Capítulo 16: Despedidas dolorosas

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Nami p.o.v

- Siga o plano, está bem? Mantenha Smoker seguro para mim.

- Tudo bem, mas agora deve entrar, precisamos nos apressar. - A voz de Sanji era urgente.

- Mais uma coisa - sussurei apaixonadamente. - Não ouça uma palavra do que eu disser essa noite!

Ele estava curvado e só o que tive de fazer foi me esticar na ponta dos pés para beijar seus lábios franzidos e surpresos com a maior força que pude. Depois me virei e abri a porta.

- Sanji, já falei pra me deixar em paz! - Gritei para ele, correndo para dentro de casa.

- Nami, por favor, não faça isso. - Ele implorou.

- Acabou! Sai daqui! - Fecho a porta na sua cara, ainda chocada.

- Nami? O que aconteceu? - Smoker estava com a voz assustada.

- Eu tenho que cair fora daqui. Eu vou embora agora. - Corri para meu quarto, fechando a porta e trancando-a. Corri até minha cama, atirando-me no chão para pegar minha bolsa de viagem. Estendi a mão rapidamente entre o colchão e o estrado para pegar a meia velha de tricô que continha minhas economias secretas.

Comecei a guardar todas as minhas roupas com a ajuda de Sanji. Suas mãos hábeis guardaram rapidamente minhas coisas.

- O que eu vou dizer? Eu não posso magoá-lo. - Minha voz falhava.

- Mas será preciso. - Sussurrou Sanji. - Eu tô na picape. - Aceno com a cabeça e ele sai do quarto pela janela. Abri minha porta, indo para o banheiro, ignorando Smoker.

- Ele te magoou? - Seu tom de voz beirava a raiva.

- Não. - Guinchei algumas oitavas acima, enquanto pegava meus produtos de higiene.

- Ele terminou com você? - Smoker estava perplexo.

- Não, eu é que terminei com ele. - Fui para o quarto novamente para pegar a mala.

- Achei que gostasse dele.

- É por isso que tenho que ir embora. Eu não quero isso. Eu tenho que ir pra casa.

- Casa? Sua mãe nem está mais em Phoenix. - Lembrou Smoker.

- Ela vai para casa. Vou ligar para ela na estrada. - Peguei meu celular.

- Você não vai de carro paracasa agora! Durma e pensa melhor. Se ainda quiser ir de manhã, eu te levo para o aeroporto. - Ele descia as escadas me seguindo.

- Não pai. Eu quero ir de carro. Vai me dá mais tempo pra pensar. Se eu ficar cansada, eu vou parar em algum lugar, prometo. - Segurei a porta frontal, mas não a abri.

- Nami, eu sei que não tem graça ficar aqui comigo, mas podemos fazer mais coisas juntos. - Seu rosto estava magoado.

- Como o quê? Assistir beisebol na tela plana? Comer na lanchonete, bife e bolo? Pai, isso é pra você, não pra mim. - Me virei para abrir a porta.

- Nami - Smoker me chamou com a voz cheia de tristeza. - Você acabou de voltar para mim.

- É, mas - Falei entre lágrimas, minha voz estava falha. - Se eu não for ir embora, vou ficar presa aqui como a mamãe. - Abri a porta, a fechando na cara de Smoker.

Minhas palavras cruéis fizeram seu trabalho - Smoker ficou paralisado na soleira da porta, atoardoado, enquanto eu corria para a noite. Fiquei apavorada como um jardim vazio. Corri para a picape, colocando a mala na carroceria e abri a porta. Liguei o carro, fechei a porta e dei partida. As lágrimas desciam de meus olhos, minha respiração estava ofegante. Ouvi uma barulho da minha janela, me viro e era apenas o Sanji.

Crepúsculo - Nami x SanjiOnde histórias criam vida. Descubra agora