Capítulo 3: Sanji

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Nami p.o.v

O horário de almoço já havia acabado. Já era hora da aula de Biologia, como eu não sabia onde ficava a sala, Koza decidiu me acompanhar, pois o mesmo teria aula comigo.

- Sr. Molina - Koza começa. - Eu quero te apresentar a nova aluna.

- Ah sim, a srta. Swan. Seja bem vinda a nossa turma, aqui estão suas coisas e reservei um lugar para você.

O professor me dá meu material de Biologia e aponta para o lugar vazio. Só que ao lado, estava ele. Ele mesmo. Sanji Cullen. O mesmo me parece ter me notado. O ventilador atrás de mim fazia meus cabelos voarem, e inconscientemente, Sanji botou a mão no nariz.

Me sento no assento vazio, enquanto encarava Sanji. Ele ainda estava com a mão no nariz, então pego um pouco do meu cabelo e começo a cheirá-lo. Ele não estava fedido, cheirava a shampoo de laranjas, então não sabia a razão de Sanji fazer isso.

A aula inteira sentia o olhar de Sanji sobre mim. Ele não parava de me olhar, bom, até o fim da aula, quando o sinal toca e ele se levanta bruscamente, pegando suas coisas e saindo da sala, enquanto o resto da turma fechava os livros.

Lembrei que tinha que levar o papel assinado para a coordenadora. Então vou até coordenação para entrega-lo, porém quando abri a porta, novamente estava no mesmo lugar que ele, mas, ouvi pela primeira vez a sua voz.

- Deve ter outra matéria. Física, Bioquímica...- Ele falava bem nervoso. Parecia que ele queria mudar de horário, só pra não me ver de novo.

- Todas as classes estão cheias. Só um minuto querida. - A coordenadora fala após notar a minha presença. - Infelizmente, vai ter que ficar na de Biologia.

Sanji olha para trás e me olha com uma carranca. - Eu vou ter que aceitar essa. - Então ele sai da sala.

Entrego o papel à coordenadora e saio da sala. Fui ao estacionamento, indo na vaga onde minha picape estava estacionada. Entrei nela e começei a dirigir, indo em direção à uma lanchonete. Smoker havia me mandado uma mensagem para nós comermos lá. Finalmente chego no local, entrei no estabelecimento e vi sentado perto de uma janela.

- Olá pai. - O chamo e me sento ao seu lado.

- Olá Nami.- Ele diz. - Já pedi o seu lanche.

- Obrigada.

Chega uma garçonete com os nossos pedidos. Ela tinha cabelo azulado preto curto, um corpo que era de uma deusa, e tinha com cigarro na boca. Quando ela coloca os pratos na mesa, me olhou com os olhos arregalados.

- Nami, é mesmo você? - Ela me pergunta incrédula. Eu não estava entendendo nada.

- Nami, se lembra da Shakky? - Foi a vez de Smoker perguntar. Espera, eu me lembro dela. Essa mulher é a esposa de um homem que eu conhecia na infância. O nome dele era Rayleigh.

- Ah, agora eu lembro. Oi - Falo. Finalmente soube quem era.

- Nossa, como você cresceu e está tão bonita. - Ela fala animada.

- Nami? Nossa! Está grande! - Um homem de óculos, cabelos brancos e longos, com uma cicatriz no olho aparece.

- Tio Rayleigh! - Sim, eu o chamava de tio.

- Ainda me chamando desse jeito. - Ele dá uma risada. - Makino, Shanks, venham ver a Nami.

- Uau, essa era a garotinha que eu conhecia? - Um homem de cabelos vermelhos e com uma pequena barba fala e vinha junto de uma mulher de cabelos verde escuro presos num rabo de cavalo. Em suas costas, havia um bebê com o cabelo da mesma cor. Parecia ser filho dela.

- Está tão linda. - A moça que provavelmente se chama Makino, diz.

- Obrigada. - Falo timidamente. Aparece um homem velho com eles.

- Nami, se lembra de mim? - Aceno com a cabeça negando. - Eu fiz o Papai Noel em um ano.

- Will, ela não passa o Natal aqui desde dos 4 anos. - Meu pai fala.

- Aposto que causei boa impressão.

- Você sempre causa.

- Careca Noel. - Shakky brinca. Eu dei uma risada.

- Ei, as crianças adoravam aquelas garrafinhas...- Ele é interrompido por Rayleigh.

- Tá bom. Vamos deixar a menina comer o sanduíche dela.

- E depois vou trazer bolo de frutas. Seu favorito, lembra? - Makino me pergunta.

- Seu pai sempre vem comer aqui. - Shakky diz olhando para Smoker.

- Toda quinta!- Completa Shanks.

- Obrigada. Quero sim. - Eles saem e finalmente podia comer o meu lanche.

Casa dos Swan, 19:41 PM

Já era de noite. Estava no meu quarto fazendo a lição de casa, enquanto conversava com mamãe no celular.

- Então se o treino da primavera for adiante, podemos nos mudar para a Flórida.

- Por favor insira 25 dólares para continuar.

- Mãe cadê o seu celular? - Pergunto.

- Meu bem, não ria. Eu não perdi o carregador, ele fugiu. Dos meus gritos! Eu causo repulsa na tecnologia agora. - Minha mãe sempre tinha essa mania de esquecer e perder o carregador.

- Eu sinto sua falta.

- Oh meu bem, eu também sinto. Mas me diz, como vai a escola? É boa? Tem algum gatinho? Estão sendo legais com você? - Mamãe estava me enchendo de perguntas.

- São muito hospitaleiros. - Digo com sinceridade.

- Não não, me conte tudo.

- Isso não importa muito.

- Importa sim, querida! - Minha mãe exclama.

- Mãe, eu tenho lição de casa. Eu te ligo depois. - Falei tentando mudar de assunto.

- Tudo bem. Eu te amo.

- Eu também te amo. - A ligação se encerra. Minha cabeça estava com os pensamentos em outra coisa. Em Sanji.

Já era o dia seguinte. Eu queria confrontá-lo e perguntar qual era o problema dele. Mas ele não apareceu. E no dia seguinte, também não. Mais dias se passaram, as coisas começaram a ficar meio... estranhas.

Continua...

Crepúsculo - Nami x SanjiOnde histórias criam vida. Descubra agora