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Acordo no outro dia, sozinha no quarto,

Levanto-me ainda desacordada, e abro a porta da casa-de-banho.

- Olá! - A voz dele é ouvida por mim e eu coro bruscamente ao vê-lo sem nada. Tapo os olhos e fecho a porta. Merda!

Acabo por ouvir o barulho da água a acabar e ele a sair só de toalha, recuso-me a olhar para ele.

- Desculpa, devia ter batido primeiro. - digo envergonhada e a querer sair dali o mais rápido possível.

- Acho que a culpa foi minha! - disse. - Deveria ter trancado a porta. - disse a agarrar no no da toalha.

- Não, Neves, a culpa foi minha. - Digo, e olho para ele.

- Okay. A culpa foi dos dois. - disse, eu agarro numa roupa e fui para a casa-de-banho, tranco-a, e tomo banho, passo creme e visto-me, quando volto a sair vejo-o a arrumar a mala.

- Desculpa, mais uma vez. - Digo tímida.

- Não tens que pedir desculpa, já passou. - disse.

- Yha, já passou, mas não consigo deixar... de pensar em ti agora. - digo e ele riu-se da minha timidez e de como estava atrapalhada.

- Isso para mim é um elogio. - disse a aproximar-se de mim e a abraçar-me pela cintura.

- Não gozes comigo, Neves é verdade. - digo a empurrar-lo, mas de nada adiantou, porque ele abraçou-me com força.

- Adoro-te sabias? - disse a beijar a minha testa.

- Vou fingir que acredito. - digo e ele sorriu tímido.

- Adoro-te! - disse novamente a olhar para mim.

- Acredito Neves.

- Acredita! - disse e largou-me quando fiquei com equilíbrio. Arrumei a mala e verifico se não ficou nada, como era cedo, eu e ele descemos para o restaurante, deixámos as malas no autocarro já que já estava lá o Hugo o senhor que levaria o autocarro.

Vejo que já estava lá o Rafa, e mais alguns no restaurante.

- Precisamos de conversar! - Ouço a voz do meu pai e o alemão forte a bater-me como uma faca. O Neres riu-se sentado e eu olho para ele e fuzilei-o com um simples olhar, o Neves saiu do nosso lado e eu fui ter com o meu pai.

- Sim pai? - Digo em alemão.

- Ouvi dizer que dormiste com o Neves! - A Natália era repreendida pelo pai dela e eu olho para ela.

- Não dormi com ele. - digo.

- Podes não mentir na minha cara! - disse.

- Estou a dizer a verdade! - A Natália saiu de perto do Diogo que foi para a rua frustrado.

- Eu pôs-te com a Natália, não com o João Pedro. - disse o segundo nome dele? Uau.

- Eu não dormi com ele, dormi no mesmo quarto que ele. Não com ele. - Digo. - E qual é o mal? Não fizemos nada de errado.

- E ainda admites?

- Disseste para dizer a verdade, não? Sou amiga dele, e não vai acontecer de novo.

- Espero bem que não.

- Não sei porque esse stresse tudo, não tenho culpa de teres perdido ontem a Taça de Portugal, perdeste porque não te deixaram ganhar. Compreendo que estejas frustrado, mas não podes descontar a tua raiva em cima de mim.

- Desculpa. - O meu pai abaixou a cabeça. - Desculpa filha. - disse e abraçou-me.

- Sempre que perdes, descontas em alguém, não sou nenhum saco de pancadas. - digo irritada.

First Love | A Filha do MisterOnde histórias criam vida. Descubra agora