*** NÃO REVISADO ***
Max
Pela primeira vez em dias não senti alegria de chegar em casa e ver Olivia. -fechei os olhos e encostei a cabeça ainda no banco do carro.
Meu Deus! Como vou contar isso a ela? Como vou explicar que meus motivos de casar eram vingança e fazê-la sofrer para atingir seu pai de alguma forma?
DROGA! DROGA! DROGA! -soquei o banco ao lado tentando extravasar um mínimo de raiva que sentia.
Saí do carro e bati a porta. Não tinha jeito, eu teria que conta-la antes mesmo que Vincent chegasse aqui para tira-la de mim.
-Senhor. -Peter veio rapidamente em minha direção assim que entrei na casa.
-Onde está Olivia, Peter? -perguntei angustiado.
-Pedi que a senhora Olivia me ajudasse com o jardim, e então ela ficou lá podando algumas flores. -disse ele triste.
-Não tem jeito, chegou o momento Peter. -engoli em seco. -Olivia nunca vai me perdoar.
-Não pense assim senhor. -ele tocou meu ombro com um leve aperto.
-Preciso fazer isso logo, antes que Vincent chegue até aqui. -fechei os olhos, respirei fundo e fui atrás de Olivia.
Caminhei até a porta da lateral da casa que dava acesso ao jardim. -avistei Olivia e meu coração batia tão forte que poderia senti-lo na boca. Comecei a fazer o caminho mais difícil da minha vida.
Olivia notou minha presença e abriu o sorriso mais lindo que já vi em toda a minha vida, preciso guardar todas as suas lembranças na minha memória. -comecei a respirar com mais dificuldade. Quando cheguei perto o suficiente abracei-a por trás e dei um beijo em seu pescoço.
Ficamos ali por um tempo apenas olhando para a vista maravilhosa do horizonte de flores que o jardim nos proporcionava.-Havia um homem muito humilde, mas muito trabalhador. -comecei e continuamos ali abraçados e Olivia atenta a minha história. -Ele conquistou grandes coisas na vida, mas nenhuma delas tão valiosa quanto o amor. -sorri ao lembrar da felicidade com a qual meu pai falava da minha mãe. -Ele se apaixonou por por uma bela moça, que para sua infelicidade tinha uma classe social até então diferente da sua. -ouvi Olivia resmungar algo em protesto. -Não se preocupe. -beijei seu rosto. -Ela não se importava, ela apenas se entregou ao amor. -desta vez ela soltou um suspiro aliviada. -Mas seu pai tinha outros planos para ela, a obrigou se casar com um homem mal, rico e obcecado pela pobre moça. -senti um nó na garganta. -Ela tentou de todas as formas fugir, mas não conseguiu, acabou casando a força. -Olivia me olhou por um momento triste. -Os dois tiveram que se separar por um tempo, mas logo deram um jeito de viverem o amor que sentia um pelo o outro e esse amor deu um fruto, eles tiveram um filho.
-E eles então finalmente conseguiram ficar juntos? -pergunta ela ansiosa.
-Não. -Olivia me olhou aflita. -O filho foi entregue à um lar de adoção e a pobre moça foi mantida em cativeiro dentro da própria casa, ou do próprio quarto melhor dizendo.
-Meu Deus. -ela balançou a cabeça negando. -E o que aconteceu depois com o homem humilde?
-Cresceu na vida, conseguiu recuperar o filho do orfanato. -sorri ao lembrar. -Mas a pobre moça não teve um final feliz. -lamento pelo o que minha mãe deve ter sofrido.
-O que aconteceu com ela? -pergunta assustada.
-Ela tirou a própria vida, porque já não suportava viver daquela forma presa, longe do homem que realmente amava e do filho.
-Que horror. -disse pensativa. -Max, isso é tão triste. -virei-a para mim.
-Meu amor. -abracei Olivia como se fosse a última vez. Apertei-a nos meus braços cheirando seus cabelos.
-O que é isso? -pergunta rindo. -Sentiu muito minha falta?
-Sim. -antes de solta-la tentei controlar a emoção que estava sentindo. -Eu te amo tanto, tanto que dói. -peguei sua mão e coloquei sobre meu peito.
-Meu Deus Max! -ela arregalou os olhos. -Seu coração vai sair do peito.
-Ele só está feliz por te ver. -forcei um sorriso.
-E porque todo esse exagero? -ela riu e envolveu minha cintura com seus braços.
-Porque você é o amor da minha vida. -ela ficou séria por um momento e eu aproveitei a oportunidade para segurar seu rosto e beija-la. -Eu te amo, te amo, te amo Olivia.
-Eu também te amo Max. -ela segurou meu rosto desta vez e puxou-me para beija-la novamente.
Senti pingos de chuvas tímidos sobre nós.
-Preciso conversar com você. -disse de uma vez quando nos afastamos um pouco.
-Aqui mesmo? -ela olhou para cima. -Acho que vai chover.
-Eu só tenho que dizer algo, já introduzi a história. -segurei suas mãos e beijei cada uma.
-O que houve? -pergunta atenta.
-SENHOR MAX? -ouvi Peter chamar de longe. -TENHO QUE FALAR COM O SENHOR.
-Deve ser importante. -disse Olivia distraída com ele.
-É URGENTE. -gritou ele mais uma vez.
Ofereci minha mão a Olivia e então fomos até Peter. -sua expressão era tão séria que tive que olhar através dele para ver se Vincent já havia chegado.
-O que aconteceu Peter? -pergunto preocupado.
-Preciso falar com o senhor, a sós. -ele continuou sério e me olhando nos olhos como se quisesse falar outra coisa.
-Tudo bem, já entendi. -disse Olivia. -Conversa de meninos.
-Já te encontro vida. -disse após sentir ela beijar meu rosto.
-Vou esperar lá em cima.
Olivia saiu e então ficou somente eu e Peter.
-E então, o que houve? -pergunto novamente.
-A senhora Nana acaba de ligar. -começou Peter.
-Com certeza Vincent deve ter contado a ela. -esfreguei o rosto frustrado.
-Não. -olhei para ele rapidamente. -O senhor Vincent sofreu um acidente de carro quando estava seguindo para o aeroporto.
Parece que ouvi errado. -balancei a cabeça negando e tentando voltar a si, porque acho que não estava raciocinando direito.
-E foi grave?
-Vincent Almonte não resistiu. -disse de uma vez.
-O que? -pergunto assunto.
-Ele morreu no acidente.
Pela segunda vez no dia, sinto que meus pés não tocavam o chão.
Não era alívio que estava sentindo neste momento, eu só me pergunto como direi isto a Olivia.
Vincent Almonte estava morto.
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Penúltimo capítulo 😓🤭😍
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A Vingança das Flores🌺
RomanceSinopse~ Ser o número 1 em exportação de flores da Itália, tornou Max Coleman o homem mais poderoso do país lhe dando uma enorme vantagem, e ele usaria todo o seu poder e influência para se vingar do homem culpado pela morte de seus pais, Vicen...