CAPITULO 2- ESTRANHO PRAZER

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Ela falou com a voz ainda tremendo, porém, olhou-o com determinação. O homem, se é que ela podia chamá-lo assim, logo falou:
Vejo que é direta, eu gosto disso —Ele se sentou na cama dela quase se desequilibrando — Vocês perderam a criatividade.... Como algo tão macio pode ser bom? — endireitou-se e olhando para ela disse:—Bem, receio que não tenha me apresentado, meu nome e Laca, e como pode ver, sou um demônio superior, admito que seu sangue e muito saboroso, mas será que é tanto quanto sua alma?— Lambeu os lábios enquanto ainda olhava para ela que sentiu um arrepio percorrer sua espinha—B... bem, eu o chamei aqui para fazermos um acordo, estou com uma doença rara que não tem cura... Você não poderia...— Antes que terminasse de falar ele suspirou e se levantou e andou até ela que estava em pé e era menor que ele. Ele levantou o queixo dela e olhando nos olhos dela disse:— Como sempre... Humanos querendo algo sem dar nada em troca, não me lembro de me oferecer algo em troca. Ele falou levantando o queixo dela e a olhando nos olhos — Não precisa me explicar nada mais, vejo que está com uma doença grave. Ele ficou rondando-a e a analisando-a, ela por sua vez ficou sem reação apenas o seguia com os olhos.— E então, vai me ajudar? Eu te dou o que quiser — Ela disse. Ele parou de andar em volta dela e sorriu.— Pois bem, não creio que tenha algo a me oferecer, então...Foi divertido, mas tenho compromissos hoje —Ele falou saindo pela porta do quarto dela, mas parou com o grito dela:— Espera, eu te dou minha vida, alma, ou seja, lá o que for!—Olhava-o com certa esperança. Então ele se virou para ela sorrindo.— Enfim chegamos a algo, não?— Andou até ela novamente e falou — Tem certeza disso? Não tenho escravas há muitos anos, mas será no mínimo divertido.—Ela não se importou com a fala dele e acenou com a cabeça enquanto falava:— Sim, não ligo, desde que me cure desde inferno. Ele riu novamente, porém mais alto — Chama isso de inferno? Você tem um senso de humor estranho, mas bem, irei realizar seu desejo.— Ele se aproximou dela e cortou-se seu dedo polegar com a unha de seu outro dedo e fez o mesmo com o dela. Juntou ambos os polegares misturando o sangue.— Pronto, estamos ligados agora, eu admito que adoraria pegar sua alma neste exato momento ,mas que utilidade me teria?— Ele falou enquanto pensava profundamente. Então levantou a mão até a testa dela que o segurou dizendo: — O que pensa que está fazendo? Outra coisa estranha? Ele sorriu de forma debochada e falou:— Estou te salvando aqui, não seja tão sem graça e me deixe fazer o que preciso, para ambos ficarmos bem, sim? Ela soltou a mão dele com um bufo e fechou os olhos. Ele colocou um dedo em sua testa e ela se sentiu desabar por inteira. O demônio a colocou na cama e foi embora rindo como se nada tivesse acontecido.— Acho que será divertido.

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