Cap. 33

741 48 0
                                    

- você tá ficando maluco! - ela me deu um tapa ardido.

- Aí!!! O que foi que eu fiz dessa vez?

- se eu não tivesse gritado por você, agora estaria tendo que se explicar para sua sobrinha, sobre o beijo que estava prestes a dar nela. - ela cochichavam irritada.

- desculpe... Eu me deixei levar... -

- ela confia em você! Ou não percebeu que mesmo com o rosto  a centímetros de você estava com os olhos fechados e tinha o corpo completamente relaxado!?

- não vou deixar isso acontecer de novo...

- o que aconteceu, pq os cochichos? - a voz de Runa nos fez assustar.

- David deixou o bicho escapar! - linda me deu novamente um tapa, mas dessa vez foi mais fraco, só pela encenação.

- poxa D. - falou tristonha colocando o veneno sobre o balcão - amanhã eu venho aqui Linda, pra te ajudar a detetizar.

- obrigada querida. Agora é melhor vocês irem, amanhã David precisa levantar cedo. É bom que descansem bem.

Linda me lançou um olhar irritado e preocupado ao mesmo tempo. Não tiro sua rezão, ela sabe o quão difícil foram os dias para que hoje Runa estivesse aqui.

Nos despedimos ali, quando saímos do Bar Baby me assustou segurando forte em meu braço.

- D.!! Olha!

ela me apontou,.para minha moto.

- é a moto do cara que usava um boné estranho, Será que ele ainda tá aqui? - disse irônica. Me encarando com um sorriso travesso.

Ela soltou meu braço indo na direção do Veículo.

- acho que não! Venha Baby, amanhã vemos isso, preciso descansar. - agarrei sua mão a puxando calmamente para a picape.

Meu corpo tá suando tão frio, ainda bem que ela não questionou os sussurros. O aviso de linda, não sai da minha cabeça. Que paradoxo.

Assim que entramos na picape Baby colou em mim.

- o que foi?

- me ensina a dirigir? - ela agarrava meu braço suavemente.

- quer que eu te ensine a dirigir a Picape? Sério?

- sim. - ela me olhava radiante.

Pensei por alguns segundos, mesmo já tento gritado um Sim em meu interior na primeira vez que ela pediu.

- tá bem... Mas com uma condição.

- ebaaa! E qual é?

- me prometer que não vai correr com ela.

- tá bem. Eu prometo!

- ok, então vamos trocar de lugar.

- Ótimo!

Fiquei ao lado do passageiro, enquanto ela se acomodava no banco do motorista.

- tá... O que eu faço primeiro?

- pisa na embreagem... É essa do meio, em seguida veja se o carro não está engatado.

Ela fez exatamente como falei.

- pronto...

- agora é só dar a partida.

Ela girou a chave. Seus olhos verdes brilharam, alegres ao sentir o motor ganhar vida. Com o carro escuro é quase possível ver aqueles brilhos de fogos-de-artifício saindo por seus olhos.

Parentes?Onde histórias criam vida. Descubra agora