Capítulo 4: Parceiros de Laboratório

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Nami p.o.v:

Era de manhã. Eu estava saindo de casa com agasalhos, luva, calça e bota. Quando desço a escada, acabo escorregando caindo de bunda no chão.

- Você está bem? - Smoker pergunta preocupado enquanto me ajuda a levantar.

- Estou bem sim. - Me limpei. - O gelo é o inimigo dos descoordenados.

- Por isso mandei colocar pneus novos na picape. Os velhos estavam ficando carecas. Devo chegar tarde para o jantar. Tenho que passar no condado de Mason. Um guarda de segurança do Moinho Grisham foi morto por algum animal.

- Um animal? - Pergunto enquanto abria a porta da picape.

- Não mora mais em Phoenix querida. Pensei em ir lá dar uma mão para eles.

- Toma cuidado. - Aviso.

- Eu sempre tomo.

- E obrigada pelos pneus. Te vejo mais tarde. - Ligo a picape e começo a dirigir em direção à escola.

Quebra de tempo: depois do intervalo

Eu e Ussop conversávamos e caminhávamos até a aula de Biologia. Ele estava falando sobre o baile que irá acontecer daqui um mês.

- O comitê do baile é de meninas, mas eu cubro o evento para o jornal. E ajudo na escolha das músicas. Preciso da sua lista de músicas. Eu queria saber se... Você vai com alguém ao... - Ele é cortado por Koza.

- E aí, Miss Arizona? Tá gostando da chuva? - Ele balançava a touca molhada fazendo pingos de água caírem nos meus fios ruivos. Dou um sorriso sem graça e vou ao meu lugar.

- Oi. - Disse uma voz baixa e musical. Olhei para o lado e estava ele. Depois de uma semana, Sanji havia retornado.

- Desculpe não ter me apresentado na semana passada. - Continuou ele. - Sou Sanji Cullen. Você é a Nami, não é?

- É. - Afirmo.

- Células da ponta da raiz da cebola. - O professor começa. - É isso que está nas suas lâminas agora. Separem e etiquetem as fases da mitose. A primeira dupla que acertar vai ganhar a Cebola de Ouro!

- Primeiro as damas. - Ele me passa o microscópio que estava em nossa mesa.

- Você sumiu.

- Eu fiquei fora da cidade por uns dias. Razões pessoais.

Coloquei a primeira lâmina no lugar sob o microscópio e o ajustei rapidamente para a objetiva de 40x. Estudei a lâmina por alguns instantes. Minha avaliação foi confiante.

- Prófase.

- Se importa se eu olhar? - Ele pergunta e nego. Ele pegou o microscópio, analisando a lâmina por um tempo. Depois escreve em nossa folha de respostas. - É prófase.

- Como eu disse.

- Está gostando da chuva? - Ele perguntou. Não esperava por essa pergunta.

- Nossa... - Fiz uma cara.

- O que?

- Tá me perguntando sobre o clima?

- Eu acho que eu tô.

- Bom, eu não gosto de chuva. Tudo que é frio e úmido, eu não... - Fiz uma cara de agonia. Eu realmente odiava o frio e a chuva. Raramente chovia em Phoenix.

Sanji troca rapidamente a lâmina, e depois a observou com curiosidade.

- Anáfase.- Murmurou, escrevendo enquanto falava.

- Se importa se eu olhar?

- Não. - Negou e passou o microscópio para mim.

Olhei ansiosamente pela ocular, só para ficar decepcionada. Mas que droga, ele tinha razão. - Anáfase. - Respondi.

- Como eu disse. - Ele disse em tom debochado. - Se odeia tanto o frio e a chuva, por que se mudou para o lugar mais chuvoso do país?

- A minha mãe se casou de novo. - Eu disse.

- E você não gosta do cara? - Supôs Sanji, com o tom de voz ainda gentil.

- Não. O Phil é um cara legal.

Sanji troca a lâmina e a observou. - É a prometáfase. Quer checar?

- Não. Confio em você. - Terminamos o trabalho antes de qualquer um. A aula se encerra e ganhamos a Cebola de Ouro. Claro, acertamos tudo.

- Nami - Sanji me chama. - Por que não ficou com a sua mãe e o Phil?

- Bom, o Phil viaja muito jogando beisebol, e eu e minha irmã mais velha ficávamos em casa com a nossa mãe. - Dei uma pausa. - Ela sentia muita falta dele e ficava muito infeliz. Então Nojiko ficou com ela porque trabalhava e fazia faculdade lá em Phoenix e vim para cá pra ficar uns tempos com meu pai.

- E agora você está infeliz. - Assinalou Sanji.

- Como? - O desafiei.

- Desculpe, estou tentando te entender. Você é difícil de decifrar.

- Usa lentes de contato? - Soltei sem pensar.

- Não.

- É que seus olhos, estavam pretos. E agora estão castanho claro.

- Eu sei. São as luzes florescentes. - Ele sai rapidamente, me deixando sozinha.

Nem prestei atenção aos dramas de Koza sobre o experimento, sobre a aula de Educação Física e tudo que acontecia ao meu redor.

Continua...

Crepúsculo - Nami x SanjiOnde histórias criam vida. Descubra agora