𝐐𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐍𝐀𝐕𝐈𝐀 𝐑𝐄𝐒𝐎𝐋𝐕𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄 Seria uma boa ideia pular do pequeno veículo aéreo, Arthur não exitou em segui-la, mesmo sentindo um medo batendo forte em suas pupilas, ele não pôde deixar de ser guiado pelos seus instintos e preocupações. Pois o fato de que ela poderia se machucar diante dele, pairava em seu peito como uma bala mal atravessada. Aquilo lhe atormentou, fazendo-o se questionar por alguns segundos antes de virar a cabeça para trás e receber um olhar desconfortável de seu amigo piloto.── Ruivas! ── ele gritou para o homem, dando de ombros em seguida e encostando os braços nas barras do teto. ── O que é que eu não faria por ela? ── ele perguntou, sustentando o olhar nas montanhas de areia. ── A queda é livre. ── brincou, enquanto um sorriso automático crescia em seus lábios.
E ele pulou. Pulou porquê confiava nela e em sua intuição e percepção aguçada. Sabia que as aquelas coordenadas estavam nas mãos certas e não quis questiona-la sobre aquela loucura de saltar durante a flutuação de um helicóptero, que estava definitivamente lá no alto. Ele nem se permitiu sequer duvidar dela. Navia era mais inteligente do que todos ali presentes. Isso era inegável e todos concordavam com o seu pensamento em comum.
Eles voltaram a andar pelas areias do deserto, que parecia engoli-los a cada passo que davam em direção ao ponto específico em que Navia estava determinada a encontrar. A ruiva mais nova ofegava, assim como Marcell, que tentava nutrir forças de algum lugar do seu corpo para se manter de pé. Arthur estava cogitando a possibilidade de desistir de achar o tridente perdido, e quando viu, já estava discutindo com a rainha de Atlântida.
── Ai, será que dá 'pra' parar com isso? ── ele questionou, impaciente. Uma expressão indecifrável estampada em seu rosto.
── Parar com o que? Já estamos perto. ── ela afirmou.
── Nós estamos andando faz tempo neste deserto, será que dá 'pra' dar um descanso? Se você não percebeu, a sua irmã tá quase morrendo lá atrás. ── ele apontou para a ruiva mais nova ao lado de Marcell.
Navia revirou os olhos em resignação e começou a andar mais devagar. Mas antes que pudesse dar um passo adiante, Arthur lhe interrompeu, pegando-a pelo braço e fazendo-a bater de cara contra o seu peito. Ela rapidamente olhou para ele, irritada, se perguntando em como poderia ter se apaixonado por um homem tão bruto como aquele, e, de repente, as respostas vieram em uma troca de olhares complacentes e sentimentos inevitáveis. Arthur afroxou o aperto e Navia se viu a poucos centímetros de sua boca.
Foi impossível não se sentir a mercê do perfume dele, que ainda estava intacto em seu corpo e o hálito de menta, mesmo depois de tantos dias submersos no mar. Arthur ainda se mantinha irresistível. E Navia, era o pico da luxúria dele, aparentemente intocável, mas somente ele sabia como se aproximar. Ela era um diamante exoneravel e inquebrável. Não dava para tocá-la sem sentir o fro gélido do mesmo ar que respiravam juntos.
── Foi você que nós arrastou 'pra' esse deserto, só 'pra' começo de conversa. ── ele soltou-a do aperto, suspirando e abaixando a cabeça com as mãos na cintura. ── Eu nem deveria estar aqui.
── Eu não te obriguei. ── ela alfinetou. ── Você que quis vir comigo, mestiço. ── Arthur levantou as sombrancelhas com curiosidade.
── Sabe, você deveria dar uma chance 'pra' superfície. Tenho certeza que iria gostar.
── Ah, sim. Claro que eu iria gostar de um mundo que joga lixo no nosso mar sem se importar com os riscos, e, que graças a poluição da parte deles, acabam derretendo as calotas polares e...── ela foi interceptada para não continuar, enquanto Arthur começava a se defender.
── Ta bom, ta bom, você tá certa. Nós temos os idiotas no poder, mas também temos as coisas boas aqui. ── Navia o fitou com interesse, esperando ele citar. ── Temos o turismo, a comida, as viagens ao redor do mundo, ── ele listou. ── Também temos os laguinhos. ── apontou. ── São tipo, bebês oceâno.
── Tá tentando me provocar? ── Navia vociferou. Arthur balançou os braços na frente do peitoral, dando de ombros e remexendo a cabeça.
── Ai, já chega! ── Mera se meteu entre os dois. ── Caramba. Nem parecem dois adultos e sim duas crianças briguentas. ── os dois cruzaram os braços ao mesmo tempo em que se entreolharam.
Navia suspirou, sentindo-se derrotada e gesticulou as mãos aceitando o fim da discussão. Ela nem queria ter dado início aquilo, mas Arthur mexia com todo o seu sistema nervoso, fazendo suas células e organismos dançarem em sincronia descompassada, assim como o seu coração disparado. E, ela não sabia dizer se isso era bom ou ruim, apenas que ele tinha controle sobre ela de um jeito ou de outro e, que por conta disso, ela acabava se descontrolando por não se sentir ela mesma diante das situações.
Para ela, que sempre esteve acostumada a ficar à frente de tudo e de todos, era difícil ter que aprender a lidar com aquela nova rotina e realidade, onde já não era mais uma rainha e sim uma traidora, que trocará tudo que ama e, que conhece, para defender o homem por quem, agora, estava lucidamente, intensamente e completamente entregue e apaixonada. Esse era o efeito que Arthur Curry causava na vida de Navia Shebella Shalla. Se chamava amor, e ela nunca havia sentido-o durante todo o percurso de sua vida, porém, se envolver com o Aquaman te coloca em meio a certas confusões que faz querer não sair de dentro desse furacão de problemas.
── Tudo bem, fim da discussão então. ── ele concordou. ── Mas eu vou na frente. ── ele começou a andar na frente, todavia, foi surpreendido por um buraco se abrindo no chão.
── Se você for o próximo rei...── Navia olhou para o buraco, ouvindo os gritos agitados de Arthur. ── A coisa tá feia. ── concluiu, e logo pulou no redemoinho subterrâneo, que se estendeu, assim que Mera e Marcell foram atrás.
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𝑫𝑼𝑺𝑲 𝑻𝑰𝑳𝑳 𝑫𝑨𝑾𝑵 ᵃʳᵗʰᵘʳ ᶜᵘʳʳʸ Em Revisão
Narrativa Storicaᶜʳᵉᵖᵘ́ˢᶜᵘˡᵒ ᵃᵗᵉ́ ᵒ ᵃᵐᵃⁿʰᵉᶜᵉʳ 𝐘'𝐍𝐚𝐯𝐢𝐚 𝐂𝐡𝐞𝐛𝐞𝐥𝐥𝐚 𝐂𝐡𝐚𝐥𝐥𝐚 É a irmã mais velha de Mera, e diferente da irmã, ela já é uma rainha em ascensão. A primeira do trono, que não gostava e nem permitia a ideia de deixar Orm causar guerra entre...