5 - SAMMY - PARTE 4

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Oláaaas, amoras minhas, como estão?

Este livro já foi postado completo aqui e retirado. No momento, encontram-se apenas 5 capítulos para degustação.

Ele será repostado completo novamente, porém não há previsão de data.


A mansão onde eles irão morar após o casamento é esplêndida. Sua arquitetura exala grandiosidade, combinando elementos clássicos e contemporâneos em uma harmoniosa fusão. As paredes externas são revestidas de pedra nobre escura, conferindo-lhe uma aparência sólida e elegante. Ao adentrar a mansão, somos recebidos por um hall de entrada espaçoso, com um piso de mármore brilhante que reflete a luz dos lustres de cristal suspensos no alto. Além disso, a casa possui um extenso espaço de lazer, com uma piscina deslumbrante rodeada por um deck de madeira. Sugiro que faça o jantar na área de lazer, que possui uma cobertura pergolada sobre parte do deck, que iluminada da maneira certa, se tornará mágica. Mas ela se recusa, fazendo questão de usar a sala de jantar imponente daqui.

Ela me mostra com detalhes o quarto onde dormirão, e me pergunto se esse acordo entre eles também implica em viverem juntos após o casamento. Aparentemente, sim. Sinto-me estranha estando aqui, conhecendo o novo lar dele, onde ele viverá com sua nova esposa. É tão diferente da pequena casa de dois quartos que levamos tanto tempo para mobiliar. Enquanto observo ao redor, percebo que a mansão em que estou agora não possui móveis.

— O que achou? — Brenda pergunta esperando ansiosa minha resposta.

— Vazia — respondo.

— Esplêndida, Brenda, esse lugar é maravilhoso! — Sofia comenta admirada.

Sigo as meninas e entro em acordo com Sofia sobre alguns detalhes para a decoração. Ela assegura que os móveis chegarão a tempo, antes de amanhã à noite. Brenda, por sua vez, me dá a tarefa de escolher as mesas e cadeiras, já que não há uma mesa de jantar. Decido tudo em conjunto com Sofia, que é muito mais fácil de lidar do que Brenda. Enquanto discutimos os últimos detalhes, Brenda me surpreende ao entregar dois convites para o jantar. Um é destinado a Sury e Igor, o que faz sentido, mas o outro é direcionado a mim.

— Claro que eu a convidaria, afinal, sua irmã e cunhado virão e você é da família, como fez questão de ressaltar — Brenda justifica. — Claro que, se não tiver nada à altura para vestir, entenderei caso não queira vir.

— Ah, você entenderá. Quanta bondade! — zombo e vejo Sofia segurar o riso.

Saímos da mansão já tarde da noite, exaustas após tantas decisões que precisávamos tomar em tão pouco tempo. Demoramos horas para convencer Brenda de que não seria possível organizar um evento mais elaborado em apenas vinte e quatro horas. No final, ela acabou cedendo quando Sofia interveio, concordando comigo e destacando a impossibilidade do que estava sendo exigido. No entanto, sei que minha noite será longa e sem descanso. Tenho que desidratar as flores durante toda a noite para montar os arranjos a tempo amanhã.

E ainda precisei voltar à ELE, pois minhas coisas ficaram aqui. Dirijo-me à área social, pego minha bolsa e, enquanto estou prestes a sair, passo pela porta entreaberta da sala de Éder. O avisto rapidamente e fico imediatamente intrigada. Já é tarde demais para ele ainda estar aqui, não há mais ninguém além dos seguranças a essa hora. Por que ele está aqui?

Recebo uma mensagem de Fabio informando que ele já está me esperando em frente à entrada. Decido que não é da minha conta o que Éder está fazendo ali. Então, caminho em direção a Fabio, que está encostado no carro, e ele se aproxima de mim, me abraçando. E sinto uma sensação incômoda. Tudo o que eu preciso fazer é entrar nesse carro e ir embora, então por que estou hesitando?

— Fabio, acho que esqueci algo lá dentro, vou buscar, você me espera dois minutos?

Ele concorda pegando minha bolsa e volto correndo antes que mude de ideia. Éder está do mesmo jeito de minutos atrás, sentado em sua cadeira, olhando fixamente para um ponto. A planta, aloe vera, a única coisa verde que ele tem aqui.

— Algum problema, Sammy? Você precisa de carona?

— Não, Fabio veio me buscar.

— Ah — resmunga e me observa, soltando um suspiro cansado. — Então o que quer?

— Você ainda precisa de um abraço? — pergunto, desviando meus olhos dos seus.

— Você vai deixar seu namorado das sextas esperando para me dar um abraço?

— Você não precisa, não é? Adeus. — Viro-me para deixar sua sala, mas ele se levanta e chama meu nome.

— Sammy... eu preciso. Por favor, só um abraço.

Fico imóvel no lugar e ele se aproxima de mim. Rapidamente, seus braços me envolvem, seus dedos se entrelaçam em meus cabelos, percorrendo-os suavemente. Ele afunda o rosto na curva do meu pescoço, inalando profundamente o meu perfume. Minha pele reage instantaneamente, arrepiando-se e tornando-se sensível ao seu toque. Meu corpo parece quente, como se estivesse febril, enquanto sinto o aroma de sálvia com um toque de carvalho que exala dele. Não é o mesmo perfume que ele costumava usar antes, é claro que não. Agora ele provavelmente usa fragrâncias mais sofisticadas e caras. No entanto, seu cheiro é familiar, como se eu o reconhecesse e o apreciasse.

— Obrigado, Sammy — ele diz baixinho em meu ouvido. — Seu namorado deve estar esperando você.

Sim, Fabio está esperando e Éder encerra esse contato. Tem um sorriso tranquilo, sua expressão parece mesmo mais leve. Quero perguntar por que ainda está aqui, mas não vamos ser amigos. Não tenho que me preocupar com ele, eu já extrapolei demais meus próprios limites com esse abraço. Então apenas assinto e o deixo ali, sozinho em seu local de trabalho tarde da noite.

Sozinho. Será que é por isso que ele não vai embora? Por que está sozinho?


Acordo muito cedo para começar os arranjos para o tal jantar e Sury vem para minha casa me ajudar. Trouxe as flores para desidratá-las em casa ontem à noite e agora terei o dia todo de trabalho. Eu deveria ter cobrado o triplo do que cobrei.

— Então você vai a esse jantar? — Sury pergunta. — Eu gostaria de ir. Fiquei curiosa sobre a casa, sobre esse relacionamento falso deles. Mas Igor e eu só iremos se você for.

— Não tenho escolha. Precisarei estar lá para decorar o local, então o que eu diria para sair quando o jantar começar? Ela vai sentir que venceu.

— Então vocês estão em uma competição?

— Claro que não!

Sury fica desconfiada, coloca as mãos na cintura e pergunta:

— Sammy, o que você fez?

— Do que exatamente está falando?

— Você não iria a esse jantar e pouco se importaria se ela pensa que a venceu ou não. Se faz questão de ir é porque aprontou alguma coisa.

— Sury, assim você me ofende, eu sou profissional. Além do mais ela disse: vou entender se você não tiver uma roupa adequada para vir — explico imitando o tom de deboche de Brenda.

— Por falar em roupa, como está ocupada posso trazer algo para você usar. Uma roupa de marca bem cara pra você calar a boca dela.

— Não, obrigada. Não quero entrar em nenhuma disputa feminina de beleza e marcas de roupa, isso é ridículo! É o jantar dela, quem tem que aparecer é ela. E não estamos em uma disputa, Éder é o noivo dela.

— Não quer disputá-lo com ela então..., mas você sabotou de alguma forma esse jantar.

— Mas não teve a ver com ele, e sim com ela.

— Eu sabia!

Droga! Ela está rindo, animada e me recuso a dizer o que fiz. Mesmo porque, não sabotei exatamente, foi só uma brincadeira, que será desagradável para Brenda, mas bastante divertida para mim.

DEGUSTAÇÃO - UMA MENTIRA PARA O CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora