Capítulo 4

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Passaram-se três semanas desde o meu encontro com o príncipe de Avar, e eu deveria ter deixado aquele momento para trás assim que me virei e saí. No entanto, não foi o que aconteceu. Ainda me pego pensando no sorriso que ele deu quando eu estava me despedindo.

Neste momento, estou na cozinha de casa, meu pai esta fazendo o jantar enquanto eu e a Brindha aguardamos sentadas nas banquetas atrás do balcão de refeições. A cozinha é espaçosa e possui um conceito aberto, com a sala ao lado direito e as escadas que levam ao primeiro andar onde estão os quartos. No térreo, logo após a sala, há uma grande biblioteca que usamos como escritório. Desde que cheguei à Terra moro com meu pai e a Brindha. Ao contrário de mim, meu pai tem cabelos loiros, nossa única semelhança são os olhos verdes. Ele é uma pessoa maravilhosa, e estou feliz por ter a oportunidade de viver perto dele por um tempo.

Perdida em pensamentos, percebo que meu pai e Brindha estão tentando falar comigo.

— O que aconteceu com ela? — ouço meu pai perguntando a Brindha.

— Sonhando com um príncipe não tão encantado assim. — Brindha responde, conhecendo o foco dos meus pensamentos.

— Ele não era um bom pretendente? — meu pai pergunta.

— Depende do que você considera "bom". Ele era tão bonito quanto babaca. — respondo.

— Quando falamos de "babaca", do que exatamente estamos falando?

— Definitivamente o cara mais babaca que já conheci.

— Uau, fiquei curioso agora. Não tem uma foto dele? — ele pergunta para minha prima.

— Tem, mas a foto não faz justiça à beleza dele. — ela mostra a foto do perfil que recebi.

— Ele é realmente muito bonito, não sabia que você curtia asiáticos, Velitha. — Meu pai diz sarcasticamente.

— Primeiro, ele não é asiático, ele é aragoniano. E segundo, ele é tão idiota que é fácil esquecer o quão bonito ele é quando abre a boca.

— Então por que você estava sonhando acordada com ele?

— Essa é apenas uma suposição sua. Na verdade, eu estava pensando no meu namorado, hoje fazemos três meses de namoro.

— Ah, outro babaca em destaque. — Brindha diz.

— Não entendo essa sua implicância com ele. Você o viu apenas duas vezes no hospital.

— Duas vezes foram o suficiente para eu não gostar dele. E digo mais, gostei menos dele do que do príncipe de Avar.

— Agora tenho certeza de que você está implicando com o Gabriel.

— Tem algo nele que não me desce bem. Ainda vou descobrir o que é.

— Acho que o problema não está nele, mas sim em você!

— Não se preocupe, quando descobrir o que há de errado com ele, não vou jogar na sua cara que te avisei, serei uma boa amiga.

— Sei, você não perderia a oportunidade.

— Provavelmente. — Ela ri.

— Vocês combinaram algo para celebrar os três meses de namoro? — meu pai pergunta.

— Vamos sair para jantar e depois ir ao cinema. — Assim que termino de falar, recebo uma mensagem do Gabriel.

— O que foi? Ele está cancelando os planos? — Brindha pergunta desconfiada.

— Ele vai precisar assumir um plantão no hospital geral. — Gabriel, assim como eu, é médico.

— Muito estranho, por que ele assumiu um plantão se vocês já tinham compromisso?

— Ele disse que o médico que faria o plantão perdeu um familiar e não poderá comparecer. O que você queria que ele fizesse? Cancelasse o plantão? Seria irresponsável.

— Eu não disse nada, só acho esse cara suspeito, mas tudo bem, estarei aqui quando der merda. Pelo menos sei que você não é tão apaixonada por ele.

— Claro que sou!

— Você gosta dele e tem uma relação cômoda, mas no dia em que se apaixonar de verdade, vai perceber a diferença.

— Fala a pessoa experiente em se apaixonar sem nunca ter se apaixonado.

— Tenho anos de prática sentindo as emoções alheias.

— Mudança de planos para hoje à noite então? A Amanda vem aqui e vamos assistir a um filme, vocês estão convidadas. — Meu pai avisa que sua namorada estará presente.

— Ok, isso foi um código para sairmos de casa. — Falo olhando para Brindha.

— Claro que não, adoraria que vocês ficassem.

— Pena que as paredes são finas e nossos ouvidos são ultra sensíveis. — Brindha ri. — Há uma festa em um clube no centro, o que você acha? Vai ter um show bacana. — Ele me questiona.

— Ótimo! — Falo. — Pai, por favor, limite qualquer atividade que possa constranger sua filha até as três da manhã.  Assim que chegarmos, deixaremos a luz da sala acesa.

Esse era o nosso código, sempre que chegávamos em casa tarde depois de alguma festa deixávamos a luz da sala acesa, assim meu pai saberia que já estávamos em casa. Era complicado viver na Terra com uma audição mais sensível. Em Aragon, isso não acontecia, mas aqui era muito fácil ouvir as conversas alheias, até mesmo entre as paredes.

Coloco um short de couro com um top de renda e, por cima uma blusa transparente,  nos pés, uso um coturno preto. Minha prima veste um conjunto verde escuro com brilhos, saia e cropped de mangas compridas, com as costas abertas.

Brindha vai dirigindo dessa vez, no carro aproveitamos para ir cantando a plenos pulmões nossa musicas favoritas. Chegando no local posso ver que apesar de imenso esta lotado.

Encontro ArranjadoOnde histórias criam vida. Descubra agora