Capítulo 1: Mudanças

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Nami p.o.v

Estava no aeroporto, onde me despedia de minha mãe Bellmere, minha irmã mais velha Nojiko, e o meu padrasto Phil. Eu iria para outra cidade para morar com meu pai.

Não estava muito quente nem frio em Phoenix, fazia 24 graus. O céu azul perfeito e sem sinal de nuvens. Usava uma blusa sem mangas de renda branca com ilhoses, e uma calça jeans. As vesti como um gesto de despedida. Minha bagagem de mão era uma parca.

- Nami, você não precisa ir se quiser.- Falou minha mãe, com poucas lágrimas nos olhos.

- Eu quero mãe. - Menti. Bom, eu usava essa mentira tantas vezes que agora ela estava se tornando uma verdade.

- Tudo bem querida. Dê "oi" ao Smoker por mim. - Mamãe me abraçou

- Vou sentir saudades de você, maninha.- Nojiko também me abraçou. - Vai ser chato não te perturbar.

Revirei os olhos e começei a rir. É verdade, ia ser chato e solitário sem minha irmãzona. Phil me deu um abraço, ele era como um segundo pai para mim.

- Vai ficar tudo bem?- Perguntou ele.

- Irei ficar sim, não se preocupe. - Falei em um tom tranquilo.

Assim, me despedi deles e fui ao avião que iria me levar para outra cidade. De Phoenix a Seattle são quatro horas de voo, outra hora em um pequeno avião até Port Angeles, depois uma hora de carro até o meu destino. Voar não me incomodava, porém a hora de carro com Smoker, era meio preocupante.

Quando havia finalmente chegado em Port Angeles, estava chovendo. Não vi isso como um mau presságio - era apenas inevitável. Eu já tinha dado adeus ao sol.

Smoker me esperava na radiopatrulha. Sim, meu pai era um policial. Mas não um policial qualquer. Era o chefe de polícia da cidade. Eu também esperava por isso. Assim que ele me vê, me dá um abraço desajeitado com um só braço.

- É bom te ver, Nami. - Disse ele, enquanto automaticamente me segurava e me firmava. - Como estão Bellmere e Nojiko?

- Eu também estou feliz em te ver, papai. - Falei bem calma. Não tinha permissão para chamá-lo de Smoker na frente dele. - E a mamãe e mana estão bem.

Ele colocou minha bagagem no porta-malas e entramos no carro. Começou a dirigir pela cidade e eu só olhava pelos vidros a chuva caindo.

No estado de Washington, sob uma constante camada de nuvens de chuva, existe uma pequena cidade chamada Forks. População: 3120 pessoas. É pra lá que eu estou me mudando.

Via as lojas, o mercado, barracas do lugar. Smoker parou no sinal, que estava vermelho.

- Seu cabelo cresceu. - Disse o olhando. Realmente ele havia crescido. Com ondas longas e ruivas, já que eu era ruiva.

- Cortei desde da última vez em que te vi. - Falei pegando uma mecha.

- Bom... - Ele fez uma pausa.- Parece que cresceu de novo.

Finalmente havíamos chegado a sua casa. A casa onde eu passava duas semanas durante o verão, mas já fazia muito tempo. Visitavamos Forks quando eu e Nojiko éramos crianças, mas quando fiz 14 anos, paramos de vir.

Entro na casa, o cheiro de terra molhada e bolacha entravam em minhas narinas. Era um cheiro nostálgico. Subi as escadas, vendo armários, os móveis, os cômodos. Parei em um cômodo, que era o quarto onde eu dormia quando estava passando as férias.

Botei a mala no chão e observei o quarto. Smoker chegou atrás de mim colocando as outras malas no local.

- A vendedora escolheu a roupa de cama. Gosta de roxo? - Perguntou Smoker, e olhei para a roupa de cama que estava em cima da cama.

- Roxo tá bom. - Afirmei. Realmente gostei.

- Ainda bem. Vou lá embaixo. - E assim saiu. Me deixando sozinha. Umas das coisas boas sobre o meu pai, é que ele não ronda a gente.

Olho para a janela e lá embaixo, estava meu pai, um outro homem e um jovem rapaz. Desci para vê-los.

- Nami, se lembra do Mihawk? - Olhei para homem assim que meu pai falou. Me lembrava desse homem. Olhos amarelos de gavião, o cabelo preto. Ele estava sentado numa cadeira de rodas.

- Ah sim. O senhor parece melhor. - O cumprimentei.

- Bem, ainda sei dançar. Que bom que você chegou. O Smoker não parava de falar por horas que você viria. - Ele disse dedurando o meu pai.

- Tá legal. Fale isso de novo que eu te jogo na lama. - Falou meu pai, provavelmente irritado com que Mihawk disse.

- Aí eu te derrubo junto.

- Só quero ver, haha.

Só pude rir disso. O rapaz que estava junto com eles se aproxima de mim. Ele tinha cabelos verdes e curto. Era um pouco musculoso.

Autora: Não consigo imaginar ele de cabelo longo kkkkkkkkkkkk. Então o Zoro vai ter cabelo curto normal.

- Oi. Eu sou o Zoro.- Ele fala.- A gente fazia torta de lama quando era criança.

Eu lembro. Adorava fazer isso quando parava de chover.

- Ah sim, lembro. - Falei. - Eles são sempre assim? - Disse referindo a Smoker e Mihawk.

- Vão piorando com a idade. - Brincou.

-Sei.

- Então, o que achou? - Smoker pergunta chamando minha atenção.

- O que? - Pergunto.

- Seu presente de boas vindas. - Ao lado dele havia uma picape laranja.

- Isso?- Preguntei em referência ao carro.

- Acabei de comprar do Mihawk. - Disse Smoker.

- Eu dei um trato no motor. - Falou Zoro.

- Pera aí. Não brinca. Eu amei! - Exclamei de felicidade. Abro a porta da picape, mas sem querer acerto Zoro.

- Ai! - Ele exclama de dor.

- Desculpa.

- Tudo bem. - Afirma ele. - Bom, você tem que mexer um pouqinho na marcha, mas tirando isso tá tudo certo.

- Tá. Quer uma carona pra escola?

- A minha escola é na reserva. - Ele lamenta.

- Poxa, seria legal ter alguém que eu conheço estudando comigo. - Disse um pouquinho triste.

A noite havia chegado. Já jantei, escovei os dentes e deitei na cama, a agora com a "roupa". Sentia falta de casa então começei a chorar baixinho, com a cara no travesseiro. Alguns momentos depois, consegui me acalmar, já que eu precisava. Amanhã iria começar a estudar na Forks High School. Seria o meu primeiro dia de aula. Então com os olhos fechados, meu corpo pesa e caio no sono profundo, assim terminando meu dia.

Continua...

Crepúsculo - Nami x SanjiOnde histórias criam vida. Descubra agora