*** NÃO REVISADO ***
2 meses depois...
Max
Olhei pela última vez o conteúdo do envelope em mãos e o joguei no canto da mesa junto aos outros. Parece que voltei os últimos anos da minha vida. Lembrei-me de quando conheci Olivia, linda e hipnotizante naquela festa, mesmo antes de saber que seria meu meio de vingança contra Vincent, eu já estava completamente encantado por ela. Será que Olivia acreditaria nesta ironia do destino?
Me sinto sujo e indigno de seu amor. Todos os dias tenho vontade de gritar aos quatro ventos esse segredo que carrego comigo. Odeio-me por ser um covarde e não conseguir lhe contar a verdade, mas o medo de sua reação é muito maior que minha própria covardia.
Terminei todos os meus afazeres possíveis no escritório de manhã, porque hoje é meu dia de buscar Gabriel na escola e leva-lo para casa para almoçarmos todos juntos. -estacionei o carro em frente a escola.
Entrei no prédio e caminhei pelos corredores em direção a sala do meu garoto. Confesso que ainda me sinto um pouco desconfortável quando venho busca-lo, as pessoas ficam me observando e fingindo que não quando os pego em flagrante.
Logo que me viu, Gabriel correu em minha direção e então agachei e abri os braços para apara-lo. Eu amo ser pai, ainda não descobri melhor sentimento de ter algo tão pequeno e precioso nos braços.
-E então campeão? -peguei-o e fui carregando até de volta ao carro. -Como foi na escola hoje?
-Foi muito legal papai. -começou ele sorridente. -Aprendi a contar até cinquenta.
-De verdade? -sorri com seu entusiasmo e ele acentiu orgulhoso de si mesmo. -Você é muito inteligente filho. -desta vez eu lhe olhei orgulhoso.
-Papai? -chamou distraído com o pequeno brinquedo em mãos.
-Sim.
-O que é pecado? -perguntou me fazendo observá-lo curioso.
-Como eu posso te explicar isso filho? -fiquei tentando encontrar palavras simples que pudesse responder sua pergunta. Ultimamente Gabriel nos deixava em maus lençóis com sua curiosidade, ele sempre queria saber o porquê de alguma coisa bem complexa de se explicá-lo para sua idade. -Podemos dizer que pecado seja algo ruim, filho.
Fui péssimo. Eu sei! Mas foi a melhor definição que encontrei para dar a uma criança de quatro anos. -ele me olhou com uma expressão assustada.
-Você é ruim papai? -perguntou ele ainda me olhando confuso.
-Não filho. -neguei rapidamente com a cabeça. Quando chegamos ao carro o coloquei no chão e agachei na frente dele para poder encontrar seu olhar. -Porque está dizendo isso filho?
-Porque ouvi minhas professoras dizendo que o pai do Gabriel é um pecado. -me explicou ele.
-Oh. -parei por um momento. Agora me pergunto onde, ou quais contextos de conversas ele anda escutando. -Entendi filho. -olhei para a porta da escola. -Vamos voltar, eu esqueci de falar com sua professora. -fiquei de pé novamente e segurei sua mão para voltarmos até lá.
Preciso resolver esta situação.
Caminhei pelos corredores com ele e avistei um banco.-Olha papai. -ele apontou para a porta colorida. -Eu amo os livros da biblioteca.
-Depois vamos comprar mais livros para sua coleção em casa, ok? -ele assentiu animado. Levei-o até o banco no corredor e o sentei. -Será que pode esperar o papai por um momento?
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A Vingança das Flores🌺
RomanceSinopse~ Ser o número 1 em exportação de flores da Itália, tornou Max Coleman o homem mais poderoso do país lhe dando uma enorme vantagem, e ele usaria todo o seu poder e influência para se vingar do homem culpado pela morte de seus pais, Vicen...