Capítulo 9: "Ler mentes?"

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Assim que avisto Vivi e Kaya saindo de um restaurante, peço para Sanji estacionar o carro e assim ele faz. Saio do carro.

- Oi meninas, desculpa por... - Kaya me corta.

- Onde você estava? A gente deixou um monte de mensagens.

- É. Nós esperamos, mas a gente estava morrendo de fome, então... - Vivi interrompe sua fala quando vê Sanji ao meu lado.

- Desculpe por ter atrasado a Nami. Nós nos encontramos e ficamos conversando. - Ele confessa.

- Não, tudo bem. Entendemos perfeitamente. Isso acontece, certo? - Vivi fala. - A gente tava de saída. Nami você quer carona?

- Acho melhor fazer a Nami comer alguma coisa. Se quiser. - Sanji comentou. - Eu posso te levar pra casa.

- Nossa, que gentileza. - Kaya brincou.

- É, eu preciso comer. Eu vejo vocês amanhã.

- Tudo bem. Tchau. - Então entramos no restaurante enquanto elas iam em direção ao carro.

Dentro do restaurante, sentados numa mesa, uma garçonete vem com um caderninho e uma caneta. Eu peço um ravióli a cogumelo, mas Sanji não pede nada. Com o pedido anotado, ela sai. Um tempo depois ela volta com o prato.

- Prontinho. Um ravióli a cogumelo. - Ela coloca o prato na mesa.

- Obrigada. - Agradeço.

- De nada. - Ela se vira para Sanji. - Você não quer nada mesmo?

- Não, obrigado.

- Se quiser, é só me chamar. - Ela sai.

- Não vai comer mesmo? - Pego o garfo e como um pedaço do ravióli.

- Não. Estou em uma dieta especial. - Ele responde.

- Eu preciso de algumas respostas.

- Sim. Não. "Para chegar ao outro lado."; 1,772453...

- Eu não quero saber a raiz quadrada de PI. - O interrompo sem paciência.

- Você sabia?

- Como sabia onde eu estava? - Perguntei.

- Não sabia.

- Tá bom. - Me levanto para sair mas ele puxa meu braço.

- Espere! Não vai embora. - Ele implora. Me sentei novamente.

- Você me seguiu?

- Eu sinto que eu devo proteger você.

- Então, você me seguiu. - Ironizei.

- Eu estava tentando manter distância, a menos que precisasse de ajuda. - Ele fez uma pausa. - Então ouvi o que aqueles cretinos estavam pensando.

- Espere. Você ouviu o que eles estavam pensando? - Perguntei surpresa. - Você lê mentes?

- Eu consigo ler todas as mentes nesse lugar. Menos a sua. Todos têm algo em mente, mas você é a exceção. - Confessou. - Isso é muito frustrante.

- Tem algo de errado comigo?

Ele ri. - Digo a você que consigo ler mentes e você me pergunta se tem algo de errado com você.

"Ele pode ler mentes, mas não a minha?" - Pensei. Minha mente poderia ser um bloqueio. Ele suspira frustradamente.

- O que foi? - Perguntei.

- Eu não tenho mais forças para ficar longe de você.

- Não fique.

Autora: Nami é encontrada morta num terreno baldio dias depois.

Q.D.P

Já no carro de Sanji, o aquecedor estava ligado, Sanji dirigia olhando para a rua, um silêncio havia entre nós.

- Tudo bem. Acho que já estou bem quente agora. - Levantei minha mão para desligar o aquecedor, mas Sanji impede, fazendo nossas mãos se tocarem. - Sua mão é tão fria.

Ele me ignora. Olhei para o lado, estava a delegacia onde meu pai trabalha, o seu carro estava aqui.

- O que tá acontecendo? - Perguntei. - Meu pai ainda tá aqui. Pode parar o carro? - Ele estaciona o carro na frente da delegacia, e olha para o lado.

- É o carro do meu pai. O que ele tá fazendo aqui?

Saímos do veículo indo para a entrada e o Dr. Cullen sai de dentro.

- Law, o que houve? - Sanji pergunta.

- William Forge foi encontrado num barco perto da casa dele. Acabei de examinar o corpo.

William era um dos amigos de Smoker.

- Ele morreu? - Pergunto aflita. Law acena com a cabeça. - Como?

- Ataque de animal.

- Foi o mesmo que atacou o guarda em Mason? - Lembro do dia em que Smoker foi ao Moinho Grisham.

- Provavelmente. - Ele afirma.

- Tá vindo pra cidade então.

- Nami, é melhor você entrar. William era amigo do seu pai. - Law toca em meu ombro me acalmando.

- Tá. - Me viro para Sanji. - Vejo você depois. - Entro na delegacia.

Fui até Smoker, que parecia abalado com a morte de William.

- Oi. - Falo.

- Oi. - Ele retribui. Sua voz era melancólica.

- Pai, eu sinto muito. - Toquei em seu ombro, fazendo ali um carinho.

- Eu conhecia ele há mais de 30 anos. Não se preocupe, vamos pegar esse animal. Mas por enquanto... - Ele me dá um spray de pimenta. - Quero que ande com isso.

- Pai, eu não... - Ele me interrompe.

- Vai dar um pouco de calma pro seu velho.

- Tá bom. - Pego e guardo o spray.

- Vamos embora. - Saímos da delegacia. Vi o corpo de William coberto por um pano, sendo levado por médicos dentro da ambulância.

Em minha cabeça, passava-se os momentos que passei com Sanji, mas volto para a realidade, entro na radiopatrulha com Smoker e fomos para casa.

Continua...


Crepúsculo - Nami x SanjiOnde histórias criam vida. Descubra agora