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Em gratidão, Sasuke levou Naruto e Sakura para o hospital a fim de receber cuidados médicos, tal como sua filha. Depois que todos receberam curativos e medicação para os machucados, foram liberados. Os filhos de Sasuke seguiram para casa acompanhados de Gaara e os jagunços na caminhonete. Num jipe, Sasuke levou Sakura e Naruto para casa, dizendo, após tudo e uma única vez:

-Agradicido. - os dois olharam com espanto controlado para o homem sozinho na parte da frente do carro. - Eu sei que se Humberto tivesse feito mais do que fez, a cidade virava cinzas em dois tempos. - nenhum deles duvidaram daquela ameaça dita em voz baixa. - Se fosse com Rosa, que é sem-juízo igual o pai, eu já botava essa merda abaixo, avalie com Rita, que é tímida e obediente. - ponderou como se falasse sozinho.

-Quer dizer que Rosa é mais... dada?

O Barão fitou Sakura pelo retrovisor.

-Pra minha agonia eterna de pai, sim.

-Deve dar muita dor de cabeça, né? - Naruto deu um cutucão quase forte demais na amiga. Aquela não era hora de fazer aquele tipo de pergunta, mas ela ignorou. Sakura sabe o que está fazendo. - Eu dava muita dor de cabeça a painho também.

O Barão tornou a mirá-la pelo retrovisor, mas nada expressava.

-Mas, agora, mulher feita, painho tem gosto da filha que tem. Orgulho.

-Ocê trabalha num cabaré?

-Não senhor. - respondeu sem se abalar. - Sou cabeleireira e maquiadora. - ela riu ao entender o motivo da pergunta. - Eu só num tenho vergonha de dizer que gosto de macho. De dar. De aproveitar a vida que Deus me deu do jeito que sou.

Sasuke ficou pensativo até chegar ao quarteirão onde os dois moram. Estacionou na frente das casas e observou-os antes que descessem. Sakura esperou uma repreensão, mas ao ver um pequeno sorriso, sorriu.

-Pela primeira vez, to me agradando das amizades de Rosa. Mesmo sendo uma Fulô e um Uzumaki. - os dois se entreolharam com certa satisfação por ouvir aquele elogio. Vindo dele, é muita coisa. Destravou as portas. - Botem a conta da farmácia no meu nome.

-Precisa não. - Naruto adiantou-se em dizer quando desciam do carro. - Nem é a primeira e nem a última briga que a gente se mete com Humberto. - Sasuke desceu e vigiou Sakura entrar em casa. Ela acenou da janela do quarto no andar de cima. Naruto acenou de volta e Sasuke só tocou a aba do chapéu. Os dois estavam sozinhos às 3 da manhã na rua agora. Por que os planos de Sakura sempre dão certo, pensou Naruto. - Ele é o meu ex.

-Oxe e é?

-Foi. - suspirou cansado. O remédio faz efeito e diminui a dor e o inchaço. Ele consegue falar melhor agora. - É carne de pescoço, como viu, cabra do gênio difícil.

-Sei. E tu se amancebou mais ele. - Naruto riu, pôs as mãos nos bolsos e se encostou no carro. Sabe aonde ele quer chegar.

-Eu era moleque e imaturo. Um menino réi. Entendia nada da vida. Faz mais de cinco anos que nós acabamos tudo, mas Humberto caça todo tipo de coisa pra comer meu juízo. - suspirou um tanto chateado porque aquilo era uma dor de cabeça sem fim na sua vida. - Ele adora me perturbar.

-Porque tu deixa.

-Porque sabe que eu amei ele de verdade e se aproveita do fato de que nunca mais arrumei ninguém pra gostar e ocupar a minha cabeça nesse sentido.

-Por quê?

-Desculpe a rudeza, Barão, mas é um assunto que né da sua conta não.

Sasuke foi chegando perto e Naruto ficou um tanto em alerta, curioso.

O Anjo e o Barão [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora