -pergunto ansiosa.

-Não sei se teremos tempo. -disse ele olhando para o celular.

-Tudo bem.

-Chegamos. -disse ele quando o carro parou.

Achei que já tinha visto de tudo, mas quando desci do carro e percebi os campos com flores de todas as cores fiquei boquiaberta.

-Oh meu Deus!

-Sim, eu sei. -Max parou ao meu lado.

-É lindo demais Max.

Max

Estou completamente confuso com a atitude de Olivia. Na verdade eu sabia que a noite maravilhosa que tivemos ontem teria suas consequências e o jeito dela agora não está ajudando. -olhei ela através da janela do segundo andar. Estava lá embaixo olhando para o campo como se fosse uma criança.

-Algum problema senhor? -perguntou Peter ao entrar no escritório.

-Não. -tentei ser convincente, mas ele me conhecia como ninguém. -Pode me fazer um favor?

-É claro senhor.

-Faça companhia para Olivia e termine de mostra-la a casa, eu tenho que colocar o trabalho em dia, por favor.

-Assim o farei. -disse saindo.

Agradeci mentalmente por ele não prosseguir com as perguntas. -esfreguei o rosto cansado.

A atração e o desejo que sinto por Olivia estava tornando tudo mais difícil e depois de sentir seu corpo sobre o meu me sinto ainda mais fraco, isso não poderá mais acontecer. Não posso mais toca-la, eu preciso seguir com os meus planos sem nenhuma distração e depois não poderia me aproveitar dela como mulher, não mesmo. Quando tudo isso acabasse ela poderia dizer que me casei por vingança, mas não que me aproveitei dela como mulher, isso não.

Hipocrisia? Talvez, mas Olivia um dia voltaria a ser livre e eu voltaria a minha vida solitária de antes, mas com Vincent pagando por tudo o que fez no passado.

A Vingança das Flores🌺Onde histórias criam vida. Descubra agora