O Anjo e o Barão [EM REVISÃO]

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Naquela semana, Naruto também ficou bem ocupado.

Nas três semanas iniciais de aula, várias pessoas utilizam os espaços da biblioteca para criar uma feirinha estudantil, vendendo os livros, materiais escolares, itens importados de papelaria, roupas, calçados, mochilas, realizar campanhas de incentivo à leitura e, de quebra, a prefeitura aproveita a ocasião para cadastrar todos os novatos e os veteranos no programa de carteirinhas que dão descontos para estudantes e também no sistema para suprir as necessidades escolares.
Como costuma dizer Sakura, eles querem saber quantas marmitas vão fazer este ano durante os recreios e quanto vão gastar com fardamento.

As lojas especializadas em Papelaria e outros tipos de lojas montam quiosques do lado de fora da biblioteca, enquanto as escolas - tanto as públicas quanto as particulares - põem estandes no lounge no interior a fim de criar um fluxo de pessoas de possível controle.

Naruto, como único bibliotecário, é o responsável por organizar todo este evento e como ele recebe verba municipal, costuma contratar algumas pessoas para lhe ajudar. Naturalmente, sua primeira opção foi Sakura. Depois achou mais três, lhes pagando diárias. Os filhos Uchihas quiseram participar também, então aceitaram ser voluntários. E por conta deles, a Fazenda Sombrero fez uma doação financeira para a organização do evento e ainda disponibilizou 20 guarda-costas para ajudar na segurança, já que o corpo policial não era suficiente. Ao menos na opinião de Sasuke.

-Parece que tu deu uma acertada boa, hein.

-Já num era sem tempo, hein, Dona Sakura. - Naruto montava os estandes, pois em uma hora e uns minutos vai recomeçar a feirinha. Já é o quinto dia de puro sucesso, pois muita gente vem para fazer compras, matrículas, conhecer a biblioteca e as ofertas de editoras, passear e tirar foto, ou somente ver aquela multidão de criaturas em forma humana andando para lá e para cá. - Já tava na hora de aposentar meu dedo podre. Armaria, nam, brigado minha Santinha. - se benzeu, Sakura também.

-Ele fica te ligano? Mandano mensagem?

-Nem.

-Oxe, mas tu num disse que o macho é possessivo?

-Quando tá me pegano, criatura. Eu disse três vez ontem. - reclamou. - Me passa essa chave aí. - Sakura tirou a ferramenta da caixa e deu a ele. - A outra, menina. - ela trocou. Naruto apertou os parafusos da armação. Mais um estande pronto. Daqui a pouco as equipes chegam para decorar seus lugares, então tem que terminar logo. - O homem é ocupado demais.

-Quem diria que tu ia arrumar um véi estribado pra chamar de teu?

Naruto soltou uma gargalhada gostosa e balançou a cabeça, negando.

-Né meu ainda não. E nem quero que seja. Eu... - suspirou ao parar de tirar os canos de ferro da caixa. Deu de ombros e começou a encaixá-los, montando a estrutura. - Num dá certo pra mim não.

-Oxe, meu galeguinho. - Sakura abraçou o amigo por trás e deu um beijo no ombro. Odeia quando ele age assim, como se já estivesse condenado ao sofrimento eterno. Ela sabe que a natureza de Naruto não é fácil de ser controlada ou de se conviver, mas não é o fim do mundo. - Tua vó achou alguém pra ela. Se não, nem tua mãe existia. Tu vai achar também.

-Num é que eu teja procurando, mas...

-O Barão disse alguma coisa de tu ser uma Rasga-Mortalha?

-Fez foi me beijar. - ela sorriu triunfante. - Mas é diferente. - tentou alegar.

-Se tu continuar com esse teu jeitinho faceiro, digué nada que num instante o Barão arreia os quatro pneus por ti. Escreva o que eu digo. - ela foi para outro ponto do lounge para montar os banners de propaganda municipal. - To pra conhecer um cabra que num desse uma piloura só de ouvir tu dizer que é uma suindara. Avalie saber que tu é uma... - parou de falar ao ver Rosa e Raúl chegarem bem animados, já vestidos com a camisa da organização.