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— Bom dia! — Cumprimento assim que adentro a porta que dá acesso à área restrita do hospital.
— Meu Deus! Quem era aquele? É o homem mais bonito que já vi na minha vida. — Minha colega Julia fala encantada com Kae. Imagino que, na Terra ou em Aragon, esse seja o efeito por onde ele passa.
— Um amigo.
— Um amigo colorido?
— Talvez. Agora vamos, temos muito trabalho. — Ela me acompanha e sei que ela tem muito mais para falar. — Desembucha.
— Fiquei sabendo o que aconteceu sexta. Te mandei uma mensagem assim que descobri, mas acho que você ainda não viu. — Pego meu celular e vejo a mensagem dela.
— Obrigada por me avisar. — Falo enquanto termino de me arrumar.
— Me conta, o que aconteceu?
— Peguei ele praticamente engolindo uma garota no clube onde eu estava, enquanto ele deveria estar trabalhando.
— E ela saiu ilesa?
— Por que não sairia? Meu compromisso era com ele, não com ela. Além do mais, acho que ela nem sabia que ele era comprometido.
— Que raiva!
— Como você ficou sabendo? — pergunto.
— Todo o hospital já sabe. Ele contou para um amigo a besteira que fez, esse amigo contou para outra pessoa, e agora todo o hospital já sabe.
— Ótimo, adoro ter fama de chifruda.
— Qual é? A fama ruim ficou com ele. Além de mentir que tinha plantão, foi pego na mentira com outra pessoa. E você sabe que a maioria neste hospital prefere você a ele.
— Nunca entendi por que as pessoas não gostam dele. Ele sempre foi legal comigo.
— Qual é, Velitha? Ele é um babaca elitista, só gosta de pessoas nascidas em berço de ouro.
— O que isso significa?
— O que você acha? Por mais que você nunca fale sobre isso, as pessoas sabem que seu pai é rico. Basta pesquisar seu sobrenome em qualquer lugar. Não vou dizer que foi por isso que ele se aproximou de você, mas ele certamente não teria te pedido em namoro se você fosse pobre.
— Você está apenas me fazendo sentir pior ainda. Acho que sou mais ingênua do que gostaria de admitir.
— Não, você não é. Você apenas vê o melhor das pessoas, e os babacas se aproveitam disso.
— Sempre pensei que eu tivesse um sexto sentido para essas coisas. No fim, minha prima tinha razão.
Começo meu plantão assim que terminamos nossa conversa. Como sempre, meu dia é bastante corrido, com muitas coisas para fazer. Mesmo assim, me pego frequentemente pensando no que Julia falou. Me culpo por não ter percebido as verdadeiras intenções de Gabriel, estava tão focada em mim que sequer percebi que ele gostava mais do meu suposto dinheiro e status.
Entre atendimentos, meu dia passa rápido, e quando percebo, me avisam que tem alguém me esperando. Pela reação das pessoas, já posso imaginar que seja o Kae. Termino meu último atendimento do dia e vou me trocar. Assim que saio do vestiário, vejo alguém me esperando. Alguém inconveniente que me evitou o dia todo. Pelo menos essa decência ele teve.
— Podemos conversar? — Gabriel pede assim que me vê.
— Não temos nada para conversar.
— Quero me desculpar.
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Encontro Arranjado
RomanceVelitha e Kaeron tem suas vidas subitamente entrelaçadas pela decisão de suas famílias. Velitha sempre foi uma filha obediente, respeitando e amando seus pais, e procurando cumprir seus desejos sempre que possível. No entanto, há algo que ela jamais...