0.7

3.5K 318 230
                                    

FLORA SCARPA DIAS DEPOIS

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

FLORA SCARPA
DIAS DEPOIS

Olhei para a enorme porta em minha frente e mordi meu lábio inferior. Eu não acredito que estava prestes a entrar na casa de Joaquín Piquerez, isso deve ser algum pecado que eu estava pagando aqui na terra.

Respirei fundo e apertei a campainha de sua casa, alguns segundos depois, voltei a apertar e nada dele atender. Mas que cacete, onde esse infeliz se meteu?

- Esse idiota tá com o ouvido socado no cu? - resmunguei irritada e voltei a apertar a campainha.

Bufei chateada, tirei a alça da bolsa do meu ombro e abri o fleche, colocando minha mão para dentro em busca de achar o cartão que dava o acesso a abertura da casa dele. Eu não queria usar essa chave até eu está finalmente morando aqui ─ que no caso seria daqui a três dias─, não queria dar esse gostinho a ele, não mesmo. Mas infelizmente ele não me deu escolha.

Puxo o cartão da bolsa, coloco a alça de volta no meu ombro e aproximo o mesmo da fechadura, logo observando o painel ficando verde, seguro na fechadura e abro a porta lentamente, entrando na sala.

Desvio meu olhar por toda expansão e observo os detalhes da sala. Tudo organizado em seu devido lugar, nada bagunçado. Ótimo, sinal que ele não era bagunceiro.

- Joaco? - chamei baixinho. - Você está por aqui? - perguntei curiosa ao andar até a escada. - Eu não quis ser mal-educada e entrando com tudo na sua casa, eu até toquei na campainha só que ninguém atendeu. - falei ao segurar no corrimão. - Joaco? Está surdo, caralho? - resmunguei.

Quando coloquei o pé no primeiro degrau da escada, escutei vozes abafadas vindo de um cômodo oposto de onde eu estava indo. Isso era o quê? Não... não pode ser o que eu estou pensando, não é mesmo.

Ou é?

- Não é possível uma coisa dessa. - neguei com a cabeça rapidamente, me virei e andei em passos lentos em direção as vozes.

Passei pela a sala de estar e desviei meu olhar para a enorme mesa, observando a mesma arrumada com dois pratos, um na cadeira anfitriã e outra ao lado. Hum... dois pratos, significa que Joaco tem visita, mas cadê eles?

Pisquei os olhos quando as vozes se tornou um pouco mais alta, logo eu olhei para a porta um pouco a minha frente. Inclinei a minha cabeça ao olhá-la, mordi meu lábio inferior e em seguida andei em direção às portas, coloquei minhas mãos nas maçanetas assim que parei em frente as portas de madeiras e abri as mesmas entrando com tudo no cômodo.

PUTA MERDA, QUE HORROR.

POR QUE VOCÊ NÃO FICOU NA SALA, FLORA SCARPA? MEU JESUS, VOU TER PESADELO COM ISSO.

Fechei meus olhos com certa força e neguei com a cabeça rapidamente. Que pouca vergonha é essa na minha frente?. Abri logo em seguida e fiz questão de colocar um sorriso divertido nos lábios quando observei Piquerez virando a mulher com tudo para o balcão e deitando a cabeça dela naquela enorme pedra de mármore enquanto sua mão pousava na cabeça dele. Eu apenas acenei com a mão quando o olhar dele subiu em minha direção e observei sua feição mudando drasticamente, antes estava sério? Selvagem? Eu sei lá.... agora estava assustado. Seus olhos não negam.

CONTAGEM REGRESSIVA ― JOAQUÍN PIQUEREZOnde histórias criam vida. Descubra agora