Capítulo 7

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Victor

O homem à minha frente até fica constrangido, mas ao olhar para a puta que sem dúvidas é a mais bonita que já entrou nessa sala hoje, cria coragem e vai até ela.

- Vai se arrepender se encostar em mim! - ela o ameaça e até me sento para apreciar a cena.

- Vou me arrepender se não te comer, mesmo que na frente desses caras - ele diz e posso ver o medo dela e o desejo dele, transformando o meu mais tímido soldado em um futuro estuprador.

Se é que já não era!

Ele tem trabalho para conseguir imobilizar a menina, mas consegue e a joga com brutalidade em cima da mesa de sinuca, com tanta força que até uma careta vejo o Oscar fazendo pois sem dúvidas ele a machucou.

Quando percebe que está imobilizada, ela recua, me deixando desapontado, quando escuto ela dizendo que tudo bem e que não vai mais lutar, porém quando ele abaixa a guarda, ela segura em seu pescoço para o que seria um beijo e finca seus dentes em sua orelha, me fazendo encarar o Oscar que ri surpreso.

Entretanto o que me deixa boquiaberto é ela se levantar com a arma dele na mão, apontada para ele e cospe sua orelha na cara dele, que não sabe se estanca o sangue, sente a dor ou se protege da arma. Esse idiota foi com a arma!

- Volta pra lá! - ela ordena para ele que vai voltando para próximo de nós, onde meus homens estão em alerta.

- Eu vou sair dessa porra desse lugar e ninguém vai me impedir! - ela diz para mim.

- E o que uma puta como você, faria lá fora? - pergunto me divertindo internamente com a situação.

- Eu não sou uma puta, nunca fui e nunca vou ser! - ela diz com ódio e toda essa cena está me deixando excitado e esse é o único motivo por ela ainda estar viva, já que meus homens certamente têm sua cabeça na mira e seriam muito mais rápidos que ela.

- Olessa, quanto tempo ela está aqui? - pergunto para a mulher paralisada sentada ao meu lado.

- Quince dias e te garanto que no es más pura.

- Eu vou embora e ninguém vai me impedir. E você sua desgraçada, um dia ainda meto uma bala no meio da sua cara. E não! Eu não sou uma das suas putas, seus clientes nojentos nunca me tocaram! - ela diz e faço um sutil sinal com os olhos e meu homem vai por trás dela e toma a arma de sua mão.

Me levanto e vou até ela e sua fúria me causa uma sensação embriagante, aquela vontade de arrancar essa fúria nos dentes.

- Qual o seu nome, garota? - pergunto e o meu homem que a segura, tira a mão de sua boca dizendo que se ela cuspir, quebra o pescoço da amiga dela e nesse momento vejo outra menina com um dos homens da Olessa que está morrendo de medo e parece implorar para ela se conter.

- Grace - ela diz e percebo que ver a suposta amiga faz toda a fúria dela diminuir.

- Grace, como você fez para os homens não te tocarem? - pergunto e ela olha para a amiga que chora e vejo uma lágrima escorrer dos seus olhos furiosos.

- Eu os dopei, coloquei sonífero em suas bebidas - diz tirando do sutiã um vidrinho de boa noite cinderela e seguro o riso.

- Como você teve acesso a isso, Grace? - pergunto e depois de olhar para a amiga ela me encara como se fosse igual a mim, mesmo estando imobilizada.

- Por que eu te contaria? Já que vou morrer, que seja com a boca fechada, não quero arrastar ninguém para a cova comigo! - diz firme e se ela soubesse que esse jeito só me faz pensar em inúmeras maneiras de acabar com ela, pararia.

O General da Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora