Capítulo 13

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ᴅʀᴀᴋʀᴀᴍɪʀ


Mais antigo que as divindades, surgindo antes mesmo do conceito dos Deuses da Destruição ser imaginado, a figura temida era, sem dúvida, mais aterrorizante do que qualquer abominação emergindo dos confins do universo. 

Reconhecido por todo o cosmo, ele era temido por muitos, vilipendiado por outros, mas sempre respeitado, um demônio de coração frio e inatingível.

Foi chamado por uma infinidade de nomes em inúmeros idiomas, alguns agora extintos, outros ainda sussurrados com temor reverencial. Mas dentre os nomes, o que preferia, o que escolhera para si, era "O Dominador de Mundos". Era um título que carregava o peso de incontáveis civilizações que havia tomado, cada sílaba ecoando com o eco eterno da predominância e da capitulação.

Em sua presença, sua palavra era absoluta, indiscutível, imutável. Tornava-se a própria lei, moldando a realidade a sua imagem, dobrando a vontade dos seres ao seu capricho.

Sua raça, tão antiga que suas origens se perdiam nas brumas do tempo, havia desaparecido. Eles haviam sido os senhores do cosmo, comandando constelações, dominando reinos interdimensionais. Mas agora, todos se foram, extintos por um cataclismo há muito esquecido. Ele era o último, o único da sua linhagem de puro sangue, um testemunho vivo de uma era perdida.

Cortando as vastidões insondáveis do espaço, a monumental astronave "Drax", uma majestade tecnológica forjada em aço Iogônico capaz de abrigar um mundo inteiro em suas entranhas, servia como lar para uma diversidade de raças. 

Seus corredores, banhados por uma luz suave de luminárias bioluminescentes, eram o palco para o desfile das esposas, parte de um harém composto por guerreiras e místicas. Essas mulheres, excedendo o papel de simples consortes, combinavam uma beleza surreal com poderes formidáveis, capazes de intimidar os mais corajosos.

Essas mulheres, selecionadas meticulosamente de entre as populações subjugadas de diversos planetas, eram depositárias de habilidades raras. 

Algumas eram mestras na leitura de mentes, penetrando nas profundezas dos pensamentos alheios, enquanto outras controlavam os elementos primordiais com um mero aceno de mãos. Havia ainda as que exibiam força e agilidade que transcendiam os limites da fisiologia padrão, verdadeiras deusas da guerra esculpidas em carne e osso.

Dentre elas, algumas portavam dons tão singulares e inusitados que confundiam até mesmo Drakramir, dons que desafiavam a compreensão e pareciam dobrar as leis da física, esticando as fronteiras do possível e o impossível.

Os frutos dessa união nasciam descendentes poderosos, crianças que herdavam o sangue impiedoso do Soberano e a mescla dos talentos sobrenaturais de suas mães. 

Eles cresciam em um ambiente de rigor e disciplina, moldados para serem guerreiros mais que eficientes, prontos para esmagar quaisquer adversários que ousassem cruzar seu caminho.

Juntos, eles formavam uma legião Vetran imortal e temível, um exército preparado para trilhar caminhos de devastação por onde quer que fossem, comandados pela força inexorável do Dominador, incutindo neles uma lealdade sólida, um compromisso incancelável com a expansão de seu domínio.

Contudo, as ações de Drakramir não eram movidas por mero desejo de poder ou riqueza, nem eram impulsionadas por qualquer forma de afeição pela multiplicidade de vidas que ele subjugava. 

O seu era um jogo muito mais complexo, um propósito oculto que guiava cada movimento, cada conquista, cada ato de controle. Esse objetivo maior que havia determinado seu caminho por milhares de anos, estava profundamente entrelaçado no sangue de sua existência.

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