Capítulo 10: "Eu sei o que você é"

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Autora p.o.v:

Nami estava já em seu quarto, sentada em sua escrivaninha. Ela pega o livro comprado, o folheando. Assim ela acha uma página que chamou sua atenção. Ela possuía uma foto de uma máscara. Nami lê a legenda.

- " Máscara representando "os Frios". - Dedilhou a legenda. - Os Frios. - Então fechou o livro e foi para a internet.

A ruiva pesquisou a palavra, achando o resultado e clicando no site. Encontrou várias versões de cada país da criatura. Palavras lhe chamaram atenção. "Morto-vivo"; "velocidade". Lembrou do dia do acidente, Sanji estava do outro lado do estacionamento, mas para salvá-la, correu rapidamente até ela.

"Força"; no mesmo instante, o loiro parou a van com a própria mão, amassando a porta.

"Pele fria"; recordou-se do toque da mão dele, era tão fria. "Imortal", olhou para palavra estampada na tela. Olhando as imagens de criaturas noturnas e imortais, descobrindo que bebiam sangue, finalmente encontrou o resultado. VAMPIRO.

A garota não podia acreditar. Aquele homem, na realidade, era um ser sobrenatural e perigoso. Era um ser que matava sem misericórdia alguma, ligou isso aos acontecimentos que ocorrera na cidade. Era culpa deles, dos vampiros. Mas sentia que não era Sanji ou sua família.

No dia seguinte, Nami encontrava-se encarando aqueles olhos. Os olhos de Sanji. O sinal da escola tocou, todos os alunos iam para dentro, mas Nami tomou outro rumo. Indo para a floresta. Passou reto por Sanji, que estava parado e a seguiu.

Andando e andando por muito tempo, a ruiva chegou no centro da floresta, onde as árvores coníferas estavam cheios de musgos. Jogou a mochila em algum canto, e ficou parada no lugar. Ouvia os passos do loiro atrás. Finalmente soltou as palavras de sua boca.

Nami p.o.v:

- Você é incrivelmente forte e rápido. Sua pele é pálida e muito gelada. Seus olhos mudam de cor. E, às vezes, você fala como se viesse de um outro tempo. Você não come nem bebe. Você não sai ao sol. Quantos anos tem?

- 17. - Respondeu atrás de mim. Sua respiração fria batia pouco em meu rosto.

- Há quanto tempo tem 17 anos? - Perguntei novamente.

- Há muito tempo. - Respondeu novamente.

- Eu sei o que você é. - Falei com um pouco de aflição, minha respiração estava acelerada.

- Diga. Alto e claro. Diga.

- Vampiro. - Digo em um tom baixo, mas ouvinte.

- E você está com medo? - A pergunta não me assustava, mas ansiosa. Me virei para ele.

- Não. - Neguei olhando em seus olhos.

- Então me faça a pergunta mais óbvia. "O que nós comemos"? - Perguntou ameaçadoramente. Deu ênfase em "nós".

- Não vai me machucar? - Ao invés de responder, ele pegou e puxou o meu braço, não com força, mas com delicadeza. - Para onde vamos?

- Pro topo da montanha. Onde não tem nuvens. Você precisa ver como eu sou a luz do sol. - Me colocando em suas costas, correu até o topo da montanha em alta velocidade. Chegando lá, saio de suas costas e o loiro vai até a luz solar.

- Por isso não saímos na luz do dia. As pessoas saberiam que somos diferentes. - Sanji se virou para mim. - Eu sou assim. - Sua pele era brilhante, sua blusa desabotoada, mostrando seu abdômen definido, brilhando como diamantes.

- É como um diamante. Você é lindo. - Soltei.

- Como assim "lindo"? Tenho a pele de um matador, Nami. - Ele sai do luz indo para a parte escura e o sigo. - Eu sou um assassino.

- Eu não acredito. - Digo firme.

- É porque você acredita na mentira. É uma camuflagem. - Ele para de andar e se vira para mim. - Eu sou o predador mais perigoso do mundo. Pois tudo em mim é convidativo.

Se aproximou um pouco de mim. - Minha voz, meu rosto, até meu cheiro. Como se eu precisasse de tudo isso. - Correu em alta velocidade para um canto.

- Você não pode correr mais que eu! - Gritou e pulou da pedra em que estava, a sua presença agora estava atrás de mim. - Você não pode lutar contra mim. - Pegou um tronco de árvore, o arremessando com força, quebrando-o. - Fui criado para matar.

- Eu não me importo. - Disse olhando para o loiro.

- Eu já matei pessoas antes. - Sua resposta soa como uma ameaça.

- Não importa. - Falo trêmula.

Autora: HÃM?????????

- Eu queria te matar. Eu nunca desejei tanto o sangue de uma humana na minha vida. - Se aproximou, suas mãos tocava o meu rosto.

- Eu confio em você. - Digo.

Não me sentia mais trêmula, mas estava inquieta.

- Não confie. - O loiro diz sombriamente.

- Eu tô aqui. Eu confio em você. - Se afastou e correu, e o vejo em cima de um galho de árvore.

- Minha família e eu somos diferentes dos outros da nossa espécie. Nós só caçamos animais. Aprendemos a controlar nossa sede. Mas você e seu cheiro... - Se inclinou e eu me aproximava. - São como uma droga para mim. É como se você fosse uma heroína feita especialmente para mim.

- Por que me odiou tanto quando me conheceu? - Me aproximei mais dele.

- Odiei. Mas só porque você despertava tanto desejo em mim. - Olha para baixo. - Eu não sei se posso me controlar.

- Eu sei que pode. - Saiu da árvore e foi para um pequeno espaço com uma grande pedra. Desci também.

- Não consigo ler sua mente. - Suspirava pesadamente e prendeu entre ele e a grande pedra cheia de musgos. - Você tem que me dizer o que está pensando.

- Agora estou com medo. - Disse suspirando, meu corpo pouco tremia.

- Ótimo. - Sanji me soltou.

- Não tenho medo de você. - Me aproximei de seu rosto pálido. - Só tenho medo de perder você. Acho que vai desaparecer.

- Não sabe quanto tempo esperei por você. - Colocou a mão em meu peito, no lugar onde meu coração palpitava aceleradamente. - E o leão se apaixonou pela ovelha.

- Uma ovelha idiota.

- Um leão masoquista e doente.

Sim, poderia parecer loucura, mas, eu realmente estava esperando por um vampiro. Por ele. Você poderia dizer, "está louca? Ele pode lhe matar". Sim, porém, havia algo nele que não poderia me afastar.

Ficamos na floresta, até o momento em que o sol iria se pôr do céu nublado. Era, agora, a hora do crepúsculo.

Eu tinha certeza absoluta de três coisas. Primeira: Sanji era um vampiro. Segunda: existia uma parte dele - que eu não sabia o quão essa parte dominava - que queria meu sangue. E terceira: eu estava perdidamente e incondicionalmente apaixonada por ele.

Continua...

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Crepúsculo - Nami x SanjiOnde histórias criam vida. Descubra agora