Capitulo 7- Pensamentos persistentes

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Bem meus leitores e leitoras, creio que não seja necessário explicar o que ocorreu após a nossa protagonista se deixar levar por seus desejos. Essa parte haha, gostaria de deixar cada um imaginar como quiser, mas obviamente, eles tiveram uma noite muito animada, se posso dizer assim.

Fato é que Leandra estava assistindo sua terceira e última aula do dia, quando seus pensamentos foram levados para sua noite anterior, a qual foi bem quente. Ela não conseguia tirar a sensação de seu corpo, por mais que ela não quisesse pensar sobre aquilo, seu cérebro teimava com ela e a fazia lembrar-se de cada mínimo detalhe.

Deu por si quando viu a professora a encarando, com um olhar nada agradável, ela sabia que a professora iria perguntar algo e ela tinha total certeza que não sabia nada sobre o assunto da aula.

—Leandra, Poderia explicar o que são sinapses? — A professora perguntou convencida de que Leandra saberia responder uma pergunta que na visão dela, era bem simples.

— Profe. — Ouviu uma voz do fundo da sala falar em seu lugar, logo antes dela dizer que não sabia a resposta, ela se virou para trás e viu Cedric levantar a mão.

— Pode falar Cedric — A professora o olhou atenta.

— Professora, estou com dúvida sobre ligações nervosas — Sem que a professora visse, deu uma piscadela para a Leandra, que o agradeceu rapidamente com um movimento de mãos

Então a professora começou a explicar novamente, e quando Leandra olhou para o relógio a aula já estava prestes a acabar, faltando apenas 5 minutos para seu fim, só conseguia ficar feliz, pois ela queria ir logo embora e, talvez, poder ver o Laca novamente. Tinha algumas perguntas e queria melhorar suas habilidades, perdida em pensamentos viu o sinal tocar, indicando que a aula havia acabado, ia se levantar para sair quando escutou Cedric a chamar.

— Lea, podemos conversar? Prometo que será rápido — Ele deu um sorriso e colocou uma das mãos na nuca.

— Ah, hum, sim. O que quer conversar? — Falou terminando de fechar sua mochila, a colocou sobre a mesa e o encarou esperando que ele falasse.

— Ah, não é nada tão sério, não precisa me olhar assim haha, eu só queria saber como tudo está, você anda meio distante ultimamente — Continuou olhando-a e soltou um suspiro.

— Eu continuo igual Cedric, você deve estar vendo coisas — Sorriu e deu um tapão no ombro dele — Acorda pra vida idiota — Desta vez falou gargalhando — Era só isso? Posso ir? — Disse se preparando para sair

— Lógico que não, eu ainda não terminei — Seu rosto estava um pouco irritado, mas se controlou para não dar um soco nela, odiava ser tocado sem permissão, seu rosto foi ficando estoico novamente.

— Continue então — Disse ela parando e o encarando

— Queria te chamar pra estudar em minha casa, eu ando tendo dificuldades com a matéria — Falou sorrindo sem jeito e fez beicinho implorando com as mãos para ela ir.

— Era só isso? Porque você fez um drama enorme só pra estudar comigo? — Ela soltou um suspiro e sorriu novamente — Ok, posso te ajudar até as 17 horas — falou olhando o relógio da sala, vendo que ainda eram 15 horas.

— Desculpe, eu estava com vergonha — deu uma risada fraca — primeiro as damas — Falou fazendo um movimento com a mão para que ela fosse na frente

— Sempre cavaleiro — Revirou os olhos e seguiu na frente dele

Foram seguindo até a porta de saída, e ele tomou a frente a guiando até a casa dele, de repente ela percebeu que nunca tinha ido à casa dele e ficou curiosa, quando chegaram lá a casa era enorme. Ela ficou de boca aberta sem saber se entrava depois dele ou tirava os sapatos, queria explorar a casa toda.

— O que foi? Tem algo errado? — falou preocupado

— Não, e só que você é ricaço hein! Que inveja — ela riu e seguiu ele

— Ah sim...meus pais estão viajando e a casa ficou em minha responsabilidade, mas acredite, não somos ricos — ele sorriu de forma gentil e por um momento lembrou da real família que morava ali, se sentiu um pouco mal, mas bem, ele queria uma casa boa para viver enquanto estivesse no plano terreno, ele só não se sentia tão mal porque não matou os moradores, apenas fez com que eles fossem para outra casa enquanto ele terminava seu ''plano''.

— Venha, meu quarto e no segundo andar — ele seguiu andando e olhou para trás para ver se ela o seguia.

Entraram no quarto dele sem cerimônia, Leandra logo achou um lugar para sentar, era engraçado como ela amava sentar em camas, estava começando a achar que ela tinha algum fetiche por elas.

Cedric arrumou tudo e pegou um livro qualquer de neurônios, afinal, ele não queria estudar, ele queria sondar para saber o porquê de ele não estar mais sentindo-a, e ele faria de tudo. Queria vê-la ser mais gentil com ele como ela costumava ser, ele se sentou ao lado dela e mostrou um trecho específico do livro para ela.

— Estou com dúvida nisso — Apontou com o dedo indicador e esperou ela olhar, assim que ela olhou, ele olhou de relance o pescoço dela, e cerrou os dentes enquanto pensava, ''aquele demônio maldito, ele ainda vai morrer'', e sem conseguir se conter ele levou um dedo até o pescoço dela, sem se importar que ela visse.

— Ah, isso são ligações que temos nos neurônios é... O que você está fazendo? — ela viu que ele tocava em seu pescoço e logo se afastou dele, ele parecia familiar ao Laca, mas ela sabia que ele não podia ser demônio, mas e se ele fosse o anjo que estava observando-os? Ela tirou esse pensamento da cabeça, afinal, Cedric era seu amigo de longa data.

— Oh, perdão, estava sujo ali — falou jogando o livro de lado e se aproximou mais do rosto dela, ela não demonstrou muita reação

— Estou curioso, você está bem mesmo, Lea? — ele podia sentir o cheiro do demônio impregnado nela, tinha raiva, mas não queria machucá-la, então pensava em um jeito de ela ceder a ele.

— Estou melhor do que nunca — Sorriu e desviou o olhar, era perceptível que ela estava mais do que bem, estava feliz.

Cedric não respondeu de volta, sabia o que a deixava tão feliz, ele queria fazê-la entender ali mesmo o quanto esse demônio era ruim, mas não queria perder tempo, então, sem que ela o percebesse, a virou em sua direção e a beijou, porém não era um beijo de afeto, ele queria conseguir tirar os vestígios do demônio que ele tanto odiava dela, queria apagar qualquer memória e sentimento.

Ela por sua conta soltou um grunhido e colocou duas mãos em seu peito tentando empurrá-lo, mas em vão, ela sentiu seu corpo a tremer, aquilo para ela não era um beijo normal, parecia Laca, quando queria se alimentar de sua energia, ela começou a dar socos em suas costas se sentindo cada vez mais fraca, ele por sua vez, não cedeu e forçou o dedo contra o pescoço dela na tentativa de refazer o vínculo, porém, parou quando percebeu que não adiantava. Ele não conseguia forçar mais sua magia nela e a soltou. Ela por sua vez, tentou recuperar o ar e deu um tapa forte em seu rosto se levantando.

— Não sei o que você fez... Mas nunca mais me procure, seu desgraçado — Ela falou saindo da casa dele e chamando Laca, em seus pensamentos

Cedric não fez nada, apenas mordeu sua unha enquanto a via ir embora, sabia que depois disso, teria que mudar sua abordagem, ele teria que ser mais implacável.

— Bom, ela não me deu escolha — falou com sorriso convencido e se levantou e pela janela, a viu sair e viu a hora que o demônio apareceu. Agora Cedric sabia quem ele era, sabia o que fazer. Se afastou quando viu o demônio sentir a presença dele e o viu a beijando, isso o deixou transtornado, mais do que já estava.

— Porque me chamou aqui, está tudo bem? — Laca falou olhando para a janela e vendo uma silhueta. Virou-se para olhar Leandra, quando olhou novamente, não havia mais nada lá.

— Não foi nada, só queria te ver, quando vamos começar os treinamentos? — perguntou enquanto o segurava pelo braço, esperando-o teletransportá-los dali.

— Ah isso... Agora — falou ainda desconfiado e olhando para a janela, mas segundos depois a pegou no colo e deu um beijo rápido em seus lábios.

—E-Ei, não faça isso aqui — ela ficou corada e deu um soquinho no peito dele

Laca, por sua vez, somente riu e os teletransportou até a casa de Leandra, se preparando para ensinar tudo que podia a ela.

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