Capítulo 8~

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*** NÃO REVISADO ***

Alguns dias depois...

Max

O dia seria longo de trabalho, mas mesmo assim me organizei para buscar Gabriel na escola, e mesmo que fosse só um pequeno percurso para leva-lo até em casa, eu aproveitaria para ficar com meu filho.

-Papai?

-Sim. -ele chamou e olhei brevemente para ele pelo retrovisor, sentado na cadeirinha no banco de trás.

-Você vai para o aniversário do vovô Peter? -perguntou distraído olhando para a paisagem fora do carro. -A mamãe e eu vamos.

-Então com certeza eu irei. -sorri.

Ele não entende o quanto essa informação é valiosa para mim, ficar mais perto dele e de Olivia.

-E para a minha apresentação amanhã na escola? -questionou novamente. -Vamos ser as flores do jardim da professora Grace. -ele riu.

-Eu não vou perder isso por nada filho.

Chegamos em frente ao prédio onde Olivia morava agora. -desci do carro e ajudei Gabriel também. Ele foi puxando minha mão me direcionando ao seu apartamento. Subimos de elevador e então ele correu para bater na porta.

-Sou eu vovó Nana. Abre. -pedia ele ansioso. -Meu papai também veio.

Parei a porta e esperamos alguns segundos até que Nana abriu a porta.

-Meus olhinhos da cor do céu! -ela agachou um pouco e ele a beijou no rosto.

-Me espera papai. -pediu enquanto correu porta adentro.

-Olhos da cor do mar. -disse me encarando, mas ao contrário do que imaginei ela me olhava com simpatia.

-Olá Nana. -lhe ofereci um sorrisinho sem graça. -Olivia está?

-Sim filho. -ela apontou para que eu entrasse. -Entre. Vamos almoçar juntos.

-Eu gostaria muito. -solto um suspiro cansado. -Mas tenho uma reunião em quarenta e cinco minutos. -coloquei as mãos nos bolsos após conferir a hora no relógio de pulso. -Só vim deixar Gabriel porque queria vê-lo hoje. Não tenho hora para sair do trabalho.

-Ok. -seu olhar parecia querer ler meus pensamentos. -Como você está?

-Não tenho uma resposta para sua pergunta. -desviei de seu olhar por um momento. -Achei que estaria mais chateada comigo.

-Não concordo com o que fez com minha menina, mas entendo suas razões. -desta vez encarei ela surpreso com suas palavras. -Eu convivi há anos com Vincent Almonte, eu sei o tipo de homem sem escrúpulos ele foi.

-Você conhece a história dos meus pais não é? -pergunto já emocionado.

-Sim. -ela me ofereceu um sorriso gentil. -Na verdade, eu nunca vi seu pai, mas conheci sim a história de amor dos dois.

-Então sabe pelo o que minha mãe passou. -senti a garganta secar.

-Sua mãe foi a mulher mais doce, gentil e educada que conheci. -falava com um largo sorriso. -Mas sofreu tanto, tanto... -suas feições mudam e dar lugar a um sorriso triste. -Desde que descobriu sua gravidez, aí sim, ela viveu um verdadeiro inferno no cativeiro.

-Não sabe o quanto ouvir isso dói Nana. -sinto uma lágrima teimosa escorrer pelo rosto.

-Eu imagino. -ela enxugou as próprias lágrimas. -A senhora Emma tirou a própria vida porque achou que somente morta, seu pai e o filho, você, teriam paz.

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