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JOAQUÍN PIQUEREZ

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JOAQUÍN PIQUEREZ.

Apoio minhas mãos no corrimão da escada e observo Scarpa entrando na minha casa sem nem tocar a campainha, nego com a cabeça e franzo a testa confuso. Que liberdade toda é essa na minha casa? Não me lembro de ter dado tamanha intimidade para ele.

- Lo qué es eso? No sabés bater? - perguntei curioso ao descer as escadas. - el porteiro habló qué tú estabas llegando, mas no sabia que já ia entrando así con todo.

- Ah, ia saindo uma mulher da sua casa, então eu entrei. - Scarpa respondeu, deu de ombros e fechou a porta atrás de si. - você não tem vergonha na cara, não é mesmo? - indagou e ele mordi meu lábio inferior.  - Fala pra mim, essa era a número o quê da semana? - perguntou e eu dei de ombros.

- Lição de moral hora dessa de la mañana? - questionei ao me jogar no sofá e observei ele negando com a cabeça. - por favor, ahora no.

- Eu não sou seu pai para te dar sermões, já tenho problemas demais para resolver. - ele respondeu e se sentou na poltrona à minha frente. - Minha vida está um caos ultimamente.

- Yo imagino qué si, fora que ainda tiene la viaje. - comentei ao me ajeitar no sofá e ficando sentado. - vai embora no scarpinha, lá na Europa no tiene leche condensado. - fiz bico e ele riu ao negar com a cabeça. - Y muchos menos trakinas.

- É por isso que eu vou levando uma mala cheia deles. - Scarpa indagou e eu soltei uma gargalhada. - E quando acabar, eu te ligo para mandar mais.

Era estranho imaginar o Palmeiras sem o Scarpa. Ele fazia parte dessa família, vivemos os melhores sonhos juntos e agora estava indo embora e não sabemos se um dia, ele voltará. Eu não conseguia me imaginar sem ele, sem o meu trio. Meu Deus, como vou sobreviver sem o Scarpa?

Uma coisa era certa, eu ia sentir tanta falta dele.

Fiquei em silêncio enquanto observei ele sentado à minha frente. Ele estava inquieto, mexia com suas mãos constantemente e olhava para seus pés que não paravam de balançar, aquilo estava me intrigando, era como se ele quisesse falar algo e não tinha coragem.

- Scarpa, estás todo bien? - perguntei curioso. - você sabe que pode contar comigo, não sabe? - disse e ele concordou com a cabeça.

Ele soltou o ar lentamente, olhou para mim e eu ergui uma sobrancelha confuso. Eu tava estranhando aquela atitude dele, quem o conhece sabe que ele não é dessa forma.

- Não, não tá tudo bem. - ele respondeu e me olhou.

- Ah, yo sabia qué tú no quer ir embora do palmeiras, pero no tiene problema. - falei sorridente e ele ergueu uma sobrancelha confuso. - Vamos hacer así, você desaparece, mas fica aquí em casa, yo te acoberto por un tiempo, pero no voy...

CONTAGEM REGRESSIVA ― JOAQUÍN PIQUEREZOnde histórias criam vida. Descubra agora