Capítulo 13: Primeiro beijo

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Nami p.o.v

- Foi tão estranho pra você quanto pra mim? - Sanji pergunta enquanto subíamos as escadas.

- Eu não sei. - Falei enquanto ria. Olhei para um quadro grande e chamativo. Nunca tinha visto um quadro assim. - Chapéus de formatura? - Perguntei apontando.

- É uma piada interna. - Sanji brincou. - Nos matriculamos bastante.

- Que pena, teve que repetir o colegial várias vezes. - Lamentei.

- Mas quanto mais jovens começamos no lugar, mais tempo ficamos lá.

Sua frase mostrava que eles sempre estavam estudando em escolas diferentes, sempre aparentando estarem mais jovens, nunca envelhecendo como humanos normais. Não sabia se isso acontecia com seus irmãos biológicos desde que foram transformados por Law.

Entramos em um cômodo, que parecia ser o quarto de Sanji. Um abajur, um sofá pequeno, uma TV, escrivaninha, estantes de livros e um armário complementavam o cenário.

- Sem cama? - Perguntei me virando para o loiro.

- Não, eu não durmo. - Respondeu.

- Nunca?

- Nunca. - Disse com um sorriso ladino.

- Então tá. - Me viro para um estante ao meu lado. Era cheia de discos, cds, fitas etc. Muita música. - Nossa, você tem muita música. O que você tá ouvindo?

- Debussy. - Conhecia esse nome. Mamãe e Phil dançaram as músicas em seu casamento, Nojiko e eu observavamos os dois dançando elegantemente e maravilhosamente.

- Clair de Lune é lindo demais. - Adorava ouvir Clair de Lune. Mamãe tocava essa música em um toca fitas que tínhamos. Escutava quando eu tinha pesadelos e chorava à noite. A música entoava em meus ouvidos enquanto Phil me segurava em seu colo, dançando lentamente me colocando para dormir.

Sanji liga o aparelho, fazendo a música tocar. Segura a minha mão, colocando a outra em minha cintura, me guiando com movimentos de uma valsa. Ergueu minha mão para o alto, me girando de um jeito meio desengonçado.

- O que foi? - Perguntou.

- Eu não sei dançar. - Respondi.

- Mas eu posso te obrigar. - Falou com um sorriso debochado.

- Eu não tenho medo de você. - Desafiei.

- Não devia ter dito isso. - Me puxou rapidamente para suas costas e pulou a janela grande do seu quarto, agarrando-se na árvore. - É melhor se segurar, macaco-aranha. - Começou a escalar a árvore, parando em um galho alto.

- Confia em mim? - Perguntou.

- Em hipótese...- Respondi meio insegura.

- Então feche os olhos. - Fiz o que pediu, me agarro mais firme a ele, o sentido pular para outra árvore, a escalando. Depois chegamos ao topo, onde olhávamos a bela vista da floresta. Soltei um "wow" da minha boca.

- O que? - Sanji pergunta.

- Isso não é real. Esse tipo de coisa não existe. - Falei admirada.

- Isso existe, no meu mundo. - Respondeu. Ficamos sentados lá, na árvore, aproveitando a vista. Esquecendo de tudo ao nosso redor.

Quebra de tempo:

Saí do carro para encontrar Smoker, que estava na lanchonete, que vinha todas as quintas-feiras. Koza vem até mim.

- Ei, Miss Arizona. Fiquei sabendo entre você e o Cullen. Mas, sabe, ele te olha como se fosse te devorar. - Koza fala meio sério e sarcástico.

- Nossa. - Respondi curto. Entrei na lanchonete, sentei no lugar onde Smoker sempre sentava, lendo um jornal. - Oi, desculpa o atraso. Trabalho de Biologia. - Falei chamando sua atenção.

Crepúsculo - Nami x SanjiOnde histórias criam vida. Descubra agora