Tudo começa com desejo, ausência e medo do desconhecido.
Em algum lugar do espaço-tempo, 20 anos atrás.
É um estranho desejo buscar o poder. Ungyo Otsutsuki aprendeu desde muito pequeno o que isso significava. Sua espécie, era capaz de cometer as maiores atrocidades para satisfazer seu desejo pelo absoluto controle interdimensional. Mentir, manipular, odiar, subjugar. Todas essas ferramentas foram utilizadas durante milênios a fim de, colonizar outros povos, raças e planetas.
Ninguém seria capaz confrontá-los. Seria até mesmo loucura achar que tal ato poderia ser realizado, afinal, como lutar contra deuses? Como vencer os portadores do Poder Elemental? Como prevalecer sobre os progenitores do Chakra?
E por falar em loucura, se opor contra a corrente do seu tempo, poderia até ser considerado um ato heroico. No entanto, dizê-lo seria um completo delírio, cujas consequências passariam a ser incalculáveis. Desafiar o sistema da casa principal tinha som de tortura, gosto de sangue e cheiro de morte. O odor fétido vindo dos corpos sem vida, havia tomado de conta do enorme corredor que dava acesso a sala de controle da torre principal.
A torre principal, tinha um formato piramidal, revestido de um metal, com propriedades microestruturais cristalinas jamais encontradas em nenhuma parte do universo conhecido. Ela funcionava como uma espécie de cofre, onde eram guardadas todas as relíquias e despojos que pertenciam aos colonizados. Ninguém que não pertencesse ao alto escalão da casa principal tinha acesso a esse ambiente, exceto um homem:
— Jizo seja rápida, use seu byakugan e veja quantos soldados estão nos cercando! Droga!
— São exatamente trinta soldados pelos portões leste e mais quarenta pelo portão oeste. Pela natureza do chakra, Kaguya está entre eles. Acho bom você se apressar e nos tirar daqui. — Disse enquanto tentava travar a porta principal.
— Tente retarda-los um pouco, só preciso pegar o manuscrito Ashmol.
— Por tudo que é sagrado, seja rápido Ungyo, ou nós dois vamos morrer aqui!
A sensação de ter tudo escapando pelo vão dos dedos foi o gatilho que faltava para Ungyo roubar o manuscrito e fugir do inferno que se aproximava. Rapidamente, o homem segurou na mão da companheira de equipe e com seus poderes visuais ativados abriu um portal interdimensional e evaporou daquele lugar.
National City, 2019.
O cheiro de café tomou conta de todo ambiente. Era por volta de 08 horas da manhã e Kara se amaldiçoava pelo porre da noite anterior. Apesar de não gostar de beber para esquecer dos problemas, os últimos dias haviam sido bem dolorosos e cansativos. Há exatamente duas semanas, Lena, encontrava-se ausente de sua vida. Não atendia mais as ligações, as mensagens não eram respondidas e por duas vezes, a noite de jogos tinha um membro a menos.
Enquanto divagava por esses pensamentos, Kara rolava na cama de forma impaciente. Ela sabia bem das obrigações e responsabilidades que a esperavam lá fora, no entanto, a sensação de poder ficar deitada e fugir dessas situações era tentadora demais.
— Bela adormecida, vai se atrasar para ir a CatCo.
Quando Alex a convidou para ir ao Pub na noite anterior, ela não imaginava que a irmã seria capaz de se embriagar a ponto de ter que ser levada para casa.
— Me deixa, quero ficar sozinha. — disse, enquanto abafava o som da voz da irmã com o travesseiro.
— Kara, você tem ideia de que horas são? Anda, levanta dessa cama! Tem muitas coisas importantes acontecendo para você se dar a esse luxo.
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Interdimensional
FanficQuando Kara Danvers, decide revelar sua identidade secreta a Lena Luthor, coisas estranhas começam a acontecer com seus poderes. Em meio ao rompimento da amizade delas, Kara também precisará lidar com chegada de seres interdimensionais a National Ci...