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FLORA SCARPA 9 de dezembro, 2022

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FLORA SCARPA
9 de dezembro, 2022.

Me sento na cama rapidamente quando sinto minha cabeça doendo. Com certa rapidez abro a gaveta da cômoda de cabeceira e pego o frasco do meu remédio, tiro a tampa e derrubo duas pílulas na minha mão, jogando na minha boca em seguida. Guardo o frasco de volta e me levanto da cama indo até a mesa de centro, pego a jarra de água e coloco uma boa quantidade de líquido no copo, seguro o recipiente e viro na minha boca.

― Era só uma noite de sono tranquila sem você me assombrar constantemente, aneurisma. ― sussurro baixinho ao levar minhas mãos para os têmporas.

Volto a andar em direção a cama e me sento no colchão, encolho minhas pernas e abraço meus joelhos, em seguida deitando minha cabeça naquela região. Era uma dor insuportável de ser sentida, ou melhor, não tinha dor no mundo que merecia ser sentida por alguém.

Há quem diga que a dor tem que ser sentida, mas quem quer sofrer? Ninguém. Ninguém quer viver esse inferno.

Desvio meu olhar para o lado e observo o horário no relógio: são três da madrugada. Eu estava sozinha enquanto aquela doença me destruia aos pouquinhos, eu não poderia preocupar Joaquín com isso, ele iria querer uma explicação para essa dor e eu não saberia como explicar. Também não poderia chamar a Angelina porque suspeito que ela está desconfiada de mim, ultimamente ela anda me fazendo algumas perguntas estranhas e isso me deixa assustada. Não poderia ligar para Clarissa, era sexta a noite e de duas, uma: Ela deve está aproveitando sua noite em alguma festa ou provavelmente estaria dormindo, não posso destruir a vida dela por causa da minha.

Não quero ser um peso para a minha amiga e não quero o olhar penoso dela sobre mim. Eu sabia que se eu ligasse para Lissa, ela largaria tudo e iria vim ficar comigo, foi assim da última vez, mas eu não podia fazer isso. Isso iria acabar trazendo suspeitas para Joaquín.

" ― Estou contigo, ok? ― Clarissa sussurrou baixinho enquanto entrelaçou seu dedo no meu, deixando as duas tatuagens a mostra. ― E não importa quanto tempo passe, eu sempre estarei ao seu lado.

― Me desculpa por ser um peso na sua vida, Lissa. ― digo entre os soluços e observo ela negando com a cabeça rapidamente. "

Odiava essa doença. Odiava que ela me limitava a tantas coisas. Estico o meu braço e pego meu celular em cima da cômoda, desbloqueio o aparelho e entro no WhatsApp, entrando no chat com meu irmão.

― Gus, tá doendo muito.  ― sinto minha voz trêmula quando iniciei o áudio. ― Mas não precisa se assustar, é apenas uma dor daquelas que você tava acostumado a presenciar. ― continuo e levo a mão ao meu rosto, limpando a lágrima que caiu. ―Só que a diferença é que eu não tenho ninguém aqui comigo, eu queria você ao meu lado. Por favor, volta logo. ―suplico ao fechar os olhos e sinto as lágrimas rolando em meu rosto com certa rapidez. ― Prometo tentar continuar vivendo. ―finalizo o áudio e o envio.

CONTAGEM REGRESSIVA ― JOAQUÍN PIQUEREZOnde histórias criam vida. Descubra agora