Capitulo 8- Persistência nunca e um limite

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Finalmente chegamos a minha casa, o teletransporte sempre foi rápido, mas eu estou tão irritada e enfurecida que os míseros 30 segundos que fiquei em frente à casa de Cedric, me fizeram sentir que se passaram horas de espera.

Quando fui para dentro da sala, eu tomei um susto, vi minha mãe na cozinha cozinhando algo que eu não sabia o que era, e então um pensamento me veio a mente ''Droga, esqueci que ela voltava hoje''.

Com medo de Laca a encontrar e eu ter que explicar por que um cara estranho estava comigo, fechei a porta na cara de Laca, momentos antes dele entrar.

— Ei, que falta de educação e essa Leandra? Abra isso já — Reclamou e encarou a porta na esperança fajuta de que eu a abrisse novamente, porém, segundos depois de chutar o próprio pé com raiva, viu outra pessoa na casa, e logo entendeu o que eu fiz.

Minha mãe demorou a perceber que eu estava ali, e quando percebeu, ela largou a tampa da panela com pressa, quase fazendo a tampa cair, eu sentia tanta felicidade quanto ela, queria abraçá-la e ficar ali por todo o dia.

— Meu bebê, você voltou, que saudades! — Minha mãe falou sorrindo de orelha a orelha e vindo rapidamente em minha direção, quando dei por mim, ela já estava me dando um abraço de urso e alisando meus cabelos.

— Eu já cresci mãe— Debochei, mas no fundo eu queria ficar ali para sempre, mesmo com meu deboche minha mãe apenas bufou e me abraçou mais forte, o sentimento era tão bom, que eu entrei em lagrimas ali mesmo.

Laca viu a cena pela janela e até mesmo um demônio antigo e sem coração como ele, se sentiu bem vendo a emoção entre mãe e filha, viu que não precisava estar ali naquele momento e se teletransportou com um sorriso no rosto.

— Não chora minha fofa— Falou se virando para a panela que começava a mexer e borbulhar — Meu deus, me deixe ir ver a comida — Me soltou e correu igual uma doida para a cozinha novamente, eu só conseguia rir vendo a cena.

Minha mãe demorou mais meia hora para terminar a comida que ela estava fazendo, e no fim, descobri que era nada mais nada menos que minha comida favorita, almôndegas, eu a ajudei a arrumar a mesa e me sentei com ela, por mais que estivesse feliz de estar com ela, me senti mal pelo que fiz com o Laca, será que ela está com raiva? Terei que ver isso depois.

Sentei-me de frente para ela na nossa mesa de jantar, que era bem pequena, apenas quatro lugares, e pegando uma almôndega com o garfo a encarei com convicção, por sua vez, ela sabia o que eu queria dizer e apenas sorriu o que significava que eu poderia continuar.

— Acho que você percebeu né? Eu consegui melhorar, os remédios finalmente me ajudaram mãe— Vi minha mãe fazer uma cara desconfiada, mas por trás disso logo vi um sorriso emergir.

— Isso é muito bom! Que bom que conseguiu filha, eu sabia que iria— disse colocando as duas mãos em baixo do queixo, examinando o meu rosto como se quisesse gravar aquele momento, como uma fotografia, com um pequeno sorriso nos lábios.

Nós conversamos por mais uma hora, o jantar foi bem longo, mas afinal, minha mãe tinha voltado, eu queria descobrir tudo que perdi nesses meses inteiros em que ela estava fora, e pelo lado bom, descobri que além de trabalhar como uma condenada, ela arrumou um ficante russo, eu brinquei demais com esse fato, vê-la sorrir era uma dádiva que eu sempre quis ter, ainda mais depois do meu pai falecer a cinco anos, ela precisava se distrair e eu precisava passar mais tempo com ela.

Arrumamos a mesa novamente e eu me ofereci para lavar a louça, ela foi dormir, pois ainda estava se acostumando com o fuso horário daqui e também, ela estava cansada da longa viagem, eu dei um abraço nela e um beijo em sua bochecha era exatamente vinte horas da noite, aproveitei que ela estava dormindo e invoquei Laca, a quem eu devia explicações.

Laca demorou a aparecer, cerca de dez minutos, eu já estava começando a me perguntar se ele iria aparecer ou não, quando o senti me abraçar por trás, sentia sua respiração na minha orelha, e seu hálito quente quando ele proferiu pequenos murmúrios em meu ouvido.

— Isso não e forma de tratar seu mestre, você não acha? — Murmurou e mordeu meu pescoço sem se conter.

— Mestre e seu passa— Parei de falar quando senti a dor percorrer pelo meu pescoço, eu fiquei um tanto corada, ele sempre conseguia me deixar assim, não que eu não goste, pelo contrário, era bem excitante.

— Acho que você merecia isso. Bater a porta na minha cara? Isso é ultrajante— Disse ele subindo até o canto do meu lábio direito com alguns beijinhos, e por fim, me deu um beijo rápido e se colocou a minha frente.

— Eu sei, e só que não quero envolver minha mãe nisso— O encarei com o rosto sério, afim de que ele percebesse que aquilo não era uma brincadeira.

— Bom, seja como for, tínhamos um combinado hoje, e nossa, sua mãe é uma delícia hahaha, talvez eu deva pegar uma lasquinha da alma dela? — Falou debochando e brincando como sempre costumava fazer, e ele achou divertido me provocar, meu rosto estava vermelho de raiva.

Não respondi a provocação e apenas dei um chute na perna esquerda dele, sorri e andei rebolando na sua frente, se ele sabia provocar, eu sabia mais.

— Acho que não precisamos treinar hoje... Que tal amanhã? — Falou andando atrás de mim como um cachorro, até que me pegou nos braços, me jogou no sofá e ficou por cima de mim.

— Não, acho que não— Sorri e apenas respondi sua primeira fala antes de pausá-la, e com as duas mãos entrelaçadas em sua nuca eu o puxei para mais perto de meu rosto o beijando intensamente.

— Espero que saiba conter seus barulhos, não queremos acordar a dona da casa— Falou mordendo meu lábio inferior, aquilo me fez derreter e com um sorriso eu tirei as mãos de sua nuca, e as levei até o seu peitoral dando um beliscão em um de seus mamilos, mesmo por cima de tecido fino que cobria o seu corpo tão esbelto.

— Sua trapaceira! — Fez um barulho de dor baixo e desceu a cabeça até o meu corpo o enchendo de beijos, e fez com que meu corpo que já estava sensível, ficasse cada vez mais sensível, aquilo me fez me soltar por completo, queria sentir todo o amor e prazer que ele sempre conseguia me dar, e eu amo isso.

Quando acordei, ainda o via deitado do meu lado no estreito sofá, olhei a hora com medo de que minha mãe nos visse, mas ainda eram três da manhã, e para evitar conflitos, eu o acordei de forma carinhosa, e assim que ele foi embora, eu subi nas pontas dos pés para meu quarto, caindo feliz na cama, que logo levou minha consciência embora.

A Descoberta FatalOnde histórias criam vida. Descubra agora