5 - SAMMY - PARTE 2

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Oláaaas, amoras minhas, como estão?

Este livro já foi postado completo aqui e retirado. No momento, encontram-se apenas 5 capítulos para degustação.

Ele será repostado completo novamente, porém não há previsão de data.


Na manhã seguinte, me encontro novamente na ELE, pronta para trabalhar em um jantar na casa nova, mesmo sem a mínima vontade. Mas é o preço que pago por causa da minha mentira. Brenda me guia até uma mesa onde estão duas pessoas responsáveis pelo buffet do jantar. Ela me apresenta seus nomes como se eu devesse saber quem são. Ao perceber que não sei, ela comenta com as pessoas que é minha primeira grande cliente, e é por isso que ainda não as conheço.

— Brenda, para decorar sua mansão eu preciso vê-la. Preciso ao menos de fotos e medidas dela. Seus funcionários podem me fornecer isso? — peço pelo que deve ser a terceira vez desde que cheguei.

— Não, você irá comigo até lá assim que o buffet ficar decidido.

— Vou com você? Só nós duas? — Ela assente. — Foi uma mentira para protegê-la, tenho mesmo que pagar tão caro? — reclamo com o universo.

Quando Amelia, uma das meninas do buffet, cochicha algo para Sofia, a organizadora do jantar, e as duas suspiram, viro-me e vejo Éder se aproximando. Ele usa uma camisa social preta, tem os três primeiros botões abertos, evidenciando uma corrente que carrega no pescoço. Também é possível ver um traço de sua tatuagem sobre o peito e algumas sardas, quando ele se aproxima o bastante. Ele tem muitas delas pelo ombro e algumas no peito. A camisa parece colada ao seu corpo, assim como a calça social, o que as meninas estão olhando descaradamente.

— Bom dia, senhoritas — ele diz, mas seus olhos não buscam minha direção especificamente.

— Sr. Éder, sou a Amelia, responsável pelo buffet do seu jantar. O que o senhor gostaria que fosse servido?

Ele a observa e responde prontamente.

— Não faço questão de nada. Brenda decidirá isso.

— Entendo, senhor, mas não tem alguma comida de sua preferência?

— Éder, diga algo que você gosta, é nosso jantar, não serviremos comidas aleatórias — Brenda insiste.

Ele ignora Brenda e afasta-se quando ela tenta tocá-lo, o que é estranho.

— Eu não gosto de nada.

— Como não gosta de nada? — Sofia pergunta exasperada. — Comida indiana? Japonesa? Prefere massas ou caldos? Ao menos isso o senhor deve ter alguma preferência.

— Não, não tenho.

Sua resposta é direta e seca, chega a ser grosseira.

— E quanto a música? O senhor tem algum artista ou uma música que gostaria que o quarteto de cordas tocasse?

— Não, não gosto de música.

Giro a cabeça tão rápido em sua direção, surpresa por sua resposta e ele finalmente olha para mim. Como se me desafiasse a desmenti-lo, o que, claro, não faço. Um sorriso de lado se estende em seu rosto enquanto ele me observa. Éder ama música, inclusive toca vários instrumentos. O que ele está fazendo?

— Estou liberado? Não posso ajudar em nada sobre esse jantar, absolutamente tudo será decidido por minha noiva — diz e se vira para Brenda. — Precisamos conversar.

Ela apenas assente e ele some de vista, não sem uma bela conferida das meninas, que logo começam a questionar Brenda qual comida ele costuma comer quando saem juntos, que música escutam quando fazem amor e neste momento, começo a questionar se sou mesmo obrigada a presenciar isso. Juro que se ela responder que fazem amor ao som de Yellow, vou me levantar e abandonar seu jantar.

DEGUSTAÇÃO - UMA MENTIRA PARA O CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora