Cap. 29

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Tá tudo tão quente e escuro... abri melhor os olhos vendo de perto os detalhes do tecido do meu cobertor - como vim parar aqui na minha cama tão rápido! - joguei o cobertor pra longe recebendo um tapa do sol.

- Ahhh! Que dor de cabeça... - rolei na cama vendo um copo e um remédio sobre uma bandeja. - ressaca! Espero não ter feito nada estranho noite passada... - acabei ficando muito bêbada.

Depois de tomar o remédio fiquei um tempo deitada tentando recordar do que havia acontecido. Poucos relences me vem a mente. Lembro de ter enlouquecido de ciúmes, me assentei encarando a parede de amadeirada enfeitada por alguns quadros que coloquei.

Esfreguei o cenho, relembrando o que havia sentido.

- isso não tá certo... Tô deixando esse apego e adimiração por David crescer de mais. - deitei novamente encarando o teto. - não quero me preocupar com isso agora... Talvez seja melhor ficar em como cheguei aqui em casa. - tornei a me sentar.

Vou procurar por David, ele vai saber me dizer o que aconteceu. Afinal não cheguei aqui em casa sozinha.

Saindo do meu quarto percebi que ele ainda não havia descido. A porta de seu quarto estava meio aberta.

- Bom Dia Davi... - me calei ao contemplar a escultura perfeita de suas costas músculosas, e c.o.m.p.l.e.t.a.m.e.n.t.e nua. A pele reluzia tentadoramente. mordi os lábios admirando a vista. Ahhhhhiin eu preciso me controlar e para com esses pensamentos, ele é meu tio, isso é muito errado. Qual meu problema em!? Eu só gosto do que não é pra mim.

Ele se virou ainda vestindo a camisa, me tirando dos pensamentos, ainda pude ver seu belíssimo peitoral exposto exibindo todos aqueles músculos salientes, antes de serem cobertos pelo tecido marrom da camiseta. Estava quase babando, como é difícil me conter perto desse homem. POR QUE VOCÊ TEM QUE SER TÃO LINDO! Chega dá raiva.

- Bom Dia D...

- Bom Dia baby!

caminhei até a cama me jogando ali, fingindo naturalidade, como se ver um deus grego sem camisa fosse a coisa mais normal do mundo.

- dormiu bem?

- sim... só acordei sentindo um pouco de dor de cabeça... Deve ser a ressaca. Mas já tomei o remédio.

- que bom... Você se lembra de algo?

Essa pergunta me assustou, virei de bruços o encarando.

- eu fiz algo estranho?

- não definitivamente... Você só bebeu de mais e gritou para todos ouvirem que seu tio é Gay!

Me assentei cobrindo a boca, incredula e quase me derretendo de vergonha.

- meu deus! Me desculpa... - me joguei contra o colchão, cobrindo o rosto. Não acredito que deixei transparecer meus pensamentos, acho que sou o tipo de pessoa, que quando ficava bebeda, solta tudo que pensou sobria. Espero não ter falado nada mais além dessa vergonha!

Ele se aproximou acariciando minhas costas.

- tá tudo bem... Sei que te devo muitas explicações, não quero que se sinta mal, afinal a culpa foi minha por não explicar as coisas direito.

Não consigo encara-lo que vergonha!

- venha! vamos conversar lá em baixo... - ele pegou minha mão me fazendo levantar, eu só conseguia encara o chão.

Lá na cozinha ele começou a prepara o café, enquanto algumas memórias começaram a voltar a minha mente. E senti uma pontadinha no coração ao rever a cena de Jonhatan. Odeio lembrar de momentos que me senti uma compara idiota.

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